sexta-feira, março 30, 2007 

COMENTÁRIOS - 75

Comprava até aqui o vosso jornal, por gosto umas vezes, outras por hábito, mas quase sempre encontrava motivo e razão para o voltar a fazer no dia seguinte. Passaram-se anos, tantos quantos o que na realidade o vosso jornal tem. Lamento não me conseguir identificar e dizer o “meu jornal” como tantas vezes leio nas cartas dirigidas ao director. Ele é e será sempre vosso, e quem o compra o mais perto que estará é de se identificar com a linha o que está lá, mais ou menos, com os objectivos que se pretendem alcançar mais ou menos encobertos, com aquilo que o “patrão” tem como objectivo de atingir.

Era assim, é sempre assim, mas, o que de bom se consegue ainda fazer apesar destas limitações, o vosso jornal era de longe o melhor.

Com as teorias baratas, dos senhores do futuro, (oportunamente desmontadas por Miguel Sousa Tavares) que adivinham o fim próximo dos jornais em papel, contrataram os serviços de reanimação ao um coveiro.

Já passaram muitos dias, deu perfeitamente para ajuizar com calma a minha relação com esta “coisa” em que se transformou o que era um jornal e a conclusão final é que por mim basta.

Para cúmulo leio hoje na secção das cartas ao director uma resposta ao leitor Richard Hinkel de Cascais, que tinha enviado uma carta (ingenuidade pura ainda pensar que a opinião conta!!!) em que a resposta designada por: N.D. (Nota da Direcção?) utiliza uma forma arrogante, estúpida e descortês para justificar a bondade da linha escolhida, que leva a concluir quem não está bem mude-se, porque é parvo não saber ver as maravilhas do novo projecto!!!????

Sinceramente, se é assim tão bom, por mim podem ficar com mais um todos os dias, e pelo que vou observando, parece que irão ficar com muitos mais. Se o número de leitores conquistados compensará os perdidos, isso será um assunto que a curto espaço se verá.

Mas isso já será um problema de quem tem responsabilidades na mudança.

Francisco Batarda

domingo, março 25, 2007 

COPIANÇO

“Venho, por este meio, mostrar a minha indignação com a peça apresentada nas páginas 6 e 7 do P2 (24/02/2007) como sendo da autoria da ‘jornalista’ Joana Amado.

De facto, trata-se tão somente de uma peça da REUTERS que foi traduzida para português. Sendo assim, no máximo poderia ser atribuída à dita jornalista o papel de tradutora.

Junto envio a peça da Reuteurs, publicada no dia antecedente ao Jornal PÚBLICO em vários sites (http://edition.cnn.com/2007/SHOWBIZ/Movies/02/23/oscar.ellen.reut/index.html - este ’link’ é para a versão da CNN) e peço-lhe que a compare com o texto do jornal.

A ordem dos actores que vão apresentar os prémios, as frases de Ellen DeGeneres, as citações das preocupações de audiência são TEXTUALMENTE IGUAIS.

É imensamente lamentável que um jornal com um tão paginoso Livro de Estilo ainda precise destas artimanhas para apresentar notícias ‘próprias’. Imensamente lamentável mesmo...”, escreve Pedro Maia, um leitor de Barcelona.

Os reparos são pertinentes, mas o provedor não reconhece ao leitor competências legais para determinar quem é ou não jornalista (i.e., “‘jornalista’” – escrito entre aspas).

A jornalista (uma das editoras do caderno P2) reproduziu inúmeros parágrafos de um despacho da agência noticiosa britânica Reuters sem os colocar entre aspas e sem mencionar a fonte.

Solicitei, portanto, um esclarecimento a Joana Amado.

“Não devia ter assinado esse texto. A ambição inicial para o artigo era maior do que aquilo que, por limitações de tempo e sobreposição de tarefas, consegui fazer. Cito três vezes a Reuters e cito a revista The Advocate (o primeiro artigo que me chamou a atenção para a história), mas devia ter citado mais. Reconheço que foi um erro não o ter feito”, respondeu a jornalista.

A jornalista tem o mérito de reconhecer que errou, mas as suas justificações são só parcialmente aceitáveis.

Joana Amado afirma que citou “
três vezes a Reuters”. É pena não o ter feito sistematicamente. É o mínimo que o provedor pode dizer.

O Livro de Estilo do jornal é peremptório: “
O PÚBLICO considera o plágio uma conduta absolutamente inaceitável. Todas as informações recolhidas em qualquer documento ou noutros órgãos de comunicação devem ser sempre devidamente atribuídas.”

A jornalista colocou, por exemplo, entre aspas oito palavras (antecedidas de: “escreve a Reuters”) antes e depois de reproduzir na íntegra (sem aspas e sem indicação da fonte) vários parágrafos do despacho da agência.

É uma opção incorrecta que induz o leitor em erro, levando-o a acreditar que tudo o resto era da autoria de Joana Amado.

Na realidade, a jornalista copiou (sem mencionar a fonte e quase sempre sem inserir quaisquer aspas) cerca de uma dezena de parágrafos (em parte ou na totalidade), o que representa mais de metade do texto da agência noticiosa.

Exemplos:
PÚBLICO:
“Mas em termos estilo, Degeneres não podia ser mais diferente de Goldberg ou dos seus dois antecessores imediatos, John Stewart e Chris Rock, os três conhecidos por um tipo de humor mais irreverente e arriscado”.
REUTERS: “But in terms of style, the easygoing DeGeneres, host of the weekday talk show ‘Ellen’, could not be more different from Goldberg or her two immediate Oscar predecessors, John Stewart and Chris Rock, all of whom are known for a more edgy, irreverent brand of humor”.

PÚBLICO:
“A escolha de Degeneres também parece marcar o fim da preocupação dos produtores da cerimónia em escolherem apresentadores (como Rock ou Stewart) que fossem mais apelativos para as audiências mais novas que cada vez ligam menos à noite dos Óscares.”
REUTERS: “Her choice also seemed to mark an end to Oscar producers’ preoccupation with picking hosts – such as Rock and Stewart – thought to be especially appealing to younger TV viewers who have increasingly shied away from the Oscars”.

CONCLUSÔES DO PROVEDOR

O Livro de Estilo do PÚBLICO (à semelhança das regras vigentes nos grandes jornais diários europeus) estipula de forma clara que “
a assinatura de um texto deve reflectir de forma rigorosa a sua autoria. Se há mais de uma participação para um dado texto, a ordem de assinaturas deve reflectir a contribuição de cada um dos autores. (...);
Os textos baseados em despachos de agências devem ser assinados de acordo com o tipo de contribuição do redactor que elaborou a notícia. Quando a sua contribuição se cingiu a uma mera tradução, adaptação e/ou edição do telex, a notícia deve mencionar apenas o nome da agência. Ex.: AFP, Reuters. (...);

Quando o resultado é um trabalho de fusão de dois ou mais despachos de agência, sem qualquer participação do jornalista além do trabalho de tradução, adaptação e/ou edição, a assinatura deve apenas referir as agências noticiosas envolvidas, segundo a ordem em que tenham contribuído para o texto final. (...);

É, pois, um erro grave, por exemplo, uma peça sobre um surto de cólera na Índia ser assinada em cima e, no fim, ‘com Reuters e AFP’, quando eram estas agências que tinham jornalistas no local e se citava testemunhos directos e pormenores de reportagens delas. Só coloca mal quem faz a apropriação indevida e, naturalmente, o jornal”.

À luz do Livro de Estilo do PÚBLICO e da transparência teria sido, portanto, preferível que a assinatura do texto referisse “Joana Amado com Reuters”. Pelo menos isso.
Essa formulação (que não demorava muito tempo a formular e não representava um aumento substancial do número de caracteres) teria evitado o protesto do leitor e a intervenção do provedor. E mais: teria tornado a leitura do artigo, decididamente, bem mais escorreita.

P.S. – O endereço electrónico do Provedor do Leitor do PÚBLICO é: provedor@publico.pt

sábado, março 24, 2007 

COMENTÁRIOS - 74

O novo Público.

Sou leitor do Público desde o número zero. Não que tal me dê estatuto especial, mas acompanho o jornal desde a sua génese.

A última remodelação não foi de meu agrado. Comprei uma semana para me habituar. Não gostei. Dei por mim a comprar o Expresso e o DN! Este formato foi testado com um painel independente de leitores tipo? Acredito que sim, mas não parece.

O arranjo gráfico é discutível. Para mim o melhor foi o primeiro do Cayatte. Neste nem o título se identifica. Aparece o "P" e depois lixo gráfico que muda todos os dias não constituindo uma imagem única e forte que identifique o jornal. Quando o procuro na banca de jornais tenho alguma dificuldade.

O tamanho de letra é ridiculamente pequeno!

Se o P2 deve sel lido à parte (até porque se não for retirado do corpo principal não se vê a totalidade da foto central) então que seja ligeiramente mais pequeno ou noutra cor de papel. Saberemos assim claramente quando acaba e começa para que se possa retirar do interior do jornal.

Os suplementos ficaram mais feios. O Y que era um suplemento de referência está vulgar. O Digital (cujo regresso é bom) é assim tipo jornal de estagiários sem gosto nos arranjos.

Já repararam que os grandes jornais de referência lá fora pouco mudam? Mudar o cabeçalho então está fora de questão!

Claro que o lançamento da colecção de CDs vai promover um acréscimo de vendas enviezando a influência da remodelação nas vendas.

Enfim, tanto barulho por nada! Ou pior tanto barulho por isto!Mas lá vou tentando manter-me fiel. Passei a comprar o jornal apenas dia sim dia não...

Cumprimentos,

Manuel Matos (antigo leitor diário, agora leitor intermitente)

quinta-feira, março 22, 2007 

COMENTÁRIOS - 73

Sr. Provedor,

Comprei hoje, 21-03-2006, novamente o “Público”.

Cheguei à página 22 e leio que “toda gente quer ser casada por Van Bellingen”, o vereador belga que é negro. Acho que a notícia está ainda mais esticada do que a fotografia do dito belga.

Continuo a ler, tropeço na fotografia que ocupa as páginas 24 e 25 e, já na página 42, leio que “Vereador belga negro casa mais de quinhentos casais no Dia contra o Racismo”. Adiante.

Chego à última página e leio que “mais de mil querem ser casados pelo vereador discriminado”. E, ainda na mesma página, no "Sobe e Desce", leio que Van Bellingen vai celebrar o casamento de 1106 pessoas. E fico a pensar com os meus botões: será que esta edição teve a colaboração de um papagaio?

Para mim, esta notícia banal, pelo modo como é exposta, ilustra e bem como é o novo Público!

Cumprimentos.

Osvaldo, Vila Nova de Gaia

terça-feira, março 20, 2007 

COMENTÁRIOS - 72

É com muito agrado que leio o novo suplemento de sexta-feira "ipsílon".

Acho que a concentração de diferentes artes numa só publicação ajuda à leitura dos interessados e informa-os sobre um campo abranjente, matéria dos extintos suplementos "Y" e "MIl Folhas".

Contudo não posso de deixar registada a minha mágoa por duas razões que passo a esclarecer:

- A ideia da diversidade artística está a esquecer nos útlimos números a arquitectura. Não entendo como é que numa sociedade com 26 escolas de arquitectura e com mais de 8 mil licenciados por ano não se invista nesta matéria. Acho até uma falta de visão da vossa parte.

- Também no que cabe à música Jazz parece ter-se extinguido o interesse pela divulgação e crítica. Já que falamos de um dos mais nobres estilos musicais e em franco crescimento do seu reconhecimento.

Sem mais de momento e tentando ser-vos útil,

Tiago Ramos, Porto

segunda-feira, março 19, 2007 

COMENTÁRIOS - 71

Sou leitor do jornal PÙBLICO há já vários anos e, embora reconheça que se fazia sentir uma mudança no seu visual, tenho, para mim, que esta mudança sofrida não veio, afinal, beneficiar todos aqueles leitores que já não dispensavam a página de ciência e a sempre saborosa notícia da última página, que quase sempre surpreendia pela temática (Paleontologia, história, arqueologia, técnica, divulgação social, artística, enfim, era uma notícia sempre com suporte fotográfico que apetecia arquivar).

É verdade que o jornal era predominantemente cinzento, mas tinha um saudável colorido devido à diversificação das notícias, que raramente ocupavam mais de meia página (suporte fotográfico incluído).

Com o novo visual, aparecem anúncios monstruosos de página inteira; um grande número de fazedores de opinião que não se coíbe de a expender em página inteira, levando, naturalmente à exaustão, a paciência dos leitores.

