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segunda-feira, março 12, 2007 

COMENTÁRIOS - 54

Exmo Sr Provedor,

Mantendo as críticas que inicialmente apresentei, penso que é justo fazer também alguns elogios:

1. É bem-vindo o retorno do 'Economia', talvez melhor que o anterior que havia sido extinto, por combinar com os conteúdos daquele, o que a Dia D trouxe de interessante ao Público: o tópico empresas (um pouco de notícias sobre gestão, casos de empresas/ empresários bem sucedidos, etc). Na verdade não me parece que tivesse muito mais utilidade. Parece-me bem que se tenha regressado ao que era correcto.

2. Também gostei do regresso do 'Computadores' (extinto juntamente com o antigo Economia) que regressou com o nome 'Digital'. Fazia falta este caderno no Público.

3. Das minhas anteriores críticas ainda daria relevância a duas: o espaço público aparecer no fim do jornal (e já agora o calvin também estava muito bem como estava) e aquilo em que se tornou a Pública, que na verdade era anteriormente uma revista com interesse.

Espero e desejo que a equipa do Público consiga entender o que os seus leitores valorizam no jornal. Prezo muito a cultura de abertura do jornal à opinião dos seus leitores. Penso que é também um dever do leitor pronunciar-se como forma de contributo para que o Público se mantenha como o jornal de referência em Portugal e como isso tem acontecido fico confiante que se encontre um equilíbrio entre o que o Público pretende oferecer e o que os leitores procuram e construtivamente indicam.

Os meus cumprimentos,

João Sobral

Lamento que haja leitores que não tenham visto "mais utilidade" na DIA D. Há muitos anos que, por via da minha actividade profissional, leio muitas publicações económicas, tanto nacionais como estrangeiras, e devo confessar que a DIA D foi uma excelente surpresa que me fidelizou ao PÚBLICO pelo menos uma vez por semana. O design era criativo, as ideias arejadas, as abordagens por vezes inesperadas, mas sobretudo notava-se o esforço para levar a economia a todos, desde o orçamento geral do Estado até ao orçamento de uma simples casa de família.
Lamento que essa abordagem se tenha perdido no novo suplemento, que as histórias,as reportagens, as ferramentas, as pessoas, as entrevistas com gente inesperada, os colunistas com ideias novas, se tenham perdido. Em vez disso, assisto a um retrocesso com o novo suplemento que parece ser uma mera extensão da secção diária. Exemplo disso foi o que aconteceu há duas semanas: a capa do suplemento repetia a abertura de secção do mesmo dia - Jean Claude Trichet e as taxas de juro. Descuido? Desatenção? Ou mero desprezo pelo leitor? Fiquei com dúvidas.
Pelo sim, pelo não, dei uma nova oportunidade ao suplemento na semana seguinte. Foi a terceira oportunidade. E a última. Perderam uma leitora e certamente vão perder mais à medida que se afastarem daquilo que as pessoas mais querem, procuram e precisam.

Felicidades editoriais.
Anabela Trigo Menezes

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