UMA FORMA DE PLÁGIO
“Embora o assunto que aqui abordo não me pareça ser novo (lembro-me de já ter lido uma crítica idêntica em anteriores cartas ao provedor) dado o lado caricato da situação penso que devo fazer uma breve crítica ou pelo menos comentário.Penso ser do código de conduta de um jornalista a citação das fontes bibliográficas do seu texto. Em especial quando esse texto é quase todo baseado num artigo ou trabalho de outro(s).
Na passada edição da PÚBLICA (22/10/2006) na secção ‘Ciência Louca’ de Clara Barata ‘Em busca do autobronzeador ideal’ percebe-se pela leitura do texto que este teve a sua origem numa tradução de um texto de uma revista anglo-saxónica (estaria tentado a dizer qual mas não o faço).
No entanto, por alguma razão de edição (ou esquecimento da autora...) parece mesmo que é efectuado um ‘copy & paste’ do inglês que depois é traduzido por cima. Um resquício de tal procedimento parece ser evidente na coluna da direita no final do parágrafo ‘Efeitos da UVA’ onde o texto aparece ainda em inglês!!
Admito que dada a natureza da secção ser de âmbito de divulgação, o jornalista pode basear-se noutros trabalhos. Mas deve citá-los e evitar erros grosseiros como o que aconteceu nesta edição”, escreve J. Sérgio Seixas de Melo, de Coimbra.
O texto “Efeitos da UVA” termina da seguinte forma:
“is present more uniformly throughout the day, and throughout the seasons than UVB.”
Pedi um esclarecimento a Dulce Neto, editora da Pública, sobre a parte em inglês.
“Tratou-se de um lamentável lapso de edição”, explicou.
O provedor não diria melhor...
Solicitei, portanto, explicações a Clara Barata, editora da secção “Ciência” e autora do artigo em questão.
“É de facto lamentável que o texto tenha saído assim; não tinha reparado que saiu com um extracto da frase em inglês. Sobrou de um local de onde tirei a informação, obviamente. Não está citado porque consultei vários sítios na Internet, para recolher informação e compará-la. Nem sempre esse trabalho de pesquisa é citável, porque podem ser mais as citações do que o próprio texto, como era o caso dessa caixa. Sei que algumas pessoas gostam de dizer que copiámos tudo e traduzimos, mas fazemos o mesmo que qualquer pessoa que esteja a estudar um determinado tema faz, que é procurar informação, compará-la e trabalhá-la, sobretudo quando se procura fazer passar uma informação útil, como é o caso dessa caixa. As citações são essenciais, mas devem-se fazer quando se utiliza de facto um naco de informação único de precioso para compor o trabalho (por exemplo, podem-se consultar vários jornais e todos reproduzem um mesmo telex, com pequenas afinações; da mesma forma, uma informação de saúde pode ser apresentada em vários “sites”, livros e outras fontes, na íntegra ou com pequenos ajustes, e não se devem citar todos os sítios consultados). Para fazer a caixa, não me lembro que sítios citei, mas sei que andei por vários sítios para coligir informação. O que não devia ter acontecido era sair um extracto em inglês - até porque o texto passou por várias mãos até sair –, isso com toda a certeza...”, respondeu a autora do texto.
As justificações são inaceitáveis.
Clara Barata não se recorda dos sítios que citou na “caixa” porque não mencionou nem um.
E o texto (apesar de a jornalista garantir “sei que andei por vários sítios para coligir informação”) resume-se (à excepção de oito palavras) a uma única fonte (http://en.wikipedia.org/wiki/Sun_tanning).
Eis a prosa da revista Pública e a da Wikipedia na internet:
“Faz com que os melanócitos libertem melanina que já está produzida.”
“causes release of preexisting melanin from the melanocytes”
“Faz com que a melanina se combine com oxigénio, o que produz o escurecimento da pele”
“causes the melanin to combine with oxygen (oxidize), which creates the actual tan color in the skin”
“Parece ser menos cancerígena que a UVB, mas causa melanoma, que é uma forma perigosa de cancro da pele”
“seems to cause cancer less than UVB, but causes melanoma, a far more dangerous type of skin cancer than other types”
“Não é bloqueada pela maior parte dos protectores solares, mas pode ser travada, em boa parte, pela roupa”
“is not blocked by many sunscreens but is blocked to some degree by clothing”
“Desencadeia a produção de mais melanina na pele”
“triggers creation and secretion of new melanin into the skin”
“Causa o crescimento de sinais e algumas formas de cancro da pele (mas não melanoma)”
“is thought to cause the formation of moles and some types of skin cancer (but not melanoma)”
“Envelhece a pele (menos que a UVA)”
“causes skin aging (but at a far slower rate than UVA.)”
“Estimula a produção de vitamina D, que é essencial ao organismo e diminui os riscos de outros cancros”
“stimulates the production of Vitamin D, which promotes lower rates of disease, and ironically lower rates of skin and other types of cancer”
“Queima mais facilmente que a UVA se houver sobreexposição; em pequenas quantidades é benéfica”
“is more likely to cause a sunburn than UVA as a result of overexposure, however moderate exposure can be healthy”
“Pode ser quase completamente bloqueada pelos protectores solares”
“is almost completely blocked by virtually all sunscreens”
Os dois textos são, praticamente (sic), idênticos.