Depois não se percebe, também, a necessidade de tantos fazedores de opinião, como se o leitor não tivesse, ele próprio, a sua opinião, e fosse carente das opiniões jornalísticas.

Por outro lado, as novas áreas adquiridas não parecem produzir informação tão relevante que justifique a sua substituição em detrimento das notícias científicas, muitas delas obtidas de revistas conceituadíssimas, e que não se encontram no mercado, como são a Nature e a Science.

Um jornal pode e, no meu ponto de vista deve, ser tão informativo como formativo; mesmo no campo do desporto raramente se lê notícias sobre Xadrez ou Hóquei em Patins, mas abundam diariamente as notícias sobre golfe, ténis e outros desportos de índole radical, que podem interessar as camadas jovens mas que não são os leitores habituais de jornais.

O colorido pode ser agradável quando não se perde a substância e a qualidade.

Peço desculpa da extensão do meu parecer mas tinha que dizer o que penso sobre a mudança do jornal que sempre tenho lido e que, a continuar nesta onda, não sei se vou continuar a ler.

Victor Manuel Barbosa Trindade, Lisboa

domingo, março 18, 2007 

COMENTÁRIOS - 70

Aproveito este espaço para felicitar o Vosso Jornal pelas alterações feitas recentemente; de facto o Público mudou e o panorama jornalístico português também, com a introdução de um novo conceito de jornal: mais dinâmico, mais profundo na abordagem dos assuntos e mais abrangente na selecção dos conteúdos.

Gostei especialmente das alterações ao suplemento Ypsilon, que na minha opinião já não é mais um suplemento cultural de um jornal, mas sim uma verdadeira revista cultural.

Faço votos para que este novo formato tenha vindo para ficar e para servir de base a futuras evoluções do conceito do vosso jornal.

Grato pela atenção dispensada, despeço-me com cumprimentos e felicitações,

Rolando Andrade, Ovar

 

A DIFERENÇA

Há muito que tenho o jornalista Adelino Gomes como um exemplo profissional – como haverá poucos, deixe-me sublinhar. Por isso, quando os jornalistas exemplares cometem deslizes custa-nos a todos muito mais.

Na edição do dia 6 de Março, Adelino Gomes publicou uma entrevista com o primeiro-ministro de Timor-Leste, Ramos-Horta (pág. 13). E creio que cometeu o erro de ter bebido excessivamente das palavras do seu entrevistado – na linguagem popular dir-se-ia que foi mais papista que o Papa. Na entrada da entrevista, o jornalista escreve: ‘ À frente nas sondagens, Ramos-Horta desvaloriza as manifestações de apoio da juventude ao major rebelde Alfredo Reinado’. Ora, ao escrever que o actual primeiro-ministro de Timor-Leste estará à frente das ‘sondagens’, o jornalista remete-nos para um universo no qual haveria uma série de institutos de sondagens, credíveis, em Timor-Leste, a tentar antecipar o resultado das eleições de Abril. Tal, como creio que o Provedor do Leitor saberá, não existe em Timor-Leste.


É o próprio Ramos-Horta que refere, no último parágrafo da entrevista, que até agora foi feita apenas uma sondagem (e será que um conjunto de perguntas – e a quantas pessoas? – faz uma sondagem?; para o jornalista Adelino Gomes não existem diferenças entre uma sondagem, de base científica, e um inquérito, feito pela própria redacção?) e que foi feita telefonicamente. Atrever-me-ia a dizer que, em Timor-Leste, 80 por cento da população não tem telefone; que no interior do país apenas uma pequeníssima minoria o tem; e que é esse sector da população, o tal desprovido de telefone, que vota de olhos fechados no candidato da Fretilin.

Caro Provedor, considero pois que tal afirmação carece de confirmação e considero um manifesto exagero que o Público assuma que o Ramos-Horta está à frente nas ‘sondagens’ (como foi feito por Adelino Gomes na entrada do seu texto). Para mais, para o leitor médio português, o que ficará desta entrevista (quantos leitores não lêem apenas as entradas?) é que Ramos-Horta se prepara para ganhar as eleições. É que, ainda por cima, a entrada conjungada com o título possibilita a leitura de que o próprio Ramos-Horta está a falar da sua eventual vitória eleitoral, concluindo que a sua eleição como Presidente não corre riscos – ‘Eleições não estão necessariamente em perigo.’

Perdoe-me a ousadia, caro Provedor, mas às vezes até os jornalistas exemplares se distraem excessivamente. Parece-me uma evidência afirmar que os jornalistas devem sempre confirmar as informações dos seus entrevistados, sobretudo quando depois decidem assumi-las em discurso afirmativo do seu próprio jornal. Neste caso, isso não aconteceu e enganou-se os leitores”, escreve Maria Santos, uma leitora de Torres Novas.

Os reparos são pertinentes.
Solicitei, portanto, um esclarecimento a Adelino Gomes.

“A leitora tem razão. Errei ao escrever sondagens. ‘Inquérito’ estaria mais certo. Mas essa opção obrigar-me-ia a acrescentar ‘telefónico, feito por um jornal local’, o que se tornaria impossível, dado o limite de caracteres da entrada. De qualquer modo a minha obrigação era encontrar a palavra mais adequada, o que, manifestamente, não fiz. Agradeço a chamada de atenção. Mesmo achando que a leitora exagera nos considerandos sobre o ‘leitor médio’ e na sofisticada ‘leitura’ que entendeu fazer de que o trabalho poderia passar a mensagem de que a eleição de Ramos-Horta não corre riscos”, respondeu o jornalista.

Pedi a Adelino Gomes para explicitar as condições em que foi elaborado o referido texto.

“Tratava-se de uma entrada para uma rubrica chamada “Três perguntas a...”. Por razões de espaço (neste caso - algo de raro -, dispunha, no total, de mais caracteres, o que só vim a saber já sobre a hora de fecho) tornou-se necessário aproveitar não três mas as quatro perguntas que eu fizera originalmente a Ramos-Horta.

Ao fazê-lo, porém, tivemos que transformar as ‘Três perguntas a’ em… ‘Entrevista com’. E isso implica, graficamente, a necessidade de fazer uma entrada com menos de metade dos caracteres da anterior, seguida de um pequeno texto introdutório.
Ora, este serve, numa entrevista, para dar ao leitor certas informações que relevam da observação directa do entrevistador – entre outros dados, o local onde decorreu, a forma como o entrevistado se apresenta, etc. –, questões que não poderia incluir pois as respostas haviam-me chegado por e-mail.

A solução acabou por ser ditada pela urgência: entrada brevíssima e o tal texto introdutório um pouco mais longo. Este, porém, voltou a não me sair isento de crítica. Embora deva dizer que a formulação – ‘Na bolsa das sondagens presidenciais, feita por um jornal de Díli’ - corresponde mais à ideia que faço e julgo que (não é piada à leitora…) o ‘leitor médio’ fará deste tipo de duelo político: uma espécie de bolsa em que diferentes factores, nem sempre os mais recomendáveis, vão determinando as posições relativas dos candidatos.

Em resumo: entrada e texto introdutório (alguns voltam a chamar-lhe, pelo seu carácter um pouco vago e subjectivo, ‘nariz de cera’, como antigamente se designavam os textos gongóricos com que abriam as reportagens) ficaram muito aquém do que eu gostaria agora de estar aqui a defender. Pela criticada falta de rigor e, no caso do segundo, porque resultou num produto algo repetitivo em relação à entrada.

Nem de propósito: há minutos, fui informado de que o mesmo jornal (Suara Timor Lorosae, acabei de saber) fez manchete, hoje, sexta-feira (09/03/2007), com o resultado de novo inquérito telefónico. Resultado que desta vez, a fazer fé na fonte (o jornal em questão escreve quase toda a edição em língua indonésia), inverteu os números de há uma semana: Lu-Olo esmagadoramente à frente de Ramos-Horta…

São evidentes as limitações deste tipo de trabalho. O próprio Horta, de resto, falava delas na entrevista, como bem assinala a nossa leitora. Mas penso que, não há possibilidade de lhe escapar, em termos jornalísticos. Nem em Timor-Leste, nem aqui. Com a vantagem, no que respeita a Portugal, de este tipo de informação, dada a distância, funcionar mais como uma curiosidade.”

Nada a acrescentar.

Todos os jornais e todos jornalistas cometem erros, mas o PÚBLICO e alguns jornalistas reconhecem-no.

quinta-feira, março 15, 2007 

COMENTÁRIOS - 69

Quando há umas semanas alguns comentários compararam o novo "P" ao "24 Horas" ou a desdobráveis de um hiper não fiz muito caso...

No entanto, depois de ler o artigo de 2 páginas (a 2a página devido à enorme fotografia) na página 12 da edição de hoje (15/03/2007), tenho, infelizmente, de concordar com tal afirmação....

Se a Direcção do "P" diz que mantém a mesma lógica de notícias do antigo Público, como explicar uma notícia escrita de uma maneira altamente populista que não informa, mas apenas tenta vender mais uns jornais ?

Qual é a informação útil que se passa ao leitor quando se transcreve o diálogo da referida notícia? Imitar uma rádio ou televisão?

Infelizmente é o que se passa exactamente no "24 Horas", novela da tarde ou "Big Brother"... Assim, o velho "Público" já era...

Com os melhores cumprimentos,

Miguel Santos, Haia (Holanda)

quarta-feira, março 14, 2007 

COMENTÁRIOS - 68

Senhor Provedor,

Fui leitor do Público desde a sua nascença. Era uma visita diária e obrigatória.

Apreciava muito os editoriais do JMF, do António Barreto ao domingo, do PV e até do crítico-cristão Frei Bento Domingues!

Com as alterações que foram agora introduzidas é provavel que o Público tenha conquistado muitos novos leitores. Perdeu um.

Recomendo que a Direcção do Público publique um inquérito para poder avaliar a bondade destas inovações. E se o público gosta...então o Público está certo!

Cumprimentos,

Agostinho Rio

 

COMENTÁRIOS - 67

Exmos. Srs.

Que mudança desastrosa!

Como é que se consegue transformar um jornal bem feito, informado, equilibrado, numas folhas desinteressantes, cheias de retratos coloridos com uma "noticeca" por baixo?

Quiseram imitar o Sol? Se foi por isso, é pena pois penso que o Sol é um mau jornal que pouca gente lerá.

E a ideia peregrina de mudar o tipo de letra? Outro desastre! Não realizaram os Srs. que a maioria das pessoas que lê jornais já não tem 20 anos, já não vê bem? Esta nova letra é tão pequena que é praticamente ilegível.

E a ideia de passarem para o final do jornal os bons articulistas? Neste novo Público, depois do esforço que se faz para se perceber ou interessar por qualquer noticia, fica-se quase sem força para ler os que antes faziam parte da honra do jornal e se encontravam em lugar de destaque.
Há 20 anos que leio o Publico. Fazia parte do meu dia-a-dia. Agora só me apetece pô-lo de lado. E não sou só eu que o digo, pois tenho visto inúmeros críticos a este novo formato. No quiosque que existe ao pé de minha casa vendiam-se 20 a 30 Públicos por dia. Neste momento já só vendem 5 (palavras do vendedor).

Não será possível fazer marcha a trás e atender pelo menos a algumas destas queixas?

Com os meus cumprimentos,

Maria Emília Eça de Queiroz Cabral

 

COMENTÁRIOS - 66

Caro Provedor dos Leitores,

Escrevo para ser apenas mais um!

Escrevo - depois de escrever igualmente uma carta ao director - para lhe pedir encarecidamente, que faça a pressão possível para que se volte atrás numa revolução gráfica que não terá nenhum outro resultado senão...acabar com o PÚBLICO.

Com certeza leu o que escreveu o Miguel Sousa Tavares no Expresso, é o que todos sentimos.

Ajude-nos a trazer de volta o único diário de referência que tínhamos.

Cumprimentos,

aalto@...

segunda-feira, março 12, 2007 

COMENTÁRIOS - 65

Bom dia.

É para dizer que gosto muito do seu jornal.

Gostaria de dizer também que sou de Viana do Castelo e tenho 23 anos, e que desde muito novo que escrevo poesia, e que tenho como sonho editar um livro, mas sei que em Portugal isso é impossível, pois vê-se muita gente que nem sabe escrever a editar um livro, gostaria apenas de lhe pedir se não haveria a possibilidade de me "dar" um cantinho do seu jornal para apenas um poema meu, nem que fosse de mês a mês.

Deixo aqui um poema meu na esperança que pelo menos obtenha uma resposta.

