"7 HORRORES DE PORTUGAL" - COMENTÁRIO 4
O Horror de Portugal
Foi com grande surpresa que constatei esta tarde a existência de uma novidade no Publico.pt que, pelo destaque atribuído, prometia ser notável e inovadora: a votação dos 7 horrores de Portugal.
A surpresa e expectativa rapidamente desapareceu, dando lugar a um desconforto e desilusão.
Descrevo neste texto o que fui sentido, à medida que constatava o maior horror de todos: o estado a que chegou o Público. Mas lá chegaremos.
Ao aceder à infeliz “feature” o leitor dá de caras com uma página pobre, mal preparada, na qual a maioria das fotos não é visível, sendo convidado a escolher os 7 horrores de Portugal. Escolher? Não é bem assim. O que ao leitor é permitido fazer é, desde logo, eleger as suas opções, entre uma selecção previamente preparada. Ora aqui começa a desgraça. Quem escolheu a lista? Ficamos sem saber, sem qualquer informação. Ao leitor cabe imaginar que poderá ter existido algum “método”. Será esta escolha resultado de uma eleição interna previamente realizada, com seriedade, entre a redacção? Cabe ao leitor supor, já que a informação não é prestada, provavelmente devido às limitações físicas que o comum dos mortais sabe existir numa página html.
1º Erro - O leitor não sabe quem escolheu. E que critérios terão presidido a escolha? Que razões para esta ou aquela selecção? Não é possível facultar. Mais uma vez cabe-nos imaginar. Sonhar. Terá sido à sorte? Será por embirração? A coisa torna-se ainda mais perigosa quando se percebe que a escolha mexe com temas que podem fazer perigar a ambição de um resultado final valorizável e credível, ao entrar pelo "mundo da bola" e colocando sozinho um estádio dos 3 grandes, quando existem mais estádios, mesmo entre os clubes mais representativos, merecedores de igual destaque. Tudo isto é subjectivo? Talvez. Mas omisso e pouco sério é de certeza.
2º Erro - O leitor não sabe o motivo das escolhas.Posto isto, o melhor é clicar nos locais e investigar. Talvez surja um “pop-in” milagroso, que permita encontrar informação que prove que os jornalistas do Público ainda são uma excepção no jornalismo português. Uma ficha do local? Uma sinopse? Comentários? Alguma coisa? NADA. Total ausência de informação que apoie o leitor na sua votação e na sua compreensão do fenómeno jornalístico que acaba de encontrar.
Conclusão?Uma ideia interessante executada por incompetentes. Aquilo que poderia ser uma alavanca de discussão, de debate, de controvérsia fundamentada termina num exercício de mau gosto, de pobreza de execução, indiciando uma falta de seriedade que até agora só encontrávamos em meios de comunicação social não verdadeiramente dignos desse nome.Livro de Estilo?
Está na hora de reflectir num Livro de Competência e Seriedade. Que vos começa a fugir por entre os dedos.
Cumprimentos,
Costa Gomes
Foi com grande surpresa que constatei esta tarde a existência de uma novidade no Publico.pt que, pelo destaque atribuído, prometia ser notável e inovadora: a votação dos 7 horrores de Portugal.
A surpresa e expectativa rapidamente desapareceu, dando lugar a um desconforto e desilusão.
Descrevo neste texto o que fui sentido, à medida que constatava o maior horror de todos: o estado a que chegou o Público. Mas lá chegaremos.
Ao aceder à infeliz “feature” o leitor dá de caras com uma página pobre, mal preparada, na qual a maioria das fotos não é visível, sendo convidado a escolher os 7 horrores de Portugal. Escolher? Não é bem assim. O que ao leitor é permitido fazer é, desde logo, eleger as suas opções, entre uma selecção previamente preparada. Ora aqui começa a desgraça. Quem escolheu a lista? Ficamos sem saber, sem qualquer informação. Ao leitor cabe imaginar que poderá ter existido algum “método”. Será esta escolha resultado de uma eleição interna previamente realizada, com seriedade, entre a redacção? Cabe ao leitor supor, já que a informação não é prestada, provavelmente devido às limitações físicas que o comum dos mortais sabe existir numa página html.
1º Erro - O leitor não sabe quem escolheu. E que critérios terão presidido a escolha? Que razões para esta ou aquela selecção? Não é possível facultar. Mais uma vez cabe-nos imaginar. Sonhar. Terá sido à sorte? Será por embirração? A coisa torna-se ainda mais perigosa quando se percebe que a escolha mexe com temas que podem fazer perigar a ambição de um resultado final valorizável e credível, ao entrar pelo "mundo da bola" e colocando sozinho um estádio dos 3 grandes, quando existem mais estádios, mesmo entre os clubes mais representativos, merecedores de igual destaque. Tudo isto é subjectivo? Talvez. Mas omisso e pouco sério é de certeza.
2º Erro - O leitor não sabe o motivo das escolhas.Posto isto, o melhor é clicar nos locais e investigar. Talvez surja um “pop-in” milagroso, que permita encontrar informação que prove que os jornalistas do Público ainda são uma excepção no jornalismo português. Uma ficha do local? Uma sinopse? Comentários? Alguma coisa? NADA. Total ausência de informação que apoie o leitor na sua votação e na sua compreensão do fenómeno jornalístico que acaba de encontrar.
Conclusão?Uma ideia interessante executada por incompetentes. Aquilo que poderia ser uma alavanca de discussão, de debate, de controvérsia fundamentada termina num exercício de mau gosto, de pobreza de execução, indiciando uma falta de seriedade que até agora só encontrávamos em meios de comunicação social não verdadeiramente dignos desse nome.Livro de Estilo?
Está na hora de reflectir num Livro de Competência e Seriedade. Que vos começa a fugir por entre os dedos.
Cumprimentos,
Costa Gomes