Clara Barata não “comparou” nem “trabalhou a informação”, ao contrário do que afirma. Limitou-se a copiar frases na íntegra (na ordem exacta do original) sem inserir aspas e sem indicar a autoria.
A jornalista responde: “E porque haviam de estar colocadas entre aspas essas frases, pergunto eu? Não me lembro de onde tirei os dados da caixa, podem ter vindo em grande parte de um sítio, não faço a mais pequena ideia, mas duvido que seja de algum autor que se sinta espoliado (porque são dados factuais, como já disse várias vezes). E as últimas frases devem estar repetidas em todas as notícias escritas sobre o assunto, mais ou menos da mesma forma, porque são provenientes de um comunicado de imprensa. Quem quiser procurar frases e expressões iguais ou semelhantes a outras em inglês ou português encontrá-las-à muito no PÚBLICO ou até no New York Times”.
O provedor contesta mais uma vez a argumentação.
A jornalista pergunta: (“E porque haviam de estar colocadas entre aspas essas frases, pergunto eu?”).
A resposta parece óbvia: por causa dos princípios éticos e do próprio Livro de Estilo do PÚBLICO: “A assinatura de um texto deve reflectir de forma rigorosa a sua autoria”.
Acompanhando o exemplo do New York Times mencionado por Clara Barata, também eu cito um caso ocorrido nesse jornal no ano passado: o repórter Jayson Blair foi obrigado a demitir-se (designadamente) por causa do plágio. E esta semana (3/1/2007) uma jornalista do San Antonio Express-News demitiu-se depois de ter sido acusada de reproduzir informação do mesmo sítio na internet (Wikipedia) que Clara Barata, sem identificar a fonte.
Poderá parecer excessivo, mas os leitores precisam de poder confiar no jornal que compram.
O problema, por outro lado, não é um autor sentir-se espoliado. É o princípio. E a argumentação sobre a reprodução de “dados factuais” também não colhe. A Wikipedia só por si não pode ser considerada uma fonte credível...
A jornalista afirma que “as últimas frases devem estar repetidas em todas as notícias escritas sobre o assunto”.
“Devem estar” não é jornalismo, é um palpite. E, por outro lado, as transgressões alheias não servem de justificação.
O provedor questiona os métodos e o desleixo (publicação de uma frase em inglês).
O artigo principal da jornalista também é questionável, do ponto de vista deontológico: Clara Barata revela as fontes das citações (discurso directo) que reproduz, mas omite outras (as de discurso indirecto!). Copiou literalmente – ou quase – inúmeros parágrafos da New Scientist, sem mencionar a fonte e sem colocar o texto entre aspas.
Exemplos:
“A chave deste novo autobronzeador está num extracto de plantas chamado forskolina que, nas experiências da equipa, protegeu ratinhos sem pêlo de radiação ultravioleta e permitiu-lhes desenvolver um bronzeado natural, estimulando os seus melanócitos (...)”.
“The key chemical, a plant extract called forskolin, protected mice against UV rays and allowed them to develop a natural tan by stimulating pigment-producing cells called melanocytes.”
“A capacidade de se bronzear – (...) – é controlada pela hormona de estimulação dos melanócitos, que se liga a uma proteína que existe no exterior destas células. Esta proteína, que se chama receptor de melanocortina 1, funciona mal em muitas pessoas que têm a pele clara e o cabelo ruivo. É por isso que não se conseguem bronzear, e ainda por cima correm maiores riscos de desenvolver cancro da pele.”
“The ability to tan is largely controlled by a hormone called melanocyte-stimulating hormone, which binds to the melanocortin 1 receptor (MC1R) on the outside of melanocytes. Many people with with red hair and fair skin have a defect in this receptor, meaning they find it almost impossible to tan and are prone to skin cancer”.
“Numa segunda série de experiências os cientistas usaram ratinhos susceptíveis ao cancro, expondo-os ao equivalente a uma a duas horas de Sol na altura do meio-dia solar, diariamente, durante 20 semanas.”
“In a second experiment, a particularly cancer-prone strain of mice, also bred to lack effective MC1Rs, were exposed to the equivalent of 1 to 2 hours of midday Florida sunlight each day for 20 weeks.”
Fonte do texto em inglês: www.newscientist.com/channel/health/mg19125704.100-tan-stimulant-may-bronze-even-the-fairest-skins.html.
O corta e cola (“copy & paste”) extensivo é uma forma de plágio (sobretudo quando as fontes são omitidas). E isso é inadmissível no jornalismo.
O Livro de Estilo é peremptório: “O PÚBLICO considera o plágio uma conduta absolutamente inaceitável. Todas as informações recolhidas em qualquer documento ou noutros órgãos de comunicação devem ser sempre devidamente atribuídas”.