CEDER
.
No tempo
sem tempo
me perdi
de um não faz
nada me venci,
.
a pedra
que atravessou
um eu,
eu senti,
.
que era rocha
me desfez
e eu cedi

Aguardo uma resposta de sua excelência.

João Bruno de Sá Gonçalves, Viana do Castelo.

 

COMENTÁRIOS - 64

Acabo de ler o PÚBLICO e mais uma vez encontrei gralhas. Começa a ser um desporto encontrar gralhas como quem descobre as diferenças entre desenhos semelhantes.

Hoje tivemos a Cybill Shepherd com 157 anos e o Tempo para sexta, sábado e domingo e sábado e domingo novamente.

As gralhas causam sempre má impressão, principalmente numa altura em que os leitores estão mais atentos devido à mudança da imagem do jornal. Pena que com tantas transformações, não se tenha aproveitado para mudar o director. O JMF é um director do século passado, pouco credível neste novo Público.

Obrigada pela atenção.

Ana Alexandrino

 

COMENTÁRIOS - 63

Não será o primeiro comentário sobre gralhas, mas parece-me um pouco insuportável, que um jornal que se reclama de referência, ligado a um grupo, esse sim de referência, não esteja ao nível da qualidade do grupo Sonae; e explico-me de imediato com a questão de, constantemente, existirem gralhas de aritmética (centenas, milhares, milhões, biliões - é tudo igual - zeros), notícias repetidas, na mesma edição em seccões diferentes ou, em diferentes edições, agora mais recentemente (com a remodelação gráfica e editorial, que elogio) até na primeira página surgem erros grosseiros...

Nota-se que as gralhas não surgem nos textos de opinião, e sim em textos de jornalistas apressados que a direcção não tem o cuidado de supervisionar.

Não haverá orçamento para pagar um revisor que leia o jornal por inteiro? Será que os meios tecnológicos implicam uma regressão na qualidade? Nada disto tem a ver com a qualidade Sonae.
Um leitor não deve ser incomodado – num jornal de referência – com estes constantes descuidos.

Parece-me que deviam preocupar-se em resolver estes problemas que há muito se arrastam.

Acabo, desejando que o meu jornal não se resuma a uma colecção de articulistas e esqueça o jornalismo.

Obrigado pela atenção,

Manuel Palma

 

COMENTÁRIOS - 62

Antes de mais, parabéns ao PÚBLICO pela boa qualidade da informação e, agora, pela melhoria na sua primeira edição renovada de hoje, 07/02/12.
Gostaria de referir que, na página 27 desta mesma edição de hoje, no rectângulo com o título ‘Concessão Douro Litoral’ está escrito: ‘Concurso foi lançado à mais de três anos’, quando o correcto será ‘...há mais de três anos’.
Admiro-me que um Jornal como este deixe passar erros de ortografia (este não me parece erro de impressão).
Jornalistas como os vossos têm a obrigação de saber escrever bom português e de passar essa qualidade aos leitores.

Maria Isabel Moreira, Valadares.

 

COMENTÁRIOS - 61

Quero manifestar o meu desagrado em relação à identidade, forma, imagem e conteúdos que substituíram a antiga versão do ‘PÚBLICO’. Este jornal sempre se fez através de uma progressão ponderada, amadurecida conscientemente passo a passo e às vezes, através de pequenos solavancos mas que apenas vinham beneficiar o jornal.

Parece-me, no entanto, que as mudanças que se efectuaram na estrutura, a este jornal, aconteceram fazendo com que o ‘ PÚBLICO’ se aproximasse, perigosamente no meu entender, de todos os restantes órgãos de informação em vez de esforçar-se por conservar todo o manancial de Diferença que contribuía para a qualidade intrínseca que existia até agora. Ou seja, o ‘PÚBLICO’ era uma valia devido à sua plural linha editorial, conteúdos, rigor na informação, abertura a linhas orientadoras ou apenas a sugestões mais diversas e de oposição a uma chamada maioria de ‘leitores-alvo’, se quisermos utilizar este termo. Eram importantíssimas todas as questões de pormenor e diferenças com que se faziam este jornal e que o distinguiam dentro do amplo leque de oferta de informação e cultura, existente no país.

Para acabar queria deixar apenas dois ou três tópicos, aos quais pedia que me respondesse e que são os seguintes:

- Qual o destino de um vosso importante articulista, de quem há algum tempo não vejo qualquer artigo que se chama Augusto M. Seabra;

- E o espaço que pensam dar, no jornal, à crítica dos discos de jazz e de música clássica que ocupava até agora no suplemento 'Mil Folhas'.

Esperando vir a mudar a opinião veiculada neste mail, despeço-me com os meus cumprimentos,

Eduardo Godinho

Resposta de José Manuel Fernandes: “Augusto M. Seabra demitiu-se, por iniciativa própria, em Outubro do ano passado. Tentei demovê-lo de o fazer, mas não consegui. Mantenho, com ele, uma boa relação pessoal e penso que se precipitou.
As áreas de jazz e música clássica estão presentes no P2 quando há concertos e no Ípsilon no que respeita ao lançamento de Cd e DVD, ou à apresentação de grandes eventos”.

 

COMENTÁRIOS - 60

Na última versão do PÚBLICO os cadernos locais vinham separados com o qual tínhamos que fazer um pouco de corta e cola para ficar com a edição que queríamos.

Agora, temos que retirar o caderno local de Lisboa e adicionar o local Porto se queremos ficar com a edição do Porto, por isso penso que o Público podia disponibilizar a edição do Porto já pronta. Pois este tipo de atitude trata-se de descriminação.

Alcides Strecht Monteiro, Porto.

Resposta da equipa de gestão do PUBLICO.PT: “Informamos que para termos a edição Porto toda junta, teríamos de duplicar os registos na Base de Dados, o que implicaria duplicar a dimensão da mesma, necessitando dessa forma de mais espaço em disco e como tal tendo de cobrar um valor superior pela disponibilização da edição impressa do PÚBLICO na net.

A solução adoptada pelo PÚBLICO para evitar esta duplicação de registos foi acrescentar, no final do Caderno Principal, o Local Porto. No Caderno P2 fizemos a mesma coisa, sendo esta a solução mais óbvia, justa e menos onerosa. Desta forma disponibilizamos ambas as edições, sem prejuízo para o leitor de Lisboa ou do Porto, e evitamos cobrar um valor superior pelo serviço de assinaturas da edição impressa do PÚBLICO na net.

Pensamos que a nossa postura não revela qualquer tipo de discriminação, o que seria claramente contrário aos nossos princípios. Estamos convictos que a solução adoptada revela, isso sim, preocupação em garantir que qualquer leitor pode ler na íntegra a edição Porto”.

 

COMENTÁRIOS - 59

Constatei que no PÚBLICO, com um novo visual, não vinha publicado o tradicional e diário problema de Bridge a que o Jornal PÚBLICO há muito tempo habituou os seus leitores. Será que terminou mesmo essa publicação? Gostaria que assim não fosse!!!

José António Barreto Nunes, Tavira.

 

COMENTÁRIOS - 58

Venho, por este meio, exprimir o desagrado pelas recentes alterações na apresentação do jornal PÚBLICO pela internet.

Devo dizer que o vosso jornal constitui uma das fontes de informação para o meu trabalho (análise de conjuntura económica) e que passarei a demorar muito mais tempo para visualizar/seleccionar alguma notícia com a nova disposição da informação. A empresa onde trabalho tem subscrito o acesso à informação impressa, cuja forma de apresentação foi substancialmente alterada, deixando de ser visível a apresentação normal em html. A nova disposição exige um esforço visual superior (visualização das páginas em miniatura e depois selecção das que se pretender, ou, em alternativa, visualização sequencial, em que o carregamento das páginas é bastante mais lento do que na anterior formulação em html) e uma maior dispersão. Anteriormente tinha também a hipótese de ver e aceder a notícias do jornal numa mesma página (facilitando a rápida visualização do jornal e selecção das notícias mais importantes, até porque também era possível visualizar um resumo de cada notícia, para além do título), opção que deixou de estar disponível.

Refira-se ainda que a visualização dos jornais de dias anteriores não está ainda disponível (apenas se consegue aceder ao jornal do dia).

Penso que a renovação é uma coisa importante (refira-se que até gosto do novo grafismo do jornal), mas não deverá ser feita à custa da redução das funcionalidades, que poderá prejudicar os clientes, como foi o caso.

Espero que a minha crítica possa ajudar a melhoramentos futuros do acesso às funcionalidades. Devo ainda referir que estou globalmente satisfeito (em termos relativos) com a qualidade do vosso jornal, que constitui uma das melhores referências nacionais.

Nuno João Marinho Alves Torres, Porto.

 

COMENTÁRIOS - 57

Não me parece justo que o NOVO PÚBLICO se apresente com diversificados artigos assinados por colaboradores permanentes do jornal e este não existam na ficha técnica. Ou seja, há uma pequena multidão de pessoas que escrevem em permanência para o jornal a quem oficialmente o novo jornal não atribui o direito nem a dignidade de existirem. Entre eles, estão, por exemplos, muitos correspondentes mas também há jornalistas, alguns com três anos de redacção, outros com mais de um ano. Só por serem pagos a recibo verde não têm o direito a menção na ficha técnica como os outros? Já não lhes basta o vínculo precário? No ‘Expresso’, há muitos anos que qualquer colaborador permanente tem direito ao nome na ficha técnica.

Nuno Ferreira, Costa da Caparica.

Resposta da Direcção: "A ficha técnica será completada com os colaboradores permanentes quando terminar o ciclo de lançamento de novos suplementos e de encerramento de alguns dos existentes. Até lá haveria muitas alterações a introduzir quase diariamente."

 

COMENTÁRIOS - 56

Gostava de felicitar o PÚBLICO pela renovação que fez. Desde a segunda-feira em que saiu o novo PÚBLICO tenho comprado o jornal todos os dias. Já era leitor mas acho que agora ficou muito melhor, mais atraente, mais apelativo, um jornal que dá vontade de ler, pela maneira como está estruturado e pelo grafismo que adoptou. Também a revista Pública, que tinha um formato já muito gasto, está muito melhor, mais leve, com mais temas de interesse e este domingo, tem excelentes reportagens, nomeadamente sobre Luís Filipe Menezes e Rui Rio. Acho que, ao contrário de opiniões que já li, o jornal não perdeu qualidade, continuando a ser o jornal diário de referência em Portugal, apenas mais bem feito e mais moderno.

Ramiro Ferreira, Valongo.

 

COMENTÁRIOS - 55

É lamentável como se dá cabo de um jornal de uma assentada. Também deixei de comprar o jornal.

Anónimo

 

COMENTÁRIOS - 54

Exmo Sr Provedor,

Mantendo as críticas que inicialmente apresentei, penso que é justo fazer também alguns elogios:

1. É bem-vindo o retorno do 'Economia', talvez melhor que o anterior que havia sido extinto, por combinar com os conteúdos daquele, o que a Dia D trouxe de interessante ao Público: o tópico empresas (um pouco de notícias sobre gestão, casos de empresas/ empresários bem sucedidos, etc). Na verdade não me parece que tivesse muito mais utilidade. Parece-me bem que se tenha regressado ao que era correcto.

2. Também gostei do regresso do 'Computadores' (extinto juntamente com o antigo Economia) que regressou com o nome 'Digital'. Fazia falta este caderno no Público.

3. Das minhas anteriores críticas ainda daria relevância a duas: o espaço público aparecer no fim do jornal (e já agora o calvin também estava muito bem como estava) e aquilo em que se tornou a Pública, que na verdade era anteriormente uma revista com interesse.

Espero e desejo que a equipa do Público consiga entender o que os seus leitores valorizam no jornal. Prezo muito a cultura de abertura do jornal à opinião dos seus leitores. Penso que é também um dever do leitor pronunciar-se como forma de contributo para que o Público se mantenha como o jornal de referência em Portugal e como isso tem acontecido fico confiante que se encontre um equilíbrio entre o que o Público pretende oferecer e o que os leitores procuram e construtivamente indicam.

Os meus cumprimentos,

João Sobral

 

COMENTÁRIOS - 53

Sim, ainda há muito para dizer e contradizer a forma como o Público nos foi apresentada como uma lufada de ar fresco! Mas infelizmente o Público deixou de o ser e passou a ser mais um na multidão tendo perdido a personalidade que nós leitores sempre procurámos neste jornal. Já para não falar da confusão em que se tornou e nas letras miudinhas que tanto os meus pais se queixam...E eu também!

