"7 HORRORES DE PORTUGAL" - RESPOSTA DA DIRECÇÃO DO PÚBLICO
O PÚBLICO não é directamente responsável pela escolha dos 58 locais/edifícios/espaços públicos que foram colocados à votação. Apenas somos responsáveis por ter pedido a um conjunto de arquitectos, historiadores de arte e críticos de arquitectura, cujos nomes deviam ter sido indicados no boletim destinado à votação dos “7 horrores” desde o início, mas uma falha na montagem do site impediu que isso acontecesse.
Esse texto é o seguinte:
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A selecção possível
A lista de 58 candidatos a horrores arquitectónicos que o PÚBLICO aqui apresenta foi realizada graças aos contributos de sete especialistas contactados pelo jornal. Esses especialistas foram Ana Vaz Milheiro, crítica de arquitectura do PÚBLICO; Jorge Figueira, crítico de arquitectura do PÚBLICO; Ricardo Carvalho, crítico de arquitectura do PÚBLICO; Manuel Graça Dias, arquitecto e professor universitário; Alexandre Alves Costa, arquitecto e professor universitário; José Sarmento Matos, historiador da arte e olissipógrafo; e Walter Rossa, arquitecto e historiador de arquitectura.
Pediu-se a cada um deles que nos enviasse propostas de edifícios a incluir nesta votação, com vista à elaboração de uma lista comum, que pudesse representar o sentimento (idealmente) de todos os especialistas ou, pelo menos, da maioria deles.
Aconteceu, porém, que não foi possível construir uma lista consensual nem de escolha maioritária – o que demonstra a paixão dos sentimentos que questões deste tipo suscitam.
Perante essa impossibilidade, o PÚBLICO decidiu reunir numa lista todos os edifícios indicados por cada um dos especialistas contactados – sem excepção. Pelas razões indicadas acima, é claro que esta lista não pode ser considerada nem uma escolha do grupo de críticos, nem uma escolha de nenhum deles em particular. Há aqui edifícios que foram indicados como candidatos por apenas uma pessoa, outros por mais. Mas sublinha-se que nenhum dos críticos contactados se revê nesta selecção. Apesar disso, o PÚBLICO decidiu avançar para a votação, deixando a última palavra aos leitores. Não existem nesta lista quaisquer edifícios escolhidos pelos jornalistas do PÚBLICO.
É evidente que esta escolha não pretende ter um cariz científico nem representar a escolha da população portuguesa – todos sabemos como funcionam as votações na Internet, que estão sujeitas a manipulações por parte de grupos empenhados. Esta votação tem um carácter lúdico e não visa senão suscitar uma discussão sobre a arquitectura e a qualidade da paisagem urbana e da vida nas nossas cidades.
José Vítor Malheiros
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Penso que este texto responde ao essencial das dúvidas e objecções que coloca. Gostaria contudo de sublinhar que o lado heterodoxo da escolha, tão heterodoxo que os especialistas contactados não se puseram de acordo. Se uns colocariam lá todas as obras do Taveira, outros as do Siza, outros vetariam qualquer projecto do Siza.
Não houve, está bem de ver, qualquer consideração do PÚBLICO sobre preferências clubísticas. Nem sei, com toda a franqueza, de que clube são adeptos os especialistas que convidámos, mas acredito que isso não os terá motivado. Como não me motivaria a mim: sou adepto do Benfica (discreto), mas entendo que o Estádio mais bonito é o FC Porto e que o de Braga é uma obra de arte se bem que pouco funcional. Dos outros não gosto de nenhum.
José Manuel Fernandes
Director Editorial
Esse texto é o seguinte:
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A selecção possível
A lista de 58 candidatos a horrores arquitectónicos que o PÚBLICO aqui apresenta foi realizada graças aos contributos de sete especialistas contactados pelo jornal. Esses especialistas foram Ana Vaz Milheiro, crítica de arquitectura do PÚBLICO; Jorge Figueira, crítico de arquitectura do PÚBLICO; Ricardo Carvalho, crítico de arquitectura do PÚBLICO; Manuel Graça Dias, arquitecto e professor universitário; Alexandre Alves Costa, arquitecto e professor universitário; José Sarmento Matos, historiador da arte e olissipógrafo; e Walter Rossa, arquitecto e historiador de arquitectura.
Pediu-se a cada um deles que nos enviasse propostas de edifícios a incluir nesta votação, com vista à elaboração de uma lista comum, que pudesse representar o sentimento (idealmente) de todos os especialistas ou, pelo menos, da maioria deles.
Aconteceu, porém, que não foi possível construir uma lista consensual nem de escolha maioritária – o que demonstra a paixão dos sentimentos que questões deste tipo suscitam.
Perante essa impossibilidade, o PÚBLICO decidiu reunir numa lista todos os edifícios indicados por cada um dos especialistas contactados – sem excepção. Pelas razões indicadas acima, é claro que esta lista não pode ser considerada nem uma escolha do grupo de críticos, nem uma escolha de nenhum deles em particular. Há aqui edifícios que foram indicados como candidatos por apenas uma pessoa, outros por mais. Mas sublinha-se que nenhum dos críticos contactados se revê nesta selecção. Apesar disso, o PÚBLICO decidiu avançar para a votação, deixando a última palavra aos leitores. Não existem nesta lista quaisquer edifícios escolhidos pelos jornalistas do PÚBLICO.
É evidente que esta escolha não pretende ter um cariz científico nem representar a escolha da população portuguesa – todos sabemos como funcionam as votações na Internet, que estão sujeitas a manipulações por parte de grupos empenhados. Esta votação tem um carácter lúdico e não visa senão suscitar uma discussão sobre a arquitectura e a qualidade da paisagem urbana e da vida nas nossas cidades.
José Vítor Malheiros
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Penso que este texto responde ao essencial das dúvidas e objecções que coloca. Gostaria contudo de sublinhar que o lado heterodoxo da escolha, tão heterodoxo que os especialistas contactados não se puseram de acordo. Se uns colocariam lá todas as obras do Taveira, outros as do Siza, outros vetariam qualquer projecto do Siza.
Não houve, está bem de ver, qualquer consideração do PÚBLICO sobre preferências clubísticas. Nem sei, com toda a franqueza, de que clube são adeptos os especialistas que convidámos, mas acredito que isso não os terá motivado. Como não me motivaria a mim: sou adepto do Benfica (discreto), mas entendo que o Estádio mais bonito é o FC Porto e que o de Braga é uma obra de arte se bem que pouco funcional. Dos outros não gosto de nenhum.
José Manuel Fernandes
Director Editorial
Seria importante compreender que os critérios de selecção das 7 Maravilhas do Mundo ou de Portugal não estão baseados na qualidade arquitectónica, por outro lado este valor também é subjectivo, ao contrário do que parece ser tido aqui com algo científico que referem com tanta certeza se é bom ou mau.
Por fim o mais importante, é mesmo a selecção de marcos regionais, tal como de monumentos classificados, o que roça o ridículo.
Gostava eu de viver num país onde obras feitas como as escolhidas fossem o horror da nação, parece que quem fez a selecção ou somente deseja polémica ou deve viver noutro país.
Posted by Anónimo | 4:11 da tarde
Devo dizer que com este disparate o Público perdeu bastante a credibilidade que suponha ter quando lia o jornal.
No entanto não desesperem, quando for feita a eleição dos 7 Maiores Disparates, é por certo que figuraram no resultado final.
Posted by Anónimo | 4:17 da tarde