Serge Halimi, jornalista do Le Monde Diplomatique, chegou a alertar os leitores para estas práticas, denunciando, do mesmo modo, a indulgência e a conivência generalizadas: “Aviso ao leitor: o plágio, que constitui uma forma de roubo intelectual, é raramente sancionado pela profissão. Pior, os autores confrontados com esse processo continuam a beneficiar dos favores mediáticos. Em França, a técnica mais comum consiste em pilhar o artigo de um colega, a sua análise e os seus dados, citando-o uma única vez, por regra num ponto assaz acessório. Quando é confrontado com a prova da rapina, o malfeitor, apanhado em flagrante delito, chega, por vezes, a ter a audácia de retorquir: ‘Viram que os homenageei’. Na imprensa americana, uma prática deste género significa o descrédito profissional do culpado; nas universidades, a exclusão definitiva do estudante ou do professor. Mas também podem, apesar de este aviso se destinar ao leitor (ou de não o terem lido), defender-se de qualquer acusação de pilhagem ou de plágio, citando abundante, precisa e constantemente as suas fontes.”
(in ACRIMED, Observatório dos Media, (www.acrimed.org/article847.html?var_recherche=plagiat).
A ausência de princípios éticos, a demissão e a resignação dos jornalistas acabarão, inevitavelmente, por destruir a frágil relação de confiança com os leitores.
A credibilidade passa pelo profissionalismo e a ética. E a humildade de reconhecer os erros. É bom não o esquecermos, independentemente do resto.
Na passada edição da PÚBLICA (22/10/2006) na secção ‘Ciência Louca’ de Clara Barata ‘Em busca do autobronzeador ideal’ percebe-se pela leitura do texto que este teve a sua origem numa tradução de um texto de uma revista anglo-saxónica (estaria tentado a dizer qual mas não o faço).
No entanto, por alguma razão de edição (ou esquecimento da autora...) parece mesmo que é efectuado um ‘copy & paste’ do inglês que depois é traduzido por cima. Um resquício de tal procedimento parece ser evidente na coluna da direita no final do parágrafo ‘Efeitos da UVA’ onde o texto aparece ainda em inglês!!
Admito que dada a natureza da secção ser de âmbito de divulgação, o jornalista pode basear-se noutros trabalhos. Mas deve citá-los e evitar erros grosseiros como o que aconteceu nesta edição”, escreve J. Sérgio Seixas de Melo, de Coimbra.
O texto “Efeitos da UVA” termina da seguinte forma:
“is present more uniformly throughout the day, and throughout the seasons than UVB.”
Pedi um esclarecimento a Dulce Neto, editora da Pública, sobre a parte em inglês.
“Tratou-se de um lamentável lapso de edição”, explicou.
O provedor não diria melhor...
Solicitei, portanto, explicações a Clara Barata, editora da secção “Ciência” e autora do artigo em questão.
“É de facto lamentável que o texto tenha saído assim; não tinha reparado que saiu com um extracto da frase em inglês. Sobrou de um local de onde tirei a informação, obviamente. Não está citado porque consultei vários sítios na Internet, para recolher informação e compará-la. Nem sempre esse trabalho de pesquisa é citável, porque podem ser mais as citações do que o próprio texto, como era o caso dessa caixa. Sei que algumas pessoas gostam de dizer que copiámos tudo e traduzimos, mas fazemos o mesmo que qualquer pessoa que esteja a estudar um determinado tema faz, que é procurar informação, compará-la e trabalhá-la, sobretudo quando se procura fazer passar uma informação útil, como é o caso dessa caixa. As citações são essenciais, mas devem-se fazer quando se utiliza de facto um naco de informação único de precioso para compor o trabalho (por exemplo, podem-se consultar vários jornais e todos reproduzem um mesmo telex, com pequenas afinações; da mesma forma, uma informação de saúde pode ser apresentada em vários “sites”, livros e outras fontes, na íntegra ou com pequenos ajustes, e não se devem citar todos os sítios consultados). Para fazer a caixa, não me lembro que sítios citei, mas sei que andei por vários sítios para coligir informação. O que não devia ter acontecido era sair um extracto em inglês - até porque o texto passou por várias mãos até sair –, isso com toda a certeza...”, respondeu a autora do texto.
As justificações são inaceitáveis.
Clara Barata não se recorda dos sítios que citou na “caixa” porque não mencionou nem um.
E o texto (apesar de a jornalista garantir “sei que andei por vários sítios para coligir informação”) resume-se (à excepção de oito palavras) a uma única fonte (http://en.wikipedia.org/wiki/Sun_tanning).
Eis a prosa da revista Pública e a da Wikipedia na internet:
“Faz com que os melanócitos libertem melanina que já está produzida.”
“causes release of preexisting melanin from the melanocytes”
“Faz com que a melanina se combine com oxigénio, o que produz o escurecimento da pele”
“causes the melanin to combine with oxygen (oxidize), which creates the actual tan color in the skin”
“Parece ser menos cancerígena que a UVB, mas causa melanoma, que é uma forma perigosa de cancro da pele”
“seems to cause cancer less than UVB, but causes melanoma, a far more dangerous type of skin cancer than other types”
“Não é bloqueada pela maior parte dos protectores solares, mas pode ser travada, em boa parte, pela roupa”
“is not blocked by many sunscreens but is blocked to some degree by clothing”
“Desencadeia a produção de mais melanina na pele”
“triggers creation and secretion of new melanin into the skin”
“Causa o crescimento de sinais e algumas formas de cancro da pele (mas não melanoma)”
“is thought to cause the formation of moles and some types of skin cancer (but not melanoma)”
“Envelhece a pele (menos que a UVA)”
“causes skin aging (but at a far slower rate than UVA.)”