Anónimo

 

COMENTÁRIOS - 52

Ainda o novo Público. Sou leitora assídua ao ponto de, durante um divórcio, o ter tomado como barómetro da minha sanidade mental, e após uma interrupção de dois dias retomar a sua leitura com redobrada cumplicidade. O novo Público foi para mim um susto, mas resolvi esperar para ver se me habituava. Mas não. O que o Público tinha de " clean" perdeu-o. O excelente trabalho fotográfico e gráfico (parabéns mesmo assim ao João Fazenda) perde-se no excesso de uma outra "ruidosa" imagem que nos satura já o dia a dia por todo o lado. Como se na compra do jornal não fosse importante ter a certeza que o que nos iriam " enterrar nos olhos" não era a Britney Spears ou o último idiota inquérito sobre os gostos e gostinhos destes e daqueles. É que se todos gostamos de curiosidades não significa isto que a queiramos ter todos os dias no jornal que escolhemos para ler. Deixei de poder ter no público um descanso. "Grita-me" agora também o Público. Tornou-se indistinto. A fórmula de "conversa" da última página, sintetiza a confusão que vai no jornal, não basta dizer graçolas para ter interesse, as duas figuras são excessivamente desiguais em profundidade. E para bom entendedor meia palavra basta. Mas ao menos voltou uma última página com maior interesse. Para quem lê o público no metro sabe o bom que é não ter que abrir o jornal e poder ter para ler alguma coisa nessa página. Na última remodelação quando tiraram o Prado Coelho da última página ressenti-me. O Pulido Valente lá salvava a situação ao fim de semana. Bem já chega. Quem anda farto de barulho deixou de ter um jornal limpo.

Inês Pinho

 

COMENTÁRIOS - 51

Bom dia !

1) Ponto prévio : o atendimento telefónico. Parece-me inaceitável que um jornal com a ambição, a missão e o prestígio do PÚBLICO tenha um atendimento telefónico que é, no mínimo, lamentável!
Digo isto enquanto leitor fiel e entusiasta deste nosso jornal, que perante uma situação de "desespero" ao ler o primeiro número do novo PÚBLICO, tentou, em vão, falar com alguém que o pudesse esclarecer ou, desejavelmente, tranquilizar...
De facto, ontem, 2ª f., fiz mais de meia dúzia de chamadas para o número indicado na secção das Cartas ao Director, tendo sido recebido por uma gravação anónima, fria, inconsequente: as várias opções propostas desembocaram invariavelmente no toque de chamar sem que ao fim de minutos intermináveis alguém se dignasse atender...
Minto: por duas vezes apareceu-me uma mesma voz que, perante a situação por mim exposta, tentou "passar" a chamada para alguém habilitado a responder. Resultado: o fatídico e interminável toque de chamar e a impotência de um leitor à beira de uma crise de nervos...! Hoje, enquanto escrevo este e-mail, mais do mesmo...

2) O "desespero"

Já referi atràs a minha fidelidade e até a atitude de proselitismo que tenho em relação ao jornal. E ela é ditada pela seriedade posta no tratamento das notícias, pela isenção nas grandes linhas editoriais, pela qualidade e variedade dos colaboradores. Mas também por pequenos pormenores, detalhes, apontamentos, que podem fazer a diferença. E é aqui que entra o meu"desespero" : não quero acreditar que em nome de não sei o quê (e admito que não tenho de o saber...), se tenha decidido suprimir a coluna diária de bridge...! Tem sido, todos os dias ao longo de tantos anos, aquilo a que se pode chamar a cereja em cima do bolo!! Depois da leitura das notícias e comentários, melhores ou piores, com ou sem adesão aos diversos pontos de vista, acabar o jornal com um pequeno exercício lúdico de desafio à nossa inteligência, tem feito as minhas delícias, e estou certo que de muitos milhares de leitores.
Por favor não acabem com a melhor coluna de bridge feita em Portugal !!

Pedro Vaz Pinto

 

COMENTÁRIOS - 50

Quero apenas pronunciar-me sobre o Público Local e dizer que não fiquei satisfeito com a supressão das cartas dos leitores. Os editores de Lisboa e Porto não bastam.

As cartas dos leitores eram denúncias de situações locais, manifestação de cidadania, de participação cívica numa fraca sociedade civil. Constituíam também uma oportunidade para que se marcassem em agenda certas reportagens sobre esta ou aquela situação escandalosa denunciada. Ao desaparecerem as cartas calou o Público uma débil voz pública de protesto.

José Raimundo Correia de Almeida, Santo António de Cavaleiros

domingo, março 11, 2007 

COMENTÁRIOS - 49

Um vosso cliente praticamente há dez anos, gosto do Público, das vossas mudanças, marcam pela diferença, ainda sou um miúdo, mas estou atento à imprensa, o Diário de Notícias à sexta, mas lá esta prefiro o Público , gostei da fusão do y com o mil folhas , leio a magnet les inrock , rock folk , música , falta música na vossa edição de sexta, um cd com vários nacionais e inter , gosto muito do courrier international, gosto do fugas do calvin ... Abracei um projecto chamado fnac madeira e já deixei de o abraçar. O Público à sexta e ao fim-de-semana chega muito tarde, tinha k dar voltas e voltas à espera do jornal... só por volta das 2 da tarde é k chegava. Na parte velha do Funchal das três até às sete e na companhia de uma coral podia desfrutar do y, tirando o blitz kem mais fala de música em Portugal, mas a fusão por vezes traz mas ondas, o y perdeu um pedaço de si, pena, no entanto mantém se fiel a si próprio, ainda gostava de ver o y como uma revista, independente já e um rapagão ainda por cima casado com o Mil Folhas, saia da saia do jornal e sozinho marcava lugar n imprensa musical nacional.

www.vidalmalagheta@

 

COMENTÁRIOS - 48

Sempre comprei diariamente O Público desde o seu lançamento, há 17 anos.

Habituei-me à sua leitura: artigos de opinião, reportagens, economia, notícias nacionais e estrangeiras, revistas anexas, cartas ao Director, etc., etc., faziam parte do meu dia-a-dia.

Digo, sinceramente, que sempre considerei o Público um jornal diário equilibrado e bem estruturado, com colaboradores e Jornalistas de elevado valor, a começar pelo seu Director, cujos artigos não deixei nunca passar em claro.

Mas… comecei a ouvir, foi muito publicitado, que O Público ia mudar, que ia ser actualizado todo o seu grafismo, a sua imagem e, efectivamente, mudou como o prometido, mas infelizmente para muitíssimo pior!!! Lamentavelmente, não entendo a razão de tanto alarido e tal mudança!

O Público deixou de ser um jornal bem apresentado e com nível, para passar a ser comparado ao METRO e outros que tais…

Não me entendo com O Público de hoje; todos os articulistas com valor e provas dadas foram marginalizados, para dar lugar a um chorrilho de imagens e cor sem nenhum sentido… inclusive, parece ter havido também a preocupação de poupar no tamanho das letras e na tinta, dificultando a sua leitura!

Podia dizer mais… o que acabo de dizer é uma parte da minha opinião. É lamentável, mas é a realidade.

Com muita pena para mim, só me resta deixar de comprar definitivamente O Público.

Com os melhores cumprimentos,

Óscar de Azevedo Brandão, Vila do Conde

 

COMENTÁRIOS - 47

Sr. Provedor,

O meu relacionamento com o Público é idêntico ao relacionamento com uma mulher que gostámos mas que agora queremos esquecer.

Confesso que voltei a comprar novamente por três ou quatro vezes o vosso jornal mas não me diz nem me transmite absolutamente nada.

Interrogo-me, para compreender quais foram os motivos para a mudança que fizeram.

A vossa opção considero-a desastrosa.

O vosso alvo agora devem ser leitores de baixo nível intelectual sensíveis ao tamanho das imagens.

"Vocês porventura não estarão a brincar com os vossos antigos leitores ao publicarem uma imagem que ocupa duas páginas inteirinhas, com uma pequena caixa de texto ?"

Hoje, dia 10 de Março 2007, comprei o semanário EXPRESSO.
Li o artigo de Miguel Sousa Tavares, que deixou de ser vosso colaborador há um ou dois anos, e sinto-me confortado em ler algo que coincide com a minha opinião.

De facto não é só o PÚBLICO que mudou para pior. O RCP decidiu depois de muitos anos a transmitir música que sempre me acompanhou em "background" de substitui-la por conversas estéreis sem o mínimo interesse.
Será que do ponto de vista financeiro para o PÚBLICO e RCP vieram vantagens?

Eu não sou de nenhum partido político, mas concordo com as palavras que ouvi recentemente proferidas no CCB, de que hoje são tomadas decisões de mudanças sem que se leve em conta a opinião dos visados, e na cabeça de quem as toma consideradas como sendo as melhores.

Nós não estaremos a atravessar uma paranóia de mudanças só por mudanças?

Nós não estaremos na mão de decisores jovens estagiários sem experiência que nos arrastam para o caótico na sua ânsia de implementarem figurinos estrangeiros que não se enquadram na nossa realidade social e intelectual?

Cumprimentos,

Luís Correia Neves, Malveira

 

COMENTÁRIOS - 46

As mudanças efectuadas no Público, não foram as melhores. Antes, o jornal era organizado de forma coerente, objectiva e de momento não o é. A separação em dois cadernos é simplesmente ridícula e despropositada. Também a edição net está mal organizada com vários textos juntos, não sendo separados, tornando-se difícil compreendê-los. É absurdo o cibernauta comum não tem acesso completo ao jornal, devido à absurda e errónea ideia de vetar os conteúdos do jornal ao leitores. Eu, por exemplo, não consigo ver artigos de opinião, o bartoon, que são artigos que me interessam e não pretendo ser assinante do jornal, que é um requisito completamente absurdo. Por isso, o acesso à versão net do jornal deve ser completamente acedido na net e sem quaisquer tipo de custos.

Nuno Semedo

 

COMENTÁRIOS - 45

Andava com vontade de escrever ao Público (provedor? cartas ao director?) e explicar-lhes que há uma data de coisas que não fazem sentido - para os habituais leitores deste jornal que não são os dos tablóides.

No Domingo li algumas cartas de leitores, concordei com alguns pontos e discordei doutros. Mas não é preciso trabalhar em jornais para perceber as coisas mais elementares, como seja a importância (mesmo que relativa) que tem a última página e onde nos habituámos a ver o Hobbes e uma ou outra crónica. Ou a irritação que dá o facto de esconderem o Bartoon algures, encontrado apenas quando já nos começamos "a cansar" de uma primeira leitura do jornal. E andar à procura dos cinemas "lá para dentro", bem como do Local e outras coisas, tudo muito bem escondido, como se fossem as traseiras de uma antiga casa. E o facto de os artigos de opinião - que intercalavam outras coisas, havendoportanto uma certa variação ao longo de uma leitura - estarem todos lá para dentro de um duvidoso caderno, algo difíceis de se vislumbrar, não me parece também apelativo. Embora haja coisas razoáveis como o Ípsilon, a leitura é, de um modo geral, desagradável. Como o é para mim (para "nós" , os vossos leitores habituais) a leitura impossível do 24 Horas ou do Correio da manhã. E aquelas irritantes "rodapés" (ao alto, ao contrário daquela imbecilidade de certas notícia televisivas mas com a mesma intenção) para chamar a atenção para outros assuntos e outras páginas, também me parecem infelizes. Essas chamadas de atenção devem vir (como vinham) na capa, devidamente hierarquizadas (de acordo com os vossos critérios, é evidente) ou então num sumário da página dois.

O Jornal parece uma revista semanal, com páginas densas, com os "defeitos" das revistas e sem as suas "qualidades". Até porque o que pretende é ser um jornal, continuo a acreditar. E aquela ridícula, provinciana e eventualmente encarecedora ideia das cores em tudo o que é fotografia, acaba por cansar. Claro que há excelentes, boas e algumas de duvidosa qualidade. Não há (boas) fotografias a preto e branco? Lembro-me de uma capa vossa (excelente, aliás) com uma foto fantástica do grande Bresson - a preto e branco, claro, como ele fotografava.

O Público tem excelentes colaboradores, pessoas que escrevem bem, com verve, fotógrafos realmente bons, assuntos variados e adequados ao gosto de cada um – volto a dizê-lo, estes "cada um" não são potenciais leitores dos tablóides, são leitores com outra exigência - dentro da sua evidente diversidade. Muito embora neste novo formato apareçam coisas do género da vida íntima de uma modelo ou de uma actriz qualquer ou a eminente questão da cor das meias do futebolista X, etc. Não se percebe muito bem qual a pretensão com as mudanças efectivadas. Melhorar? Agradar aos seus leitores habituais? Ou captar (acrescentar, diria) "outro género" de leitores? Das duas uma: ou perdem vendas (dos "nós") ou ganham, com novos leitores – os tais do género tablóide e alguma inconsciente juventude. Mas talvez se lixem. A juventude quer é internet e os outros leitores, os tais dos pasquins, continuarão nos pasquins. A não ser que o Público consiga uma adesão, por baixo. Pelo rasca. Com óbvias demissões dos "clássicos"...

