A FRASE A MAIS (EPÍLOGO)
As jornalistas Joana Gorjão Henriques e Bárbara Reis enviaram um Protesto ao provedor dois dias depois da publicação da primeira crónica.
“Foi com espanto que lemos o seu texto de domingo no PÚBLICO no qual omite o essencial da nossa posição/defesa, enviesando por isso os factos e não contribuindo para o esclarecimento dos leitores.
Independentemente da sua opinião, não deveria o provedor ter dividido o texto de Miguel Sousa Tavares, tal como fez com as nossas respostas? Ou seja, sendo a sua opção a reprodução integral das posições de ambos, não seria mais justo publicar as acusações e respectivas respostas das acusadas dando assim espaço ao “direito ao contraditório”? E sobretudo porque nos fez 9 perguntas?
Como pode Rui Araújo reproduzir – como fez no domingo – todas as acusações de MST e apenas uma parte das respostas das jornalistas? O provedor fez 9 perguntas às jornalistas, e só transcreveu 4 respostas.
Na sua análise deixa que a jornalista Joana Gorjão Henriques seja acusada de não cumprimento de um acordo (logo, de ser desonesta), omitindo o contraditório. A questão número 9 que o provedor nos enviou foi: “Joana Gorjão Henriques confirma os contactos com MST descritos pelo escritor? E o teor dos mesmos?” E a resposta foi “Não", seguida de uma detalhada descrição dos factos.
O título da análise do provedor, “A Frase a mais (Parte I)”, revela que o provedor adoptou como sua a posição de MST. A frase, é óbvio pela presente discussão, pode ser interpretada de forma ambígua. Convidamos os leitores a relê-la no seu contexto.
Queremos no entanto sublinhar que a leitura que está a ser feita desta frase assenta num equívoco: a frase em questão é sobre o que o blogue mostra dos livros, não é sobre os livros. A tese do blogue é que “há muitas ideias parecidas e frases praticamente iguais”. E é contra essa mesma tese que MST se insurgiu, ao ponto de processar os bloguistas.
E aqui chegamos ao ponto de discórdia: para escrever esta notícia sobre alguém que vai processar outra pessoa, não é necessário ler os dois livros.
Este é, de certa forma, um simples caso de tribunal.
Não foi Dan Brown a tribunal por uma acusação semelhante? Não foi isso notícia em toda a imprensa do mundo? Não foi isso primeira página do “Herald Tribune” e de muitos outros jornais? Porque é que o facto de MST confirmar ao PÚBLICO que vai processar os bloguistas não é notícia? Não nos lembramos de ter lido na imprensa mundial opiniões de jornalistas sobre se havia ou não plágio no “caso Dan Brown”. Houve uma queixa, noticiada, houve a defesa de Dan Brown e o julgamento, tudo noticiado. E houve a absolvição de Dan Brown, noticiada.
O provedor pergunta: “Como explicam terem avançado com a notícia sem terem lido o livro quando consideravam importante consultá-lo?”
Será assim tão difícil compreender que quando MST disse num jornal e depois confirmou ao PÚBLICO que ia processar os bloguistas, ter o livro passou a ser irrelevante?
A partir desse momento, a notícia é que MST, autor que vendeu 270 mil exemplares, vai processar os bloguistas. Se MST tivesse respondido, quando o PÚBLICO lhe telefonou, que não tinha comentários a fazer e que não ia processar ninguém, o PÚBLICO não teria publicado nenhuma notícia sobre o assunto. Não havia notícia.
Mas não foi isso que aconteceu. MST confirmou que ia processar os bloguistas. Uma interessante história de tribunal, que envolve um autor de best-sellers, portanto. Aliás, com claras semelhanças ao caso “Margarida Rebelo Pinto VS João Pedro George”. Como se lembrará, foi num blogue que apareceu a primeiríssima indicação de que MRP tinha apresentado uma providência cautelar para travar a edição do livro de JPG que a acusava de se auto-plagiar; foram contactadas ambas as partes, noticiada a acção judicial de MRP, e mais tarde acompanhado o julgamento.