“Estimula a produção de vitamina D, que é essencial ao organismo e diminui os riscos de outros cancros”
“stimulates the production of Vitamin D, which promotes lower rates of disease, and ironically lower rates of skin and other types of cancer”
“Queima mais facilmente que a UVA se houver sobreexposição; em pequenas quantidades é benéfica”
“is more likely to cause a sunburn than UVA as a result of overexposure, however moderate exposure can be healthy”
“Pode ser quase completamente bloqueada pelos protectores solares”
“is almost completely blocked by virtually all sunscreens”
Os dois textos são, praticamente (sic), idênticos.
Clara Barata não “comparou” nem “trabalhou a informação”, ao contrário do que afirma. Limitou-se a copiar frases na íntegra (na ordem exacta do original) sem inserir aspas e sem indicar a autoria.
A jornalista responde: “E porque haviam de estar colocadas entre aspas essas frases, pergunto eu? Não me lembro de onde tirei os dados da caixa, podem ter vindo em grande parte de um sítio, não faço a mais pequena ideia, mas duvido que seja de algum autor que se sinta espoliado (porque são dados factuais, como já disse várias vezes). E as últimas frases devem estar repetidas em todas as notícias escritas sobre o assunto, mais ou menos da mesma forma, porque são provenientes de um comunicado de imprensa. Quem quiser procurar frases e expressões iguais ou semelhantes a outras em inglês ou português encontrá-las-à muito no PÚBLICO ou até no New York Times”.
O provedor contesta mais uma vez a argumentação.
A jornalista pergunta: (“E porque haviam de estar colocadas entre aspas essas frases, pergunto eu?”).
A resposta parece óbvia: por causa dos princípios éticos e do próprio Livro de Estilo do PÚBLICO: “A assinatura de um texto deve reflectir de forma rigorosa a sua autoria”.
Acompanhando o exemplo do New York Times mencionado por Clara Barata, também eu cito um caso ocorrido nesse jornal no ano passado: o repórter Jayson Blair foi obrigado a demitir-se (designadamente) por causa do plágio. E esta semana (3/1/2007) uma jornalista do San Antonio Express-News demitiu-se depois de ter sido acusada de reproduzir informação do mesmo sítio na internet (Wikipedia) que Clara Barata, sem identificar a fonte.
Poderá parecer excessivo, mas os leitores precisam de poder confiar no jornal que compram.
O problema, por outro lado, não é um autor sentir-se espoliado. É o princípio. E a argumentação sobre a reprodução de “dados factuais” também não colhe. A Wikipedia só por si não pode ser considerada uma fonte credível...
A jornalista afirma que “as últimas frases devem estar repetidas em todas as notícias escritas sobre o assunto”.
“Devem estar” não é jornalismo, é um palpite. E, por outro lado, as transgressões alheias não servem de justificação.
O provedor questiona os métodos e o desleixo (publicação de uma frase em inglês).
O artigo principal da jornalista também é questionável, do ponto de vista deontológico: Clara Barata revela as fontes das citações (discurso directo) que reproduz, mas omite outras (as de discurso indirecto!). Copiou literalmente – ou quase – inúmeros parágrafos da New Scientist, sem mencionar a fonte e sem colocar o texto entre aspas.
Exemplos:
“A chave deste novo autobronzeador está num extracto de plantas chamado forskolina que, nas experiências da equipa, protegeu ratinhos sem pêlo de radiação ultravioleta e permitiu-lhes desenvolver um bronzeado natural, estimulando os seus melanócitos (...)”.
“The key chemical, a plant extract called forskolin, protected mice against UV rays and allowed them to develop a natural tan by stimulating pigment-producing cells called melanocytes.”
“A capacidade de se bronzear – (...) – é controlada pela hormona de estimulação dos melanócitos, que se liga a uma proteína que existe no exterior destas células. Esta proteína, que se chama receptor de melanocortina 1, funciona mal em muitas pessoas que têm a pele clara e o cabelo ruivo. É por isso que não se conseguem bronzear, e ainda por cima correm maiores riscos de desenvolver cancro da pele.”
“The ability to tan is largely controlled by a hormone called melanocyte-stimulating hormone, which binds to the melanocortin 1 receptor (MC1R) on the outside of melanocytes. Many people with with red hair and fair skin have a defect in this receptor, meaning they find it almost impossible to tan and are prone to skin cancer”.
“Numa segunda série de experiências os cientistas usaram ratinhos susceptíveis ao cancro, expondo-os ao equivalente a uma a duas horas de Sol na altura do meio-dia solar, diariamente, durante 20 semanas.”
“In a second experiment, a particularly cancer-prone strain of mice, also bred to lack effective MC1Rs, were exposed to the equivalent of 1 to 2 hours of midday Florida sunlight each day for 20 weeks.”
Fonte do texto em inglês: www.newscientist.com/channel/health/mg19125704.100-tan-stimulant-may-bronze-even-the-fairest-skins.html.
O corta e cola (“copy & paste”) extensivo é uma forma de plágio (sobretudo quando as fontes são omitidas). E isso é inadmissível no jornalismo.