Carlos Reis

 

COMENTÁRIOS - 44

Exmo. Sr.:

No passado dia 2 de Março recebi um e-mail referente aos alertas que o publico.pt envia em função das palavras-chave inseridas por cada utilizador, no acto do registo electrónico.O conteúdo desse e-mail era intrigante dado que não me apercebi da continuidade dessa notícia em outros orgãos de comunicação.

O texto, assinado por Maria Lopes, fazia referência à compra da Microsoft pelo Público. A inverosimilhança desta notícia é de tal grandeza que aguardei por algum tipo de desmentido, o que não veio a acontecer...

Outras "incoerências" (uso esta palavra como um eufemismo...): "Depois de ganhar a OPA da PT, Belmiro de Azevedo prepara-se para se virar para os Estados Unidos. O objectivo é conseguir comprar a Microsoft até ao final do ano." (!!!)

Como se não bastasse, a palavra Microsoft vem como hiperligação directa para o site do gigante informático, o que poderá constituir uma forma de publicidade encapotada por um texto de natureza jornalística...

A menos que esta notícia tivesse a sua publicação prevista para o dia 1 de Abril, não encontro qualquer fundamento para a sua origem...

Com os melhores cumprimentos,

Paulo Guerra

 

COMENTÁRIOS - 43

Balanço Crítico das Três Primeiras Semanas
Nuno Marques Mendes, Designer gráfico, 40 anos, Carcavelos

Ponto de Vista Gráfico

Devo dizer que graficamente o projecto me desiludiu. Não me parece muito atraente. A primeira página não é bonita, é, na maior parte das vezes, uma confusão de imagens, publicidade, texto, títulos, chamadas. O título do jornal, transformado em logótipo, parece-me um achado. Mas fica encostadinho a um canto, submergido pela informação. Precisava de mais espaço para respirar e dar-lhe força (apesar de gostar da ideia da faixa de cor com informação). Daí que com a primeira página só tenha tido uma experiência estética valorosa no dia 1 de Março, com a fotografia do touro e o título "Nuestros maestros" (se bem que editorialmente me pareça abusiva esta abordagem, em relação ao tema).


O miolo do primeiro caderno parece-me pouco interessante, plano e monótono e, estranhamente, faz-me lembrar o Diário de Notícias. Também não me parece resultar muito bem o novo modelo de fotografias dos colunistas, com aquele azulinho, além de que a maior parte das fotografias desfavorece notoriamente os retratados. Muitos deles são sinistros (Vasco Pulido Valente, São José Almeida, João Benard da Costa). Ficam bonitas as páginas que têm a risquinha amarela em cima e são bonitas as páginas inteiras em amarelo. Também gosto dos destaques e chamadas na parte superior da página.

Devo dizer em relação ao projecto gráfico anterior que não o achava cinzentão, como se tem agora vincado. As páginas eram muito ritmadas, com larguras de colunas muito variadas, o mesmo em relação aos tipos de letra e títulos. Eram páginas bastante contrastadas e dinâmicas, compondo um claro-escuro e não um cinzento.

Em relação à utilização da cor total há vários problemas: o resultado pode ser uma confusão de página onde não se percebe o que é notícias, fotografias ou publicidade; a impressão tem sido má, o que não é agradável e torna as fotografias muito encarnadas e gera um borrão pelo jornal todo, não deixando um único espaço limpo, nenhum fundo é branco (e obriga a lavar as mãos diversas vezes ao longo da leitura de um exemplar).

Do corpo de letra, mais pequenito, já se falou o suficiente.

Os suplementos, acho-os todos muito feios, a Pública horrível mesmo (a capa safa-se se tiver uma fotografia muito boa)(perdoem-me a franqueza). A única excepção é a capa do Digital (pelo menos o primeiro número), achei-a bonita.

Esta é a opinião de designer e leitor de jornais e revistas. E a desilusão é maior ainda se se tiver em comparação o jornal The Guardian, que é um êxtase gráfico.

Ponto de Vista Editorial

Aqui o que salta mais à vista é a maior importância atribuída às notícias de sociedade. O tom geral do jornal parece ser mais ligeiro, mas não consigo perceber bem se diminuiu a quantidade de informação. Ou o interesse das notícias. A verdade é que se lê mais depressa. Mas parece não se ter perdido o carácter reflexivo, aprofundado (por exemplo com inserção de recensões a livros no corpo do primeiro caderno), que tinha medo que acontecesse. E espero que isso não aconteça no Local, onde havia óptimos artigos de opinião sobre arquitectura e urbanismo. O Internacional parece-me melhor (mas o Ponto de Vista de Jorge Almeida Fernandes parece-me perdido no meio do P2).

O P2 desiludiu-me, mas é um caso pessoal, porque pensava que iria ser um local de informação alternativa, menos comercial, mais arriscada e afinal é uma espécie de magazine ligeiro, tomando as notícias de cultura também um carácter ligeiro e a puxar para o divertido: parece aproximar-se da abordagem televisiva da cultura, apresentada como uma coisa curiosa ou bizarra (no entanto gosto das páginas 2 e 3, exceptuando os colunistas, que são inócuos). (Domingo 4-3-2007 foi um bom dia, José Diogo Quintela estava com graça e o alinhamento bastante superior à média.)

Sobre o Economia e o Digital não me pronuncio porque demasiado recentes.

Em relação ao Ípsilon acho que se perdeu muito. O Y e o Mil Folhas juntos traziam a mais completa informação da imprensa nacional sobre música e livros (e também cinema e artes plásticas). A soma dos dois não produz o mesmo resultado. Perde-se em quantidade de informação e portanto em escolha (não desce à mediocridade do 6ª do DN, nem à mediania do Cartaz do Expresso). Faz-me falta mais recensões de discos e livros, mesmo que pequenas. Ganha-se em reportagens, boas, como o exemplo da arquitectura em Los Angeles, do BesPhoto, dos artistas a residir em Berlim ou o debate sobre Crítica a propósito de Babel.

Em relação à Pública pouco há a dizer. Transformou-se definitivamente no que é suposto ser uma revista para senhoras (é menos convencional porque abre logo com os signos, a maquilhagem e as receitas), com uma ou duas sugestões de política nacional ou internacional para disfarçar e mais uns restos da Xis.

Resumindo

O Público não está mais bonito, suja muito as mãos, está mais ligeiro mas continua a ser o melhor jornal nacional.
E qualquer coisa lhe dá um ar mais contemporâneo, mais cosmopolita. Provavelmente vou continuar a comprar com o mesmo prazer.
Lê-se mais depressa, o que acaba por ser bom, sobra tempo para outras leituras mais completas ou alternativas em livros ou revistas. É uma mudança. São novos tempos. Só pode ser bom.

Nuno Manuel Marques Mendes

 

COMENTÁRIOS - 42

Como leitor do Público desde o nº 1 e apreciador da sua acção, não queria deixar de apresentar algumas críticas que acho necessárias desde a mudança de formato (que no geral, não acho nada positiva). São pormenores, mas também questões práticas que irritam de forma apreciável e não seria transcendente resolvê-las.
Aí vai:
1) A meteorologia é terceiro-mundista. Porque é que não fazem como no Le Monde ou no site da CNN ? Não é concebível suprimir o mapa meteorológico e a foto de satélite. Obrigam-me a ir ver isso na Net todas as manhãs.

2) Suprimir bridge e xadrez em favor do Soduku e quejandos ? Estamos a tornar-nos japoneses avariados da cabeça? Já comentei isto à mesa com amigos.

3) O site é poluído pela janela do anúncio da porcaria da SmartTV, que dá trabalho suprimir [isto não é a versão impressa, mas já agora mais vale falar nisso].

Os melhores cumprimentos,

Mário Rui Costa

 

COMENTÁRIOS - 41

Concordo que as mudanças são necessárias. Se assim não fosse, estagnávamos. Aliás, tenho acompanhado com mais ou menos agrado as alterações que o jornal tem sofrido ao longo dos tempos. Considero-me, por isso, uma leitora assídua e, sobretudo, que encontra no jornal uma referência no panorama jornalístico que prima pela isenção, qualidade do estilo, qualidade da informação e de opinião. Ou devo dizer, considerava?...
Confesso que esta última transformação surpreendeu-me pela negativa. Ao contrário das mudanças anteriores, esta última não se circunscreveu a aspectos de periferia, ambicionou alterar essências do jornal. Mas isto é tão só a minha opinião. Parece que o seu propósito tem vindo a mudar para uma espécime de “jornalismo light”, entremeando notícias e opiniões de qualidade evidente com notícias e comentários menores. Curiosamente, na penúltima remodelação do jornal desagradou-me a inclusão da rubrica “Pessoas” por achar que se esse fosse o motor da minha leitura, certamente, não seria o Público que comprava. Na altura optei por não escrever por achar que, a seu tempo, poderiam recuar nesse estilo. Mas pasme-se quando nesta nova mudança aquela secção ganhou mais espaço.
Na era da Internet e da Blogosfera urgem formas mais inovadoras e interessantes de fidelizar os leitores.
Afinal, como se pretende afirmar O Público?
Reparo que não sou a única insatisfeita com o novo formato do jornal. Reparo, também e entristecida, nalguns motivos que a direcção encontra para fundamentar as mudanças; por exemplo, com base em estudos de opinião aos leitores, retiraram um passatempo de palavras cruzadas e aumentaram um do Sudoku. A ser assim, imagine-se como estariam os canais televisivos se se regessem por estudos de opinião e audiência! Estaríamos condenado a ver telenovelas, futebol e “Portugais no Coração” o dia inteiro…
Afinal, como se pretende afirmar O Público?Apesar da minha tenra idade, sinto já necessidade de manter algumas referências que, pela sua irreverência envolta em profissionalismo e qualidade, transformem um simples hábito (como o é comprar e ler um jornal) num hábito de culto. Assistir a uma referência destas ficar refém da globalização do sensacionalismo e do imediatismo, é antes de mais, triste.
No meio desta “busca de identidade”, tentei encontrar no dicionário de Língua Portuguesa o significado de “chunga” (Público, suplemento P2, 06/03/2007), mas não encontrei; terei deixado de entender o jornal? Ou terá O Público deixado de falar a nossa língua?
Espero muito sinceramente que não, porque precisamos desta referência que, apesar de um deslize, pode continuar a sê-lo, basta reconsiderar a prioridade e a essência com que se quer distinguir. Assim espero.

Inês Pinho

 

COMENTÁRIOS - 40

Tenho acompanhado o debate sobre o novo visual e conteúdo do "novo Público". Corroboro todas as críticas lidas até agora sobre o tamanho das imagens, tipo e tamanho da fonte (excepto a do editorial...claro!) e seria fastidioso repetir tudo o que já foi criticado pelos leitores e com toda a razão.

No que me toca e com muita pena, o Público passou a ser lido na diagonal e sem qualquer prazer.

- Chegar ao fim dos temas que me interessam é um acto de disciplina;
- A Ípsilon o P2, Pública e Fugas SÃO porque existem - gosto de saber quais os tratamentos, cremes, clínicas e SPAS que a/os nossos executivos de sucesso mais apreciam (coisas vulgares na vida de qualquer português...)
Remete-se tudo para o on-line.
Sabemos que a grande maioria dos leitores seja qual for a idade e o rendimento, tem óculos e internet!! Mas que interessa?
Será que Yeats se preocupa por ser tratado genericamente por artista?
Será que Van Morrisson se aborrece por lhe atribuírem Dublin como local de nascimento (artístico ou biográfico?)?
Fugas "Os 1001 pubs de Dublin".
É apenas um pequeníssimo exemplo de jornalismo...
Será que a direcção do Publico é autista?

Cumprimentos,

Maria Augusta Marques

 

COMENTÁRIOS - 39

O novo visual do Público on-line poderá ser interessante sob o ponto de vista estético, mas é muito desagradável para efeitos práticos de consulta e, sobretudo, de leitura.

Eu subscrevi, há mais de um ano, uma assinatura para leitura deste jornal on-line. Mas não me parece que vá renovar no fim do período, porque encontro muito mais dificuldades em ler o jornal. Parece-me o caso típico do design prejudicar o simples e eficaz.