Porque é que MST é diferente? Porque os bloguistas são anónimos? Sim, são anónimos, mas isso não impediu MST de apresentar uma queixa-crime. Porque não tínhamos os livros para comparar? Sim, não tínhamos, como também ninguém terá lido os 8 livros envolvidos no caso de Margarida Rebelo Pinto para escrever a notícia da acção judicial da escritora.
A queixa é a “causa” da notícia, sim. A prova é que não escrevemos nenhuma notícia antes de MST dizer que ia apresentar queixa.
O “cerne de toda esta questão” (palavras do provedor) – se houve ou não plágio – será julgado em tribunal. Mas o cerne da notícia do PÚBLICO, não sendo nós juízes, é que MST processou os bloguistas.
Mesmo que tivéssemos os dois livros na mão e mesmo que acreditássemos que havia ou não havia plágio, não nos caberia a nós, jornalistas, "defender" ou "acusar" o visado. Repetimos: isso é tarefa dos tribunais, não dos jornalistas, porque o assunto em si – a queixa-crime – é matéria judicial.
Por último, lemos na sua análise que é “amigo há décadas” de MST. Sendo MST quem escreve a acusar-nos de gravíssimos erros, pode um provedor “amigo há décadas” ser juiz neste caso? Acreditamos que não; acreditamos que há, neste caso, um claro conflito de interesses”.
COMENTÁRIO DO PROVEDOR
Era impossível publicar os dois textos numa só crónica por questões de espaço. A mensagem de MST tem 4.272 caracteres e as respostas das jornalistas 8.198 (ou, mais exactamente, 13.097 com o Protesto).
Dividir os textos era uma hipótese. MST também pode discordar da opção do provedor e invocar as razões das jornalistas porque as crónicas seguintes contemplaram apenas as posições do PÚBLICO. Mas esta questão, mais de forma do que de fundo, é irrelevante.
As jornalistas consideram que o título “A FRASE A MAIS” revela que adoptei a posição de MST”.
Adopto sempre uma posição na medida em que concordo ou discordo de uma das teses em discussão.
As jornalistas reconhecem que a frase (“Há muitas ideias parecidas e frases praticamente iguais“) “pode ser interpretada de forma ambígua”.
Na propaganda e na poesia há espaço para a ambiguidade, no jornalismo não.
As jornalistas escrevem “que a leitura que está a ser feita desta frase assenta num equívoco: a frase em questão é sobre o que o blogue mostra dos livros, não é sobre os livros”. É o reconhecimento implícito que consideraram o blogue anónimo credível. Procuraram os livros, mas não os encontraram. A Biblioteca Nacional tem as duas versões do livro, embora as jornalistas não o soubessem.
Não tendo comparado os livros não podem justificar a afirmação. O mínimo exigível seria colocar a frase entre aspas e citar a sua autoria.
As jornalistas limitaram-se a entrevistar MST.
“Mas ir investigar não é ir ter ao directamente visado e confrontá-lo: "Olhe, recebemos uma carta a dizer que o senhor roubou uns dinheiros na sua empresa... É verdade?" Ou então: "Há quem o acuse de ter comprado um apartamento para uma senhora que não é a sua mulher... Que tem a dizer?" Ou ainda: "Há quem diga que o seu livro copia partes de um outro livro e, portanto, o senhor está plagiar... Quer comentar?" Isto não é, propriamente, investigação jornalística - não é investigação, ponto final”, escreveu o ex-provedor Joaquim Fidalgo (PÚBLICO - 1/11/2006). Eu diria, simplesmente, que não é jornalismo.
As jornalistas entram em contradições quando afirmam que “para escrever esta notícia sobre alguém que vai processar outra pessoa, não é necessário ler os dois livros”.
Acompanhando a repetição das jornalistas no seu Protesto, também eu repito:
1- Porque razão procuraram o livro “Esta Noite a Liberdade” se não era necessário ler os livros?
2- Porque razão reproduziram as acusações de plágio cuja única origem é um blogue anónimo?
3- Até que ponto o plágio não é a causa e a queixa a consequência?
Quanto a Dan Brown a questão não é ser ou não ser notícia. Os dois casos não podem ser comparados. Brown não foi acusado num blogue anónimo. Foi acusado em tribunal. As jornalistas consideraram credíveis acusações anónimas, não as investigaram e, roçando a demissão profissional, noticiaram-nas como se de factos se tratasse.