O Livro de Estilo é peremptório: “O PÚBLICO considera o plágio uma conduta absolutamente inaceitável. Todas as informações recolhidas em qualquer documento ou noutros órgãos de comunicação devem ser sempre devidamente atribuídas”.
Serge Halimi, jornalista do Le Monde Diplomatique, chegou a alertar os leitores para estas práticas, denunciando, do mesmo modo, a indulgência e a conivência generalizadas: “Aviso ao leitor: o plágio, que constitui uma forma de roubo intelectual, é raramente sancionado pela profissão. Pior, os autores confrontados com esse processo continuam a beneficiar dos favores mediáticos. Em França, a técnica mais comum consiste em pilhar o artigo de um colega, a sua análise e os seus dados, citando-o uma única vez, por regra num ponto assaz acessório. Quando é confrontado com a prova da rapina, o malfeitor, apanhado em flagrante delito, chega, por vezes, a ter a audácia de retorquir: ‘Viram que os homenageei’. Na imprensa americana, uma prática deste género significa o descrédito profissional do culpado; nas universidades, a exclusão definitiva do estudante ou do professor. Mas também podem, apesar de este aviso se destinar ao leitor (ou de não o terem lido), defender-se de qualquer acusação de pilhagem ou de plágio, citando abundante, precisa e constantemente as suas fontes.”
(in ACRIMED, Observatório dos Media, (www.acrimed.org/article847.html?var_recherche=plagiat).
A ausência de princípios éticos, a demissão e a resignação dos jornalistas acabarão, inevitavelmente, por destruir a frágil relação de confiança com os leitores.
A credibilidade passa pelo profissionalismo e a ética. E a humildade de reconhecer os erros. É bom não o esquecermos, independentemente do resto.
Há uns tempos atrás, fui a uma entrevista para estagiar no Público na área da Ciência (no âmbito de um protocolo com a Glubenkian). A arrogância dos entrevistadores (onde valha a verdade não se encontrava Clara Barata de quem sempre apreciei os escritos no Público),com piadas de gosto duvidoso e risadas sobre a capacidade do candidato em escrever depressa e bem sobre uma qualquer temática cientifica, tem aqui um belo contraponto. A ideia era muito simples: "nós até podiamos perceber muito de ciência", mas "eles é que sabiam e tinham hábito de escrita". Estamos conversados.
Posted by Anónimo | 9:48 da tarde
Plágios à parte (sintoma menor de uma tendência que não cessa de crescer, a de que na internet se encontra a verdade, toda a verdade e que tudo o que não consta dela não existe, ou a de como a velocidade a que se vive neste mundo de hoje impede a pesquisa fundamentada, genuína, paciente e honesta) há que registar que, aparentemente esquizofrénico, este jornal ainda continua a ser o melhor do que por aí circula- justificada está assim o rombo financeiro que me acarreta a sua compra diária. Este provedor, esta análise, são disso prova.
Posted by Anónimo | 1:03 da manhã
Acrescente-se que, à falta absoluta não só de deontologia profissional como de consciência das regras da mesma, se soma a incompetência pura e simples: alguém que é pago para escrever e diz que se fosse pôr aspas no que é citação era mais a citação que o texto não está a assumir que não faz o seu trabalho? E pergunto eu, os jornais não teriam obrigação de verificar se os jornalistas que contratam têm as competências mínimas para trabalhar (leia-se, conhecer as regras básicas do trabalho de pesquisa e escrita)? Sob a pena do comentador anterior se ver desmentido, porque é a confiança na qualidade dos jornais que assim se compromete.
Um pormenor: a wikipedia é uma fonte como outra qualquer, quando se tira informação de lá é suposto fazer-se a respectiva citação. A obrigação de fazer citação não depende da qualidade ou veracidade da fonte. E, bem a propósito, repararão que os textos incluídos na wikipedia identificam as fontes utilizadas para a informação. É isso que a torna um instrumento fiável de pesquisa.
(ines_meneses@yahoo.co.uk)
Posted by Anónimo | 11:52 da manhã
Pior que o erro é a falta de humildade (ou a arrogância) da Clara Barata em o reconhecer. Não se lhe pede que se demita como fez a sua colega do San António Express-Mews mas que, com alguma humildade, dê a mãozinha à palmatória.
Posted by Anónimo | 12:56 da tarde
O que mais me impressiona neste caso é a forma como a jornalista Clara Barata não se permite compreender e aceitar que cabe ao Provedor do Público a defesa intransigente e inequívoca do jornal e da profissão de jornalista. Se Clara Barata fosse capaz de analisar (será?) o seu infeliz caso verificaria que é na figura do Provedor que, simbolicamente e não só, se encontra representada a sobrevivência da profissão que ambos exercem. É tão óbvio como, acredito, doloroso mas não há volta a dar. Clara Barata, assim o espero, irá certamente apresentar-nos, aos leitores, as suas mais sinceras desculpas e talvez contar-nos uma história de vida, a sua, que do trabalho depende e ainda mais da credibilidade que o Provedor lhe, nos garante. Como parte interessada neste assunto só posso esperar que a jornalista Clara Barata admita, claramente, passe o trocadilho, que errou em toda(s) a(s) linha(s) transcritas sem aspas. No entanto, só isto não me chega. Enquanto espero por domingo próximo, por aqui me fico.