Anteriormente havia um link para índice geral, onde rapidamente se viam os títulos das notícias e os autores dos artigos; isso desapareceu, ou sou eu que não consigo encontrar o óbvio?

Cumprimentos,

Vasco Nunes da Silva

 

COMENTÁRIOS - 38

Ao ler o Público deste Domingo, dei-me conta de algumas cartas de leitores, "queixando-se" das mudanças que o seu jornal de sempre sofreu. Fiquei, então, com vontade de dar a minha opinião!Tenho 22 anos e comecei a "ler" o Público era eu muito pequenina. O meu pai (infelizmente já falecido) era assíduo leitor do jornal, e eu aproveitava sempre para espreitar a tira do "Calvin & Hobbes" enquanto ele empunhava o jornal bem alto à frente dos seus olhos.

Os anos passaram e virei eu, perto dos 17 anos, a fiel seguidora do Público. Entrei na faculdade, e as horas matutinas do meu dia iniciavam-se com a leitura do meu Público na estação de comboio e, como sempre, virava o meu jornal e a primeira coisa que lia era o meu querido Calvin! Pois é... A partir do lançamento do novo Público, numa segunda-feira, procurei o Calvin por todo lado, na confusão já conhecida dos transportes públicos às 7 da manhã, e nada. Iniciei uma busca intensiva, procurando por todas as páginas o meu querido Calvin, e só o encontrei após algum esforço e, principalmente, desconsolo.De todas as mudanças que o Público sofreu (e digo sofreu porque este era o jornal que mais me agradava visualmente, com as suas imagens a preto e branco, o seu título imponente mas simples no topo central da página) esta foi a que mais me magoou, pois apesar de todas elas, o que mais me incomoda é não poder ler o meu Calvin, na correria de apanhar o comboio pela manhã.

Lara Ribas

 

COMENTÁRIOS - 37

Escrevo-vos por este meio para demonstrar o meu desagrado relativo aoscomentários dos leitores nas notícias. Alguém que queira simplesmente ler a notícia é desde um certo momento dela perturbado por uma caixa vermelha que lhe chama a atenção. Muitas das vezes, interrompe-se a leitura para verificar o que consta nesta caixa, que, a meu ver, está demasiado destacada. Mas não só este destaque é exagerado, como também muitos dos comentários dos leitores: uns não moderam a escrita, nela cometendo graves erros ortográficos e dando em linguagem popular uma opinião, outros nem sequer se sabem expressar. Tudo isto dá mau aspecto ao vosso jornal. É inadmissível que um qualquer indivíduo "poste" o que bem entende numa notícia que, como o nome indica, deve informar o leitor e não fazer com que este se sinta motivar a abri-la só para verificar os comentários ou simplesmente para “postar”. Estas opinião são escritas incorrectamente e muitas vezes contrariam o vosso artigo, o que é muito grave. A meu ver deveriam tornar o opção "comentar" exclusiva a assinantes, pois assim, mesmo que perturbassem o conteúdo desta secção, teriam como que uma penalização: o pagamento. Seria também uma boa ideia tornar esta caixa menos atractiva, ou que, pelos menos, a cor fosse alterada, por exemplo para cinzento, muito presente em todo o vosso site.

Em relação à nova imagem do jornal impresso, concordo que a letra seja um pouco microscópica, embora tal não me perturbe. Apenas lamento que o vosso logótipo não seja mais trabalhado, pois é facilmente manipulado.

Nos dias de hoje existem programas poderosos que criam imagem fantásticas e difíceis de manipular. Embora o anterior logótipo não tivesse cor, gostava mais dele do que o actual. Contudo, entendo que seja necessário inovar, mas desta forma é como que um erro. Lamento também que tenham dado menos importância à data na capa; a anterior estava muito melhor (exemplo: QUA28FEV). Pessoalmente gostava bastante de observar a forma das letras e dos números, pois a fonte utilizada quando em maiúsculas ficava fenomenal; perdia até algum tempo em reflexões. Agora a data passa despercebida e deixou de me encantar. Já a introdução de cor é bem-vinda, embora o seu doseamento seja fundamental; contudo, até agora tenho apreciado a sua utilização.

Com os meus melhores cumprimentos,

Pedro Pinto, Lisboa

 

COMENTÁRIOS - 36

Sou leitora regular do Público e compreendo a necessidade que sentiram de lhe mudar o grafismo e de “refundar” o jornal.

Esperei 15 dias antes de me pronunciar para tentar habituar-me ao novo formato e quebrar alguma natural resistência à mudança.

Mas já passou tempo suficiente para concluir que tenho saudades do antigo Público, pelo menos ao nível editorial.

O novo jornal tem, de facto, um grafismo mais atraente e é bem vindo. Gosto também do colorido, mas peca por fotos demasiado grandes e por um P2 “poluído” com excesso de imagens.

O mais grave, porém, é ao nível das notícias que é, afinal, aquilo que é o “core” do jornal. E o que se passa é grave: o Público noticia menos e aprofunda menos.

Como todos os leitores, não leio o jornal de ponta a ponta e fico-me pelos títulos e legendas na maior parte das páginas. Mas os artigos que leio (porque me interessam), leio-os até ao fim. Agora sabem-me a pouco. São demasiado pequenos e não contextualizam. Para isso, leio no autocarro os jornais gratuitos ou então contento-me com as notícias curtas dos sites de informação.

Gostei da ideia do P2, de um caderno onde se analisassem e se aprofundassem as notícias que não são do dia. Mas acho que aquilo é uma mistura do extinto Y com Cultura e fait divers. É, na minha opinião, a coisa menos interessante do novo Público.

E o antigo Local Lisboa parece-me ter menos páginas e menos notícias.

Quanto à Economia, claramente, não me parece uma aposta do jornal, ao contrário do que acontece no Diário de Notícias.

Ah, e por favor, aquele rodapé ao contrário, no cimo das páginas, é comparável aos rodapés das televisões. Para que serve aquilo?

Louvo a atitude do Provedor em publicar as opiniões que vai recebendo, mas penso que é chegada a hora de ele próprio se pronunciar.

Atentamente

Manuela Silva

 

COMENTÁRIOS - 35

A secção Opinião dos Leitores é uma parte inacreditável deste jornal. E não creio que esteja a responder às expectativas dos seus criadores, uma vez que não serve para absolutamente nada, excepto para retirar prestígio ao próprio jornal, convertendo-o em periódico de tendência sensacionalista.

Mas agora que se começou não se pode erradicar, isso seria censura. Então, esta coluna serve, acima de tudo, para caracterizar o leitor-tipo deste jornal. Para o qual se escreve apenas para evocar ditaduras passadas e enterradas, ou a veicular afirmações de ódio, frustração, ausência total de reflexão sobre o que quer que seja. Se este é o público deste jornal, espero que tenha sido pelo menos uma surpresa para quem nele trabalha. E lamento muitíssimo que se dê espaço a estas pessoas.

guerrasu@...

 

COMENTÁRIOS - 34

O Público passou a Jornal Oficial do PS? Parece que sim pela fotografia da 1ª página da edição de hoje !! Ou a Sra(?) Fátima Felgueiras é accionista do Jornal? Como é possível dar destaque a semelhante criatura num jornal como o Público? Ou estarei a ler o " Tal e Qual"?

Sou leitor do Público desde o n.º1 e assinante há sete anos. Pois, ultimamente, é só desgostos! Acho que vou ter que deixar de ser assinante e deixar de comprar o jornal, lamentavelmente!Ainda por cima, e desde há duas semanas que o jornal mais parece um "site" com "pop-ups"!! Só falta ter "spams"!!

Que mais surpresas desagradáveis nos aguardam???Muito mais haveria para dizer e comentar sobre estes e outras "calinadas" que vêm a ser habituais no jornal mas, por hoje, bastou-me a da sra(?) para definir o que vai por aí!

Com os melhores cumprimentos,

PSC

 

COMENTÁRIOS - 33

Caro amigo,

Sou leitor do Público desde o primeiro número, a principio estranhei a mudança, ainda não estou bem adaptado mas, mais que no primeiro dia.

Mais que reclamação, quero fazer um pedido: voltem a colocar as palavras cruzadas tal como eram antes, com as duas quadrículas. Se o fizerem serei um homem "feliz" e penso que muitos outros leitores serão da minha opinião.

Os meus agradecimentos,
Com amizade,

Fernando Pessanha

 

COMENTÁRIOS - 32

Exmo. Senhor Provedor,

Há muitos anos que sou leitor do jornal Público porque aprecio oscorpo de jornalistas, os temos desenvolvidos e, principalmente, osconvidados a dar opinião, como Frei Bento Domingues, Paulo Moura,Benard da Costa, etc. Mas actualmente quando leio o Público, apesarde usar óculos apropriados, fico cansado para todo o dia...

Naturalmente, por hábito, continuo a comprar o jornal, mas por certovou deixar de o fazer, o muito lamento.
Se o tamanho da letra em todo o corpo do jornal fosse do tamanho dausada no Editorial eu já não ficava cansado!

Quando melhoram o grafismo e impressão do jornal? Os leitores sãoimportantes para o projecto do Público ou será mais importante odesign?

Com os melhores cumprimentos

Jorge Correia

 

COMENTÁRIOS - 31

A pedido vosso, mas também por vontade própria, permito-me fazer alguns comentários sobre esta nova versão.

Antes de começar, gostava de deixar claro que percebo que a condicionante “mercado” é mais importante para a reestruturação de um jornal que os desejos de uma redacção ou mesmo de uma direcção. Gostava também de vos dar os parabéns pelo profundo trabalho de reflexão feito em torno do papel de um jornal nacional português contemporâneo. Considero que o vosso trabalho é deveras salutar e espero que as contribuições dos leitores e a vossa própria experiência vos dêem capital suficiente para avançarem para um jornal ainda melhor. Para terminar as entradas, devo dizer que só agora faço o comentário que tinha previsto desde que vi o número 0 porque estava à espera de deixar passar alguns exemplares de ‘Público’ para conseguir ter uma opinião mais fundamentada sobre o funcionamento da nova maqueta. Dito isto, cá vai então.

A impressão geral
Em primeiro lugar, e como ideia geral, acho que o jornal está mais ‘popular’. O que me parece ser uma das intenções da nova maqueta. E parece-me um objectivo bem alcançado. As páginas todas a cores, as fotografias enormes, o P2, fait-divers como o ‘q.b.’, os cabeçalhos decorados com foto recortadas a animar as páginas, etc. Tenho a certeza que os públicos do DN, Sol, Expresso e mesmo Jornal de Notícias, Correio da Manhã e 24 horas vão apreciar estas novas mudanças do Público. Sem um sentido nem pejorativo nem elogioso, o novo Público faz-me pensar num ‘Sol’ em versão diária. Porquê? Pelo que disse acima neste parágrafo mas também pela aparente vontade de misturar os públicos. Quero dizer, um público que prefere um jornal sério, independente, internacional, sem páginas cor-de-rosa; e um público que prefere um jornal de notícias de proximidade, menos palavra e mais imagem e uns apontamentos de notícias do género ‘people’, ‘cor-de-rosa’ ou ‘socialaite’ (não sei bem como lhes chamar). Dizia então que tenho a impressão que o novo Público foi pensado para os gregos e para os troianos, para o Zé e para o Diogo, para a Maria e para a Constança. Como já dizia o anúncio: ‘o que por um lado é bom, mas por outro é mau’...

A organização da informação
Agora que já passaram alguns dias desde a saída do primeiro número, já me habituei a uma coisa que a princípio tinha estranhado: as chamadas para as secções a que se seguem. As chamadas que estão nos topos das páginas. Acho realmente uma muito boa ideia e que funciona à mil maravilhas. De resto, e excepção feita à supressão dos “assuntos anexos” (dos quais infelizmente a Cultura faz parte...), não me parece que tenha havido grandes alterações no que diz respeito à organização da informação. O que a meu ver, é pena. Sem querer copiar nem comparar o incomparável, parece-me muito interessante o que fez o ‘Le Monde’ quando tratou de reestruturar o seu design e organização da informação: a separação dos assuntos a tratar por tema dá uma unidade aos assuntos e ao jornal que são de louvar, além de ser verdadeiramente inovador (a título de curiosidade e muito resumidamente, separaram o jornal –num só corpo- em três grandes temas: “Actualidade”, onde se tratam todos os assuntos, nacionais e internacionais, da ordem do dia; “Décryptages” (tradução grosseira – Decifragem), onde se aprofundam os temas que se julgam pertinentes com entrevistas, inquéritos, artigos de fundo; e “Rendez-vous” (tradução mais uma vez grosseira – Encontros), onde se falam de assuntos mais ligeiros como viagens e culinária mas também de cultura). Tudo isto para dizer que em relação à organização do novo Público, parece-me então que, além de alguns pequenos detalhes, a grande mudança são as referências a notícias nas secções que se seguem e o P2. O facto de a opinião ter passado para o fim do P1 parece-me de somenos importância, embora coerente com o princípio do novo Público.