Quanto ao “conflito de interesses” que resultaria da minha amizade com MST quero afirmar apenas uma linha essencial da minha conduta: a amizade implica exigência, honestidade e frontalidade. Tivesse MST plagiado eu seria o primeiro a criticá-lo. Princípios, são princípios.
“Foi com espanto que lemos o seu texto de domingo no PÚBLICO no qual omite o essencial da nossa posição/defesa, enviesando por isso os factos e não contribuindo para o esclarecimento dos leitores.
Independentemente da sua opinião, não deveria o provedor ter dividido o texto de Miguel Sousa Tavares, tal como fez com as nossas respostas? Ou seja, sendo a sua opção a reprodução integral das posições de ambos, não seria mais justo publicar as acusações e respectivas respostas das acusadas dando assim espaço ao “direito ao contraditório”? E sobretudo porque nos fez 9 perguntas?
Como pode Rui Araújo reproduzir – como fez no domingo – todas as acusações de MST e apenas uma parte das respostas das jornalistas? O provedor fez 9 perguntas às jornalistas, e só transcreveu 4 respostas.
Na sua análise deixa que a jornalista Joana Gorjão Henriques seja acusada de não cumprimento de um acordo (logo, de ser desonesta), omitindo o contraditório. A questão número 9 que o provedor nos enviou foi: “Joana Gorjão Henriques confirma os contactos com MST descritos pelo escritor? E o teor dos mesmos?” E a resposta foi “Não", seguida de uma detalhada descrição dos factos.
O título da análise do provedor, “A Frase a mais (Parte I)”, revela que o provedor adoptou como sua a posição de MST. A frase, é óbvio pela presente discussão, pode ser interpretada de forma ambígua. Convidamos os leitores a relê-la no seu contexto.
Queremos no entanto sublinhar que a leitura que está a ser feita desta frase assenta num equívoco: a frase em questão é sobre o que o blogue mostra dos livros, não é sobre os livros. A tese do blogue é que “há muitas ideias parecidas e frases praticamente iguais”. E é contra essa mesma tese que MST se insurgiu, ao ponto de processar os bloguistas.
E aqui chegamos ao ponto de discórdia: para escrever esta notícia sobre alguém que vai processar outra pessoa, não é necessário ler os dois livros.
Este é, de certa forma, um simples caso de tribunal.
Não foi Dan Brown a tribunal por uma acusação semelhante? Não foi isso notícia em toda a imprensa do mundo? Não foi isso primeira página do “Herald Tribune” e de muitos outros jornais? Porque é que o facto de MST confirmar ao PÚBLICO que vai processar os bloguistas não é notícia? Não nos lembramos de ter lido na imprensa mundial opiniões de jornalistas sobre se havia ou não plágio no “caso Dan Brown”. Houve uma queixa, noticiada, houve a defesa de Dan Brown e o julgamento, tudo noticiado. E houve a absolvição de Dan Brown, noticiada.
O provedor pergunta: “Como explicam terem avançado com a notícia sem terem lido o livro quando consideravam importante consultá-lo?”
Será assim tão difícil compreender que quando MST disse num jornal e depois confirmou ao PÚBLICO que ia processar os bloguistas, ter o livro passou a ser irrelevante?
A partir desse momento, a notícia é que MST, autor que vendeu 270 mil exemplares, vai processar os bloguistas. Se MST tivesse respondido, quando o PÚBLICO lhe telefonou, que não tinha comentários a fazer e que não ia processar ninguém, o PÚBLICO não teria publicado nenhuma notícia sobre o assunto. Não havia notícia.
Mas não foi isso que aconteceu. MST confirmou que ia processar os bloguistas. Uma interessante história de tribunal, que envolve um autor de best-sellers, portanto. Aliás, com claras semelhanças ao caso “Margarida Rebelo Pinto VS João Pedro George”. Como se lembrará, foi num blogue que apareceu a primeiríssima indicação de que MRP tinha apresentado uma providência cautelar para travar a edição do livro de JPG que a acusava de se auto-plagiar; foram contactadas ambas as partes, noticiada a acção judicial de MRP, e mais tarde acompanhado o julgamento.