Fátima Rolo Duarte
Posted by Anónimo | 1:32 da tarde
A denúncia e a condenação clara destas práticas deve começar nas escolas, onde actualmente se verificam generalizada e impunemente pela nossa comunidade estudantil o literal "copy/paste" na elaboração dos trabalhos ante o olhar passivo e condescendente dos docentes. Caso raro verificou-se há algum tempo na Universidade do Minho, onde um professor de uma cadeira do curso de sistemas e informática, após ter verificado na recepção de trabalhos que eles eram na sua maioria plagiados, "correu" todos eles a nota 0, indicando que se a situação se voltasse a repetir, o problema seria tratado ao nível da reitoria da instituição.
Posted by Ljubljana | 1:56 da tarde
Noutros tempos - há tempos atrás, como hoje se diz com despudor -, a editora já teria apresentado o seu pedido de demissão de funções e desculpas aos leitores. Hoje, outros tempos, fica tudo na mesma...
Posted by Anónimo | 7:31 da tarde
É preciso ver que é isso que muitos divulgadores de Ciência em Portugal fazem. Traduzir press releases sem perceber o que lá está escrito e sem fazer trabalho nenhum de investigação. Sou cientista mas muitas vezes não percebo os artigos de divulgação publicados, tenho de ir ver o original.
Posted by Anónimo | 3:11 da tarde
Valha-nos o trabalho do Provedor! Para que consigamos respirar fundo outra vez depois de tanto disparate e displicência lidos nas respostas da jornalista. Na verdade, o que mais me aflige naquilo que vou lendo neste bendito blog, não é por vezes tanto os erros que se cometem, como a soberana estupidez dos profissionais que se recusam a reconhecê-los e, pior, pretendem justificá-los. O Público merece melhor e quem o lê tem o direito de ser informado a respeito dos factos através de um rigoroso trabalho de pesquisa e redacção - de contrário, é a morte do jornal, porque acesso à Internet, felizmente, vamos tendo quase todos e qualquer um ficará melhor elucidado com uma pesquisa directa às fontes - as tais que não merecem ser citadas na opinião Barata...
Posted by Anónimo | 12:30 da tarde
Verifica-se uma crise no jornalismo clara. As redacção estão com cada vez menos recursos humanos e torna-se, muitas vezes, impraticável, garantir determinadas notícias sem mais gente nas redacções. Por isso, acontece com maior frequência situações muito próximas do plágio - muitas vezes são integralmente plágio. Acho que este caso não é um exemplo claro de uma redacção no limite, porque o Público pode-se gabar de ter bastantes jornalistas, divididos por áreas concretas, o que ajuda ainda mais a fazer jornalismo de melhor qualidade...
Não concordo com a utilização abusiva de copy/paste neste exemplo, não tanto no caso da wikipedia, mas mais no caso da revista New Scientist.
Isto porque a Wikipedia não cita ninguém para dar aquela definição. Porquê? Porque são matérias mais factuais e que respondem à génese da definição concreta e nenhum trabalho de investigação. Mesmo assim, acho que teria sido melhor consultar outra fonte (para além da wikipedia) e fazer um texto, no minimo, ligeiramente diferente - este é demasiado colado (é igual!).
João Tomé
Posted by Anónimo | 10:40 da manhã
Também fui entrevistada pelos mesmos jornalistas e cientistas de que fala o anónimo do primeiro comentário e não vi nada do que ele refere. O programa Cientistas na Redacção é uma das mais importantes iniciativas realizadas em Portugal neste campo e só o ressabiamento por não ter sido escolhido pode justificar um comentário como aquele. Arrogância dos entrevistadores? Deixa-me rir...
Já agora, se tivesse percebido alguma coisa do que se passou, o anónimo saberia que a Gulbenkian nada tem a ver com os Cientistas na Redacção. Basta ler no site.
Posted by Anónimo | 3:21 da tarde
Concordo totalmente com o Augusto Martins. O plágio está a tornar-se uma prática de tal forma corrente que parece já haver quem tenha dificuldade em percebê-lo. Começa nos bancos da escola onde as crianças são incentivadas a fazer "corte e costura" de livros, e, principalmente, da Internet. Passa pela faculdade onde essa prática tem vindo a alastrar. Fui docente numa universidade onde tive problemas com alunos que plagiavam. E conheci um professor que era um plagiador compulsivo. Para não estar a ocupar muito espaço aqui, podem ler essa história no meu blogue. É patética...
Posted by Anónimo | 6:37 da tarde
Pergunto-me se não haverá problemas mais importantes e de maior gravidade para se continuar a gerar tamanho 'burburinho' à volta de um assunto que já ocorreu em Outubro. Pelos vistos para se passar de bestial a besta basta uma página de texto. Clara Barata, é uma das melhores jornalistas a nível da imprensa escrita nacional e cujo trabalho acompanho desde sempre, assim como o do jornal Público. É triste que se esqueçam do trabalho até aqui realizado pela jornalista em questão, e opinem sobre questões como o despedimento. Quem nunca errou que atire a primeira pedra... Acrescento ainda, que não me parece justo, que correio electrónico que parece ter sido enviado no sentido de responder unicamente a Rui Araújo apareça publicado para meio mundo ver. Afinal onde acaba e começa a ética?