Já o P2, parece-me uma ideia bastante interessante e que acredito que traga grandes benefícios ao jornal –em número de leitores e, consequentemente, de euros em publicidade. É leve e é fresco. É sério e é engraçado. É interessante e é fútil. Mas é sem dúvida um prazer ter uma espécie de Públicozinho versão para o adulto urbano. Mas no fim de contas, parece que é mas não é. É mais sério que isso. Às vezes. Bom, acho que preciso de mais uma semana para poder falar do P2. De qualquer forma, o que é certo é que é um suplemento de que gosto. Gosto das reportagens, das fotos de página inteira, das referências à net, do Luís, da Cultura (é impressão minha ou a Cultura tem menos espaço?), da rubrica Media. Gosto de o ler e gosto de o ver.

O design
O novo Público todo a cores. Hmmmm. Mais uma vez, pessoalmente não gosto muito, mas percebo que faça parte da nova estratégia comercial. Ainda assim, as cores fixas que os designers escolheram, parece-me um pouco repetitivas e também me parece que o vermelho e o laranja são cores que vão envelhecer mal. Mas isso só o tempo o dirá.

Já em relação aos tipos de letra escolhidos, parece-me que o tempo não é para aqui chamado. Nos títulos das notícias e no texto, os tipos parecem-me correctos, sem nenhum rasgo de originalidade, mas correctos. Já nos cabeçalhos e nas legendas, ainda que tenha em conta o aspecto ‘popular’ da coisa, não consigo deixar de os ver como sendo grosseiros. Sobretudo nas legendas das fotos que, além de serem gordas e pesadas –a vermelho!- fazem uso de um rectângulo branco que brutaliza as fotos e que transforma cada uma delas praticamente numa fotolegenda. Ainda em relação ao design, os destaques que aparecem no meio dos textos, parecem-me também algo grosseiros. Por várias razões: primeiro porque utilizam o mesmo tipo de letra que as legendas (ainda que em versão ‘regular’); segundo porque se fazem acompanhar de uma foto, mesmo quando ela não faz lá falta; e terceiro, porque têm um fundo a cores que a meu ver também não acrescenta nem em beleza, nem em leveza, nem em leitura. Depois, e de maneira mais geral, parece-me que o novo grafismo do jornal é “velho”. Quero dizer, é um déjà vu que com certeza faz parte da estratégia comercial (não causar estranheza usando um design que o leitor espera). Mas sinceramente, parece-me demasiado vulgar para um jornal como o Público.

O novo logotipo
Uma palavra ainda para o novo logo. Na minha opinião, um jornal com a ambição que eu julgava que o Público tinha, o logotipo deve ser reconhecido com facilidade – que é o caso – também por alguém que não conheça o jornal. E refiro-me aqui à divulgação do Público no estrangeiro. De alguma maneira, Público com o novo logo ganhou em popularidade em Portugal (acho eu...) mas perdeu em seriedade e respeito internacionais (se é que tinha). Oh lá, esta seria uma grande discussão...

Enfim, eu teria gostado de me ter surpreendido com o novo Público como me surpreendi, por exemplo, com o novo Expresso. Um exemplo de renovação bastante bem conseguido, original, sóbrio, com rasgos e com uma grelha suficientemente maleável para variar a paginação de maneira coerente. Mas no novo Público, por enquanto, muito pouco me surpreendeu pela positiva.

Desilusão
Confesso que quando vi que o Público ia mudar pensei poder vir a assistir a um trabalho gráfico excelente. E que fiquei desiludido. Estava também à espera de um papel mais fino, menos absorvente, que desse mais vida e detalhe às cores e à imagens. Olhando para o número mais antigo que tenho comigo, o número 1 desta nova versão, vejo que o jornal envelhece (fisicamente) muito depressa e mal. Ainda no tema design, há uma coisa que me salta aos olhos, ou aliás, não salta, é a falta de variedade gráfica. Quero dizer, folheando o jornal, todo ele é muito igual. Todo ele repete uma mesma grelha gráfica que, além de pouco interessante, não varia ao longo do jornal. Seja no destaque, seja no desporto, seja na economia. E por incrível que pareça, mesmo o ‘ípsilon’, bastião da experimentação gráfica no jornalismo português (ao lado talvez do defunto Dna) repete de alguma maneira a fórmula do jornal. Espero que os próximos números do ‘ípsilon’ sejam mais ousados que o primeiro.


Enfim, espero que com o passar do tempo as maquetes se tornem mais elegantes e originais ou que eu me adapte a elas como elas são, porque espero continuar ver o Público crescer como sendo o melhor jornal diário português.

Cumprimentos e bom trabalho,

João Garcia

 

COMENTÁRIOS - 30

Ex.mo Snr.

Sou leitor do Público desde o primeiro número. E assinante sempre que essa modalidade foi disponibilizada.

Adquiri assim uma experiência desse jornal que me permite emitir uma opinião com conhecimento de causa.

Em primeiro lugar, não gosto da nova apresentação geral:

- Passou de ter a apresentação de um jornal sério para a de um vulgar jornal sensacionalista. É como se o Financial Times passasse a ter o formato e apresentação de um vulgar tablóide.
- Abuso de cor.
- A nova organização é confusa, desordenada e sem lógica aparente na apresentação das diversas classes de informação, o que torna a leitura errática e sinuosa.

Admito que o novo Público tenha sido o resultado de estudo feito por especialistas e portanto caro e não susceptível de ser alterado. Cito o comentário de um amigo meu:
"O Público morreu, paz à sua alma."

Em segundo lugar quero comentar alguns aspectos gráficos. Julgo que aqui pode e deve haver mudanças com resultados positivos para os leitores:

- A letra é menos visível e de leitura muito mais difícil. Não sei se se trata do tipo, da dimensão ou da espessura da letra. Até o Bartoon e o Calvin estão menos visíveis (redução de área de 20%).
- Algumas cores usadas nos subtítulos tornam-nos ilegíveis,
por falta de contraste com o fundo branco. Por ex., o laranja e o vermelho claro.
- A repetição de títulos de artigos no alto das páginas induz em confusão e reduz o espaço útil.

Melhores cumprimentos,

G. Álvares Ribeiro, Porto

 

COMENTÁRIOS - 29

Exmo. Senhor,

Fui, desde o 1º número e até agora, leitora – e compradora – diária do Público. Agora, depois de o ter comprado e lido durante alguns dias após a recente remodelação, deixei de ser. Não por desgostar do novo grafismo, embora não o considere melhor do que o anterior também não o considero pior, mas porque o grafismo não foi a única mudança introduzida no jornal e o resto que mudou transformou o Público, que eu considerava o melhor jornal diário disponível no mercado, num jornal banal, igual, ou muito idêntico, a outros jornais diários existentes. Ficou mais leve em termos de informação, perdeu suplementos (mantendo, no entanto, o mesmo preço que tinha quando disponibilizava os suplementos), piorou em termos de erros e gralhas (notícias com as linhas finais cortadas, erros de ortografia, etc., etc.) e, por último, mas, para mim, não de somenos importância, reduziu de 2 para 1 a publicação de problemas de palavras cruzadas, de que sou apreciadora e que considero fazerem muito mais sentido como entretenimento num jornal, uma vez que são passatempos que envolvem conhecimento da língua portuguesa, do que o sudoku e o kakuro cuja publicação foi aumentada de 1 para 3, e que são meros exercícios de lógica.

Resta-me dizer que lamento muito que assim seja e que ficaria muito satisfeita se pudesse voltar a ter motivos para preferir o Público à restante oferta disponível, como preferi durante tantos anos.

Atentamente,

Manuela Albuquerque

 

COMENTÁRIOS - 28

Senhor Provedor Rui Araújo

Gostava de saber a razão que levou o “Público” a ocultar os endereços electrónicos nos diários em papel e no site reduzem-nos a tão pouco espaço.

Há dias enviei para a Redacção do Porto uma dúvida e o e-mail veio devolvido por a caixa de correio estar cheia.

A pergunta que então fiz, relaciona-se com o facto de terem acabado com as secções de “Bridge” e “Xadrez” que eu tanto gosto. Por outro lado, privilegiaram o “Su DoKu” e lançaram o novo “Ka Kuro”. Não sendo avesso à modernidade, não louvo que se acabe com o tradicional.

Aceite respeitosos cumprimentos de um leitor diário desde o primeiro número.

Vasco Ferreira

 

COMENTÁRIOS - 27

Não consigo ler Jornais com uma Lente.

Cumprimentos,

João P. Simões

 

COMENTÁRIOS - 26

Olá Sr. Provedor!

Folgo em saber que vão aumentar o corpo da letra do jornal! Estava pequeno de mais! Ou demais, como diz o Eduardo Cintra Torres no seu artigo desta semana, em grande título?

Já agora, podia pedir ao Zé Manel Fernandes que mandasse aumentar também o tamanho dos passatempos da P2. Quer os sudokus, quer as palavras cruzadas são quase impossíveis de fazer, tal o tamanho. Pequeno de mais, ou pequeno demais?

Cumprimentos

Maria Cordoeiro

 

COMENTÁRIOS - 25

Exmos. Senhores,

Assino o Público há pelo menos 18 anos ou mais. O "meu Público" tem-meacompanhado pela vida fora, mantendo-se a minha fiel companhia de pequeno-almoço ao longo de casamentos, divórcios, re-casamentos, mudanças de casa, etc. etc. Mas como o "Público" eu podia sempre contar! Acontece que desde a remodelação do passado dia 12, já não é mais o meu "Público". Dei-lhe o benefício da dúvida! Deixei passar uns dias, pois achei que era excesso de conservadorismo e que teria que me habituar... mas não! Não consigo! Não encontro nada do que quero ler. Os meus queridos cronistas foram vetados para a última página, o Local já não se consegue separar do resto (eu lia a meias com o meu marido - enquanto um lia o local o outro lia o resto), não consigo entender-me nos cinemas nem na TV. Meteo já não tem o dia seguinte e pior do que tudo no topo das páginas anunciam coisas cujos desenvolvimentos estão noutras páginas e que só baralham...

Por favor voltem um bocadinho ao que eram. Bem sei que é preciso modernizar, fazer "revamping's", mas era necessário tanto assim? A impressão piorou, a qualidade do papel parece ter piorado também, baralha-se anúncios com notícias....

Estou pois num beco sem saída. Não gosto deste Público, mas não me revejo no JN!

Não julguem que tenho por hábito escrever para jornais e revistas com criticas mas desta vez não resisti! O "Público" afinal também era meu!

Com os meus melhores cumprimentos,

Maria João Pinto, Porto

 

COMENTÁRIOS - 24

Ex.mo Senhor Provedor do Público,

Também eu venho, por este meio, contribuir para a reflexão em torno das mudanças no Público. E nesse sentido, afirmo o seguinte:

- Têm inteira razão os leitores que dizem que as fotos no jornal são descomunais em relação aos respectivos textos. Igual razão têm ao afirmarem que o jornal custa mais a ler devido à letra ser mais pequena. Faço minhas as palavras deles. Segundo o director, o problema não está na letra (que não é mais pequena), mas sim na forma da mesma. Há portanto o reconhecimento de um problema. Para quando a sua resolução?

- Para além disso, terei que afirmar que há coisas que parecem não bater certo, isto é, não terem lógica. Por exemplo, vejamos a última entrevista a António Barreto. É publicada uma enorme (descomunal) foto de António Barreto, em relação ao respectivo texto. E a chamada de atenção para a entrevista vem apenas na última página, ao invés de vir na primeira!

- Quanto aos textos de opinião, verifica-se uma diminuição drástica dos textos de colaboradores eventuais (uma cedência ao política e culturalmente correcto?...). Tal facto é redutor em si mesmo e, por isso mesmo, empobrecedor.

- Por último, num jornal que se diz de referência, é totalmente absurdo que se recorra a uma pessoa cujo nível cultural é perfeitamente medíocre! Refiro-me a José Diogo Quintela, a quem o extinto O Independente foi buscar apenas numa altura em que já estava de rastos...Não estão em causa as posições em si mesmas do colunista. Isso não discuto. O que coloco em causa é o nível de reflexão e de análise do colunista, no âmbito do nível de exigência que o Público diz ser o seu.