Porque é que MST é diferente? Porque os bloguistas são anónimos? Sim, são anónimos, mas isso não impediu MST de apresentar uma queixa-crime. Porque não tínhamos os livros para comparar? Sim, não tínhamos, como também ninguém terá lido os 8 livros envolvidos no caso de Margarida Rebelo Pinto para escrever a notícia da acção judicial da escritora.
A queixa é a “causa” da notícia, sim. A prova é que não escrevemos nenhuma notícia antes de MST dizer que ia apresentar queixa.
O “cerne de toda esta questão” (palavras do provedor) – se houve ou não plágio – será julgado em tribunal. Mas o cerne da notícia do PÚBLICO, não sendo nós juízes, é que MST processou os bloguistas.
Mesmo que tivéssemos os dois livros na mão e mesmo que acreditássemos que havia ou não havia plágio, não nos caberia a nós, jornalistas, "defender" ou "acusar" o visado. Repetimos: isso é tarefa dos tribunais, não dos jornalistas, porque o assunto em si – a queixa-crime – é matéria judicial.
Por último, lemos na sua análise que é “amigo há décadas” de MST. Sendo MST quem escreve a acusar-nos de gravíssimos erros, pode um provedor “amigo há décadas” ser juiz neste caso? Acreditamos que não; acreditamos que há, neste caso, um claro conflito de interesses”.
COMENTÁRIO DO PROVEDOR
Era impossível publicar os dois textos numa só crónica por questões de espaço. A mensagem de MST tem 4.272 caracteres e as respostas das jornalistas 8.198 (ou, mais exactamente, 13.097 com o Protesto).
Dividir os textos era uma hipótese. MST também pode discordar da opção do provedor e invocar as razões das jornalistas porque as crónicas seguintes contemplaram apenas as posições do PÚBLICO. Mas esta questão, mais de forma do que de fundo, é irrelevante.
As jornalistas consideram que o título “A FRASE A MAIS” revela que adoptei a posição de MST”.
Adopto sempre uma posição na medida em que concordo ou discordo de uma das teses em discussão.
As jornalistas reconhecem que a frase (“Há muitas ideias parecidas e frases praticamente iguais“) “pode ser interpretada de forma ambígua”.
Na propaganda e na poesia há espaço para a ambiguidade, no jornalismo não.
As jornalistas escrevem “que a leitura que está a ser feita desta frase assenta num equívoco: a frase em questão é sobre o que o blogue mostra dos livros, não é sobre os livros”. É o reconhecimento implícito que consideraram o blogue anónimo credível. Procuraram os livros, mas não os encontraram. A Biblioteca Nacional tem as duas versões do livro, embora as jornalistas não o soubessem.
Não tendo comparado os livros não podem justificar a afirmação. O mínimo exigível seria colocar a frase entre aspas e citar a sua autoria.
As jornalistas limitaram-se a entrevistar MST.
“Mas ir investigar não é ir ter ao directamente visado e confrontá-lo: "Olhe, recebemos uma carta a dizer que o senhor roubou uns dinheiros na sua empresa... É verdade?" Ou então: "Há quem o acuse de ter comprado um apartamento para uma senhora que não é a sua mulher... Que tem a dizer?" Ou ainda: "Há quem diga que o seu livro copia partes de um outro livro e, portanto, o senhor está plagiar... Quer comentar?" Isto não é, propriamente, investigação jornalística - não é investigação, ponto final”, escreveu o ex-provedor Joaquim Fidalgo (PÚBLICO - 1/11/2006). Eu diria, simplesmente, que não é jornalismo.
As jornalistas entram em contradições quando afirmam que “para escrever esta notícia sobre alguém que vai processar outra pessoa, não é necessário ler os dois livros”.
Acompanhando a repetição das jornalistas no seu Protesto, também eu repito:
1- Porque razão procuraram o livro “Esta Noite a Liberdade” se não era necessário ler os livros?
2- Porque razão reproduziram as acusações de plágio cuja única origem é um blogue anónimo?
3- Até que ponto o plágio não é a causa e a queixa a consequência?