Posted by Anónimo | 7:09 da tarde
péssimo exemplo jornalístico. não se compreende como é que uma redacção profissional, cheia de gente, de um dito "jornal" de referência deixa passar uma coisas destas... Lamentável.
Posted by Anónimo | 3:01 da manhã
Caro anónimo:
Não me parece que alguém aqui tenha falado em despedimento; nem que se negue a capacidade humana para errar. A única coisa que se pedia era que, em vez de defender o plágio, a jornalista em causa admitisse o erro. Nem mais, nem menos.
O que foi também dito é que isto corresponde a um modelo de trabalho sobre textos que, sendo inaceitável, se tem no entanto generalizado, nas escolas e, se calhar, nos jornais. Por isso, seria bom que jornais ditos "de referência", como é o caso, assumissem nas suas redacções regras claras acerca da forma como neles se escreve.
Posted by Anónimo | 3:14 da tarde
Tendo seguido atentamente o caso «Uma Forma de Plágio», protagonizado por uma jornalista do PÚBLICO, analisado pelo provedor Rui Araújo e concluído pelo Conselho de Redacção, o comentário que faço enquanto leitor do jornal é o seguinte:
1. Por ser um caso absolutamente indesmentível (e não apenas óbvio), ficou provado que a jornalista em causa cometeu plágio. E achou normal cometê-lo.
2. Embora no Livro de Estilo conste apenas a eventualidade da prática de plágio e a sua condenação (em qualquer caso) como «uma conduta absolutamente inaceitável», ficámos agora a saber que, para o PÚBLICO existem, afinal, pelo menos, dois «níveis de gravidade» dentro do conceito de «plágio», a saber: os que têm a ver com «dados factuais», e os casos em que se trate de «plágio de ideias, opiniões ou de um estilo de escrita particularmente personalizado».
3. Parece ficar implícito – e apenas implícito, pois é sempre bom que certas coisas não sejam explicitadas – que a jornalista em causa terá cometido um tipo de plágio de baixa gravidade, merecedor somente de uma chamada de atenção e não de um verdadeiro castigo. Suponho que tal distinção/gradação, deveria talvez passar a constar do dito Livro de Estilo, não?
4. Se juntarmos a isto os casos em que no jornal é praticada a censura ou o silenciamento de textos de (certos) leitores, sempre a pretexto de (também implicitamente) se estar tão-só a exercer uma soberana «selecção» por «critérios editoriais» - já que a censura é por certo, à luz do Livro de Estilo, absolutamente interdita a qualquer jornalista – ficaremos com um retrato um pouco mais fiel do que é, na verdade, a seriedade e a credibilidade do PÚBLICO, como aliás de todos os jornais «de referência» portugueses.
5. Mesmo assim, nada mau – contentemo-nos, ó gentes! –, darem-nos esta «demonstração de isenção e transparência», tendo em vista o que vai por esse país… Até merece um Obrigado e Bem-Haja!...
António Silva Carvalho
Posted by Anónimo | 3:19 da tarde
A jornalista errou, várias vezes. O provedor errou ao não clarificar em pormenor quais as "acusações", fazendo-me lembrar a justiça portuguesa! O Conselho de Redacção teve uma posição rigorosa e equilibrada.
Posted by Anónimo | 1:49 da tarde
já foram expostos argumentos e pontos de vista válidos, ainda que, na minha opinião, alguns sejam excessivamente agressivos.
estranhamente, com tanta transparência e conversa sobre princípios, ética e verdade, haja alguém que se esconda confortavelmente no anonimato. eu pessoalmente gostaria de poder ver um nome ao(s) autor(es) de tamanha erudição e inatacável idoneidade...
o debate interno num jornal como o Público é bem mais saudável do que se julga; a abertura ao debate externo, com os leitores, parece-me fazer do Público um caso exemplar.
e este post está assinado...
Posted by Anónimo | 12:12 da manhã
Provedor ou Inquisidor?
Acho tudo isto uma tempestade num copo de água. Trata-se, quando muito de um pequeno tropeção da jornalista que não merece o sururu que fizeram, nem a tentativa de a desgraçar publicamente. Como é evidente, o assunto poderia ter sido tratado internamente. Mas em Portugal, onde abundam os fariseus, quem resiste a um bom linchamento público?
Jorge Macedo Rocha
Posted by Jorge Macedo Rocha | 12:58 da manhã
É preciso te-los no sítio e o provedor e a direcção estão de parabéns. O mesmo não se pode dizer da Clara Barata...merecia o despedimento ou a Jarra por alguns tempos (que tal umas férias ou um estágio na Wikipedia?)pela falta de humildade que teve em reconhecer a bronca, a tentar meter os pés pelas mãos, a fazer dos outros tolos. Como pode uma senhora destas ser editora do Público? Como pode, que arrogância, que pequenez, fez a pesqueisa do copy paste. O artigo dela montava-se em 10 minutos
Posted by Anónimo | 2:58 da tarde
Parabens pela nova imagem; mais dinâmica, moderna e prática quanto baste.