- Positiva é a introdução de cor no jornal e de um grafismo mais atraente, não obstante as correcções que deveriam ser feitas.

P.S. – Embora não estando directamente relacionada com as mudanças no Público, parece haver, por vezes, uma certa tendência no mesmo jornal para se publicarem fotos de caveiras humanas, por tudo e por nada. Seria boa uma reflexão sobre isso.

Com os melhores cumprimentos,

Pedro Miguel Almeida

 

COMENTÁRIOS - 23

Caro provedor,

As mudanças são sempre necessárias e só ajudam a melhorar, mas neste caso penso que o Público mudou para pior.
Opinião pessoal e de muitos outros leitores com quem tenho discutido o assunto.

Abaixo os meus comentários referentes à edição impressa:

- Notório decréscimo de qualidade (comparável à concorrência);
O Público fazia a diferença, agora é mais um no meio dos outros.

- O alinhamento das noticias ficou desordenado e confuso;
ex. os artigos de opinião atirados para o fundo do jornal, cabeçalhos extras no topo das páginas para ajudar à confusão.

- Tamanho e tipo de letra que dificultam e tiram prazer à leitura;

- Fotos a mais (de má qualidade diga-se) e análise de muitos artigos tratados de forma ligeira.

Espero que a minha opinião possa contribuir para alguma mudança e melhoria fazendo com que o Público volte a ser novamente a referência dos jornais em Portugal.

P.S. – Parabéns para o Inimigo Público, que passa incólume nesta alteração, mantendo a qualidade que nos habituou.

Cumprimentos

Cipriano Carvalho

 

COMENTÁRIOS - 22

Caro Provedor

As mudanças no Público

Quando começaram as surgir os primeiros rumores, sobre o Novo Público, escrevi uma mensagem ao Provedor, que teve a amabilidade de a publicar, em que se apontava o receio, de as mudanças, poderem, porventura, fazer o Público, perder a qualidade, a referência, por troca da quantidade, de vender muito, o que seria preocupante. O Provedor, fez, como sempre o faz com a máxima competência e eficiência, indagações ao Director, José Manuel Fernandes, e os esclarecimentos na altura foram muito poucos. Conforme, foi referido posteriormente pela Direcção Editorial, estamos em tempos diferentes, e a imprensa escrita, mesmo os jornais de referência e qualidade, como tem sido o Público, têm sido afectados, pelos jornais gratuitos, pela internet, e pela forma, como hoje rapidamente passam as informações e comunicações, razão da necessidade do Novo Público.

O Novo Público, agora já com uns dias, na forma, está bom, a começar na primeira página com o P e o Público inserido no mesmo, e as noticias a começarem logo a seguir, bem como ter acabado com o Local e passar a haver o P2, foi muito positivo, dado que é um destacável, que pode ir sendo lido, mesmo que não no próprio dia, como positivo também, as cores em todas as páginas. Sendo que, ainda quanto à forma, o tamanho das letras, tem qualquer problema, e pegando, p.e. no Espaço Público, o Editorial, sendo por norma do Director, JMF, é bom, mas não necessitaria, de ter uma letra tão grande, e principalmente em contraponto, com a letra tão pequena, dos “textos ou cartas dos leitores”, bem como de todos os colunistas, que são menos fáceis, de ser lidos, por fazerem cansar os olhos – letra tão pequena, em tanto textos. Porquê? Outro aspecto, que continua a ser recorrente, desde já há algum tempo, é o pequeno espaço reservado aos leitores, o que seria da máxima oportunidade, ser alargado, se bem que evidentemente com o conteúdo, sempre escolhido pelo Director. Neste mesmo espaço ainda não percebi, qual a necessidade, de colocar uma fotografia, que se é para “quebrar”uma folha só com letras, talvez seja desnecessário, ou talvez a fotografia, junto ao Eitorial, do JMF ou de algum director adjunto – conforme quem o escreve – do tamanho da do Provedor, no seu Espaço, seja mais que suficiente. As fotografias, em todo o Novo Público, estão com um tamanho exagerado – é uma opinião – que melhor deveria ser partilhado com os textos. Quanto ao conteúdo, do Novo Público, à partida está a ser agradável, com bons colunistas de 2ª a domingo, que passam opiniões, que agradam, mesmo que se possa não estar sempre de acordo. O fim da XIS, fez com que a Pública, se bem com uma faceta um pouco mais populista...recebesse, e ainda bem a Fayza Hayat, e o Daniel Sampaio, a Laurinda Alves, escreve uma vez por semana no Público, não compensa a falta da Xis, mas já vai sendo qualquer coisa. Parece, haver vontade, de continuarmos a ter um Público, com qualidade e não fugir, para “baixo”, para agarrar a quantidade, o seria muito impróprio, dado que desde que existe o Público, sempre foi o melhor diário generalista de qualidade, e neste momento estando “sozinho” nesse mesmo espaço dado a concorrência estar a desaparecer, deve fazer tudo para o bem saber agarrar. Também neste aspecto, gostaríamos de poder saber, se vai ser essa a trajectória desenhada para o futuro?

Com os melhores cumprimentos

Augusto Küttner de Magalhães

 

COMENTÁRIOS - 21

Exmo. Senhor Provedor,

1. Notas de cabeçalho

Ainda a propósito das notas de cabeçalho, repare o Senhor Provedor na perturbação que estas causam, estando ao nível do título da página do separador e referindo-se a uma página que já foi seguramente lida…

Um exemplo na edição de hoje, Domingo dia 25:

Pág. 26 “Local” título da notícia “Lisboa – Mais velho elevador da cidade…”

Pág. 27 (ao mesmo nível do título acima) “Quem é o novo Bispo do Porto? Portugal, página 7”

Imediatamente por baixo título da verdadeira notícia da página 27 – “Explosão de gás em Carnaxide…”)

E isto repete-se em todas as páginas do corpo principal.

Mas há quem leia o Público de trás para a frente? Quem está na pág. 27 irá voltar a ler a pág. 7?

2. Tamanho da fonte

Li ávida e obviamente com muita atenção o ”Muda-se o Público II” de hoje e só então percebi o que me infernizava ainda mais a leitura sem ter consciência da sua verdadeira razão – a redução tamanho da fonte. Graças a Deus estão a considerar o regresso ao anterior tamanho.

No meio de tanta confusão, só o novo grafismo do “P” não incomoda, pois é uma questão subjectiva de cor e gosto.

Será tudo o resto irreversível?

Espero que as minhas críticas sejam aceites como uma tentativa desesperada de ficar convosco.

Melhores cumprimentos,

Filipe de Menezes, Vila Nova de Milfontes

 

COMENTÁRIOS - 20

Senhor Provedor, as minhas saudações:

Sou assinante do jornal on-line e sou invisual. Gostaria de saber se a edição para cegos, que continua bem acessível, se tem a mesma informação que a edição impressa.

Outra questão: Como cego não costumava ler a edição para cegos mas sim a edição impressa. Com o novo grafismo os leitores de ecrã deixaram de ler uma linha que seja na edição impressa. Seria bom terem em conta o número de cegos quer assinantes ou não e que gostam de ler o jornal na íntegra.

Caso seja necessário poderei ajudar-vos nos testes para resolver este problema.

Saudações do Fernando Teixeira

 

COMENTÁRIOS - 19

Caro Sr. Rui Araújo,

Segue este mail para fazer uma observação sobre o "novo Público". Tenho, antes de mais, que aplaudir o novo grafismo. Está apelativo e, passada a fase inicial de estranheza, torna-se agradável. Há o problema do tamanho das imagens: excessivamente grandes e que convidam ao facilitismo nos textos, os quais se poderão tornar mais curtos e menos profundos. O tipo de letra, ainda que de fácil leitura, será talvez um tudo nada diminuto. Um ou dois pontos de aumento do mesmo fariam bem.

Relativamente às mudanças não visuais, há obviamente aspectos bons e maus. Tendo apenas acesso ao Público on-line (de que sou assinante), não posso falar muito dos suplementos. Ainda assim, fico com a sensação que o novo "Ípsilon" é bastante mais curto que o "Y". Aí, das duas uma: ou o "Ípsilon" é realmente mais pequeno (e nesse caso temos a crítica a um suplemento tão fraco) ou então a edição on-line do mesmo está substancialmente reduzida face à edição em papel (de onde advém uma diferença de tratamento entre os clientes). Sendo o segundo caso aquele que se aplica (e há razões para acreditar nisso), convém explicar se isso é uma opção para se manter (de onde adviria uma falha perante os assinantes, não informados acerca da mudança) ou se é apenas um erro (e nesse caso há lugar a pedidos de desculpas e uma correcção rápida do problema). Tendo também o "Ípsilon" sido anunciado como um cruzamento entre o "Y" e o "Mil-Folhas", nota-se a falta de conteúdo de um e outro suplemento. Aqui, repito, poderá ser o problema da falta da edição on-line.

O segundo caderno, "P2", está também interessante. Tem alguns temas de actualidade premente e assume uma vertente mais leve e lúdica, que motiva a leitura pelo prazer. Ainda assim será, a espaços, excessivamente "leve" de conteúdos, caindo em alguns facilitismos de escrita e de temas. Por outro lado, repete-se aqui uma crítica pessoal bastante antiga: a da falta de qualidade da secção de Ciência, desta vez agravada pela falta de conteúdo, o qual parece ter diminuído com a "refundação". Há que notar que ter uma secção de Ciência implica algo mais do que publicitar prémios de investigação científica ou anunciar as novas edições do Windows (algo que considero ridículo surgir na secção de Ciência, sendo mais lógico na Economia ou Sociedade). Implica antes falar de novos desenvolvimentos científicos e tecnológicos e apresentá-los numa linguagem acessível a leigos. Isso raramente tem sido feito (especialmente se comparada essa actividade com a das restantes secções do jornal), o que é inaceitável quando há centenas de publicações científicas mensais com dezenas de artigos disponíveis. Certamente que é possível ao Público encontrar mais informação para publicar.

Nota para os artigos de opinião: é pena que tenham sido "atirados" para o fim do jornal. Uma marca distintiva do Público era o surgimento da Opinião logo a seguir ao Destaque. Dava peso à escrita dos seus autores e motivava o leitor a pensar no assunto. Assim, com os textos no fim, o leitor poderá descartar a opinião por puro cansaço ou desinteresse, visto que já terá lido o restante do jornal. Esta observação é, creio, tanto mais pertinente quanto os leitores que mais frequentemente lerão os artigos de Opinião serão também aqueles que mais tendência terão a ler todo o jornal.

Última nota (e recorrente) para a edição on-line (paga). Com a mudança no site do Publico.pt, surgiu um novo estilo de leitura bastante mais agradável, onde se pode ver toda a página como uma imagem. Isto acrescentou a possibilidade de ver as fotografias e outras imagens/gráficos, o que facilita imenso a compreensão de inúmeros artigos. Ainda assim, é pena que este sistema não tenha sido estendido aos suplementos, os quais continuam a surgir apenas em formato de texto (com a agravante de, agora, nem sequer ser possível ver as capas). Com esta nova interface não há quaisquer razões para não incluir os suplementos no estilo de "texto+imagens". A crítica também poderia ser levada ao suplemento "Inimigo Público" (que creio continuar a ser publicado), o qual não era disponibilizado na edição on-line (segundo me foi explicado em tempos pelo director do Publico.pt José Vítor Malheiros) devido à profusão de imagens. Essa explicação já não colhe, portanto.

Os meus melhores cumprimentos e desejos de uma boa continuação de trabalho,

João Sousa André

P.S. – Gostaria de deixar uma nota congratulatória sobre a forma como o caso "Uma forma de plágio" referente à jornalista Clara Barata foi conduzido pela Direcção e pelo Provedor. Aplaudo também a decisão, que me pareceu justa e equilibrada.

Sobre o blog

  • O blogue do Provedor do Leitor do PÚBLICO foi criado para facilitar a expressão dos sentimentos e das opiniões dos leitores sobre o PÚBLICO e para alargar as formas de contacto com o Provedor.

    Este blogue não pretende substituir as cartas e os e-mails que constituem a base do trabalho do Provedor e que permitem um contacto mais pessoal, mas sim constituir um espaço de debate, aberto aos leitores. À Direcção do PÚBLICO e aos seus jornalistas em torno das questões levantadas pelo Provedor.

    Serão, aqui, publicados semanalmente os textos do Provedor do Leitor do PÚBLICO e espera-se que eles suscitem reacções. O Provedor não se pode comprometer a responder a todos os comentários nem a arbitrar todas as discussões que aqui tiverem lugar. Mas ele seguirá atentamente tudo o que for aqui publicado.

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