"7 HORRORES DE PORTUGAL" - COMENTÁRIO 3
Ex.mo senhor provedor,
Venho por este meio mostrar o meu desagrado com a iniciativa “Os 7 horrores de Portugal” que a edição on-line do Público publica em grande destaque na sua homepage.
Apesar de supor que a iniciativa partiu do “Inimigo Público”, não posso deixar de considerar que é de uma tremenda falta de respeito para com os arquitectos que projectaram os edifícios em causa. Se alguns desses provavelmente até acharão a sua piada à iniciativa (Taveira, Cutileiro, entre outros), existirão certamente alguns que verão o seu trabalho desrespeitado.
Numa nota mais pessoal, e que constitui a principal motivação para este meu contacto, não posso deixar de considerar o critério de escolha das nomeações como triste e ao mesmo tempo, hilariante:
- Por um lado, a presença do Estádio José Alvalade na lista, leva-me a crer que o painel que nomeou os edifícios tem uma “costela” um tanto ou quanto facciosa, de outro modo não se compreende como é que o Estádio da Luz (que nunca foi pintado de fora e é um autêntico monumento ao betão) ou o Estádio Municipal de Aveiro (Cujas cores são bem mais aguerridas do que em Alvalade), não estejam presentes na lista.
Do mesmo modo, e graças ao clubismo que se sente em Portugal, estou certo que será um dos eleitos finais, o que deixará uma redacção a rir-se e um povo inteiro incrédulo, porém ciente dos valores seguidos naquela mesma redacção.
uiçá poderei denotar uma certa “azia” perante o desfecho do caso que envolveu o jornal Público e o Sporting Clube de Portugal no passado recente…
- Por outro lado, as nomeações do Edifício Marconi, da sede da CGD ou das Torres de Lisboa, levam-me a crer que, das duas uma, ou existe pouco sentido de apreciação estética no painel seleccionado ou existe simplesmente desconhecimento do que os rodeia. Imagino que para esse painel de pessoas, o colorido bairro das Olaias seja lindíssimo, ou o Centro Comercial de Loures (aquele que tem um sol e uma lua com dimensões capazes de fazer inveja a um mamute), seja uma obra de arquitectura brilhante.
Duvido que este meu e-mail venha mudar qualquer coisa, no entanto que fique registado que existe pelo menos um cidadão português (e potencial cliente do Público) que considera esta iniciativa como lastimável e o critério de escolha como ridículo.
Os melhores cumprimentos.
Filipe d’Aguiar
Venho por este meio mostrar o meu desagrado com a iniciativa “Os 7 horrores de Portugal” que a edição on-line do Público publica em grande destaque na sua homepage.
Apesar de supor que a iniciativa partiu do “Inimigo Público”, não posso deixar de considerar que é de uma tremenda falta de respeito para com os arquitectos que projectaram os edifícios em causa. Se alguns desses provavelmente até acharão a sua piada à iniciativa (Taveira, Cutileiro, entre outros), existirão certamente alguns que verão o seu trabalho desrespeitado.
Numa nota mais pessoal, e que constitui a principal motivação para este meu contacto, não posso deixar de considerar o critério de escolha das nomeações como triste e ao mesmo tempo, hilariante:
- Por um lado, a presença do Estádio José Alvalade na lista, leva-me a crer que o painel que nomeou os edifícios tem uma “costela” um tanto ou quanto facciosa, de outro modo não se compreende como é que o Estádio da Luz (que nunca foi pintado de fora e é um autêntico monumento ao betão) ou o Estádio Municipal de Aveiro (Cujas cores são bem mais aguerridas do que em Alvalade), não estejam presentes na lista.
Do mesmo modo, e graças ao clubismo que se sente em Portugal, estou certo que será um dos eleitos finais, o que deixará uma redacção a rir-se e um povo inteiro incrédulo, porém ciente dos valores seguidos naquela mesma redacção.
uiçá poderei denotar uma certa “azia” perante o desfecho do caso que envolveu o jornal Público e o Sporting Clube de Portugal no passado recente…
- Por outro lado, as nomeações do Edifício Marconi, da sede da CGD ou das Torres de Lisboa, levam-me a crer que, das duas uma, ou existe pouco sentido de apreciação estética no painel seleccionado ou existe simplesmente desconhecimento do que os rodeia. Imagino que para esse painel de pessoas, o colorido bairro das Olaias seja lindíssimo, ou o Centro Comercial de Loures (aquele que tem um sol e uma lua com dimensões capazes de fazer inveja a um mamute), seja uma obra de arquitectura brilhante.
Duvido que este meu e-mail venha mudar qualquer coisa, no entanto que fique registado que existe pelo menos um cidadão português (e potencial cliente do Público) que considera esta iniciativa como lastimável e o critério de escolha como ridículo.
Os melhores cumprimentos.
Filipe d’Aguiar
Boa tarde,
em homenagem a um grande benfiquista que faleceu hoje eu respondo: "Ó Calinas cala a boca"
Posted by Anónimo | 2:56 da tarde
Paz à sua alma, era uma figura de referência neste Portugal cada vez mais carente de símbolos.
Quanto ao fundo do seu comentário, é bom ver que não tem um único argumento para me contradizer.
Cumps.
Posted by Anónimo | 2:07 da manhã