Quanto a Dan Brown a questão não é ser ou não ser notícia. Os dois casos não podem ser comparados. Brown não foi acusado num blogue anónimo. Foi acusado em tribunal. As jornalistas consideraram credíveis acusações anónimas, não as investigaram e, roçando a demissão profissional, noticiaram-nas como se de factos se tratasse.
Quanto ao “conflito de interesses” que resultaria da minha amizade com MST quero afirmar apenas uma linha essencial da minha conduta: a amizade implica exigência, honestidade e frontalidade. Tivesse MST plagiado eu seria o primeiro a criticá-lo. Princípios, são princípios.
"Tivesse MST plagiado eu seria o primeiro a criticá-lo."
O Sr. Provedor então acha que MST não plagiou. Já que está a emitir a sua opinião pessoal, então permita-me que lhe pergunte se na sua opinião pessoal, acha que ele copiou algumas frase do outro livro, ou não?
Posted by Maria | 11:14 da tarde
Caro Rui Araújo, Provedor do leitor do Público:
Deixo aqui um artigo curto que escrevi na GLQL, a propósito de um caso semelhante- em Inglaterra.
Para os links, se estiver interessado, pode sempre aceder ao blog Grande Loja do Queijo Limiano, ( que costuma sero vilipendiado, por alguns dos seus colegas jornalistas).
"O escritor britânico Ian McEwan, foi alvo de uma notícia no jornal inglês Mail on Sunday, do passado Domingo, a qual eclodiu rapidamente em acusações públicas de plágio, em jornais “sérios”, como o Times e em múltiplos blogs e comentários dispersos.
O jornal nem mencionou a palavra plágio. Apenas referiu semelhanças entre a obra de McEwan, Atonement, e a de Lucille Andrews, No Time for Romance.
A notícia tem fonte anónima.
Contudo, plágio é a palavra em curso, nos debates profusos que se encetaram logo, nos media.
Algumas das frases que sustentam a acusação são estas:
Excerpts from Atonement (Ian McEwan)
“. . . she had already dabbed gentian violet on ringworm, aquaflavine emulsion on a cut, and painted lead lotion on a bruise . . .”
“. . . practising blanket baths on life-size models — Mrs Mackintosh, Lady Chase, and baby George whose blandly impaired physique allowed him to double as a baby girl.”
“These bandages are so tight. Will you loosen them for me a little . . .There’s a good girl . . . go and wash the blood from your face. We don’t want the other patients upset.”
Excerpts from No Time For Romance (Lucilla Andrews)
Our ‘nursing’ seldom involved more than dabbing gentian violet on ringworm, aquaflavine emulsion on cuts and scratches, lead lotion on bruises and sprains.”
“. . . the life-size dolls on which decades of young Nightingale nurses had learnt to blanket bath. Mrs Mackintosh, Lady Chase and George, a baby boy of convenient physique to allow him to double as a baby girl.”
“Go and wash that blood off your face and neck . . . It’ll upset the patients.”
Na busca ao Google, com as palavras "McEwan plagiarism", foi em vão que busquei palavras como “cobardia”, “difamação”, “anónimo abjecto”, “libertinagem”, na miríade de referências. Estranhamente, não se vêem. O máximo que se pode encontrar é este texto, interessante e revelador. McEwan também já se defendeu no Guardian e estranhamente, também não fala de pauladas, calúnia ou de tribunal...
Por cá, tente-se a busca com as palavras “Miguel Sousa Tavares plágio”e veja-se o que resulta...
Escusado será dizer que por cá, o que aconteceu a Miguel Sousa Tavares, com a discussão que nem chegou a haver, com o alto patrocínio dos bonzos do jornalismo pátrio, é outra loiça.
A diferença, parece-me, será assim como a que pode existir entre a porcelana inglesa, de servir chá e a louça das Caldas, para o caldo entornado, os manguitos, os frades de burel manhoso e as surpresas no fundo das canecas.
Talvez seja essa uma das diferenças que nos separa da civilização. Estamos ainda um pouco atrasados."
PS. Como o anterior comentário não foi publicado, não tendo grandes expectativas em que este o seja, mesmo assim acho que não se perde nada se ler um pouco.
Cumprimentos.
José.
Posted by josé | 9:39 da tarde