No entanto penso que deveriam de repensar acerca das páginas que por exemplo ao desenvolverem assuntos sobre Portugal,terem no cabeçalho indicações de temas acerca do mundo que vão ser tratados em outras páginas mais adiante e vice versa, pois contribui para confundir o leitor menos atento
cumprimentos da vossa nova cliente
sona
Posted by Anónimo | 6:19 da tarde
Como leitor do jornal desde o primeiro número, estranho a nova fatiota, como é normal, penso que é uma questão de tempo o habituar-me. Um dos meus grandes "desgostos" foi a alteração que fizeram no espaço dedicado às palavras cruzadas. já não são tão atractivas e com os últimos erros em que o pedido ñ se adapta à quadricula muito menos. Se fosse possível voltar ao formato inicial seria estupendo, penso que não só para mim, como para outros leitores.
Posted by Anónimo | 8:44 da manhã
Vivo em Bragança há pouco tempo. Ontem fui ver o jogo BRAGANÇA-BLENENSES para a Taça de Portugal.
Costumo comprar o PÚBLICO e hoje fiquei desiludida e de certo modo revoltada com a página desportiva: O SPORTING-ACADÉMICA tem lá uma grande foto, o BEIRA-MAR - BOAVISTA uma mais pequena e o BRAGANÇA-BLENENSES... nem uma foto pequenina... e estiveram lá tantos fotógrafos!!!
Pobre de quem é pequeno!!!
A notícia, pequenina, não estava mal. MCM
Posted by Anónimo | 3:57 da tarde
Rui Araújo, os meus parabéns muito atrasados mas muito sentidos.
A sua isenção e os seus sentidos de responsabilidade e de ética são de louvar num país de oportunistas que se alimentam do trabalho alheio e que, regra geral, ficam impunes.
E estas circunstâncias não atingem só os media mas as universidades e os meios artísticos (entre os quais o literário) onde, frequentemente, o trabalho de quem dedica o seu esforço honesto à investigação e à criatividade é usurpado por chicos-espertos que só pensam em títulos académicos, em publicar livros com ideias e palavras que não são suas e em favorecer as ovelhas ranhosas dos seus rebanhos de bajuladores ignaros.
Deveríamos todos tomar uma posição firme nestes casos e denunciar estas situações para que os seus responsáveis caiam no descrédito.
O plágio é um crime punível por lei e a meu ver muito mais grave que um crime patrimonial, pois é uma apropriação de algo que resulta da reflexão e do trabalho de outrem.
Posted by Anónimo | 11:38 da manhã
Ainda o novo Público. Sou leitora assídua ao ponto de, durante um divórcio, o ter tomado como barómetro da minha sanidade mental,e após uma interrupção de dois dias retomar a sua leitura com redobrada cumplicidade. O novo Público foi para mim um susto, mas resolvi esperar para ver se me habituava. Mas não. O que o Público tinha de " clean" perdeu-o. O excelente trabalho fotográfico e gráfico( parabéns mesmo assim ao João Fazenda)perde-se no excesso de uma outra "ruídosa" imagem que nos satura já o dia a dia por todo o lado. Como se na compra do jornal não fosse importante ter a certeza que o que nos iriam " enterrar nos olhos" não era a Britney Spears ou o último idiota inquérito sobre os gostos e gostinhos destes e daqueles. É que se todos gostamos de curiosidades não significa isto que a queiramos ter todos os dias no jornal que escolhemos para ler. Deixei de poder ter no público um descanço. "Grita-me" agora também o Público.Tornou-se indistinto. A formula de "conversa" da última página ,sintetiza a confusão que vai no jornal, não basta dizer graçolas para ter interesse, as duas figuras são excessivamente desiguais em profundidade. E para bom entendedor meia palavra basta.~Mas ao menos voltou uma última página com maior interesse. Para quem lê o público no metro sabe o bom que é não ter que abrir o jornal e poder ter para ler alguma coisa nessa página . Na última remodelação quando tiraram o Prado Coelho da última página ressenti-me. O Pulido Valente lá salvava a situação ao fim de semana.
Bem já chega. Quem anda farto de barulho deixou de ter um jornal limpo.
Posted by Anónimo | 4:00 da tarde
Sim, ainda há muito para dizer e contradizer a forma como o Público nos foi apresentada como uma lufada de ar fresco! Mas infelizmente o Público deixou de o ser e passou a ser mais um na multidão tendo perdido a personalidade que nós leitores sempre procurámos neste jornal. Já para não falar da confusão em que se tornou e nas letras miudinhas que tanto os meus pais se queixam...E eu também!
Posted by Anónimo | 11:21 da manhã
Caro Provedor,
Conviria que os jornalistas de O Público dessem uma vista de olhos pelo documentário:
http://video.google.com/videoplay?docid=9005566792811497638&hl=en
numa tentativa de passarem a moderar os seus intempestivos acessos de propagandista pró Global Warming - CO2.
RoD
Posted by RioDoiro | 11:16 da manhã
Caro Provedor
Seria importante rever a situação dos acessos aos cartoons "Calvin & Hobbes" e "Bartoon" que deixaram de estar disponíveis nas últimas semanas, na edição on-line.
Há hábitos difíceis de perder, como é este caso...
Agradeço a atenção para esta situação.
Cumprimentos,
AO
Posted by Anónimo | 1:50 da tarde
É absolutamente inconsebível que um jornal como o Público, ouse fazer um inquérito tão absurdo como o presente esta semana. Como é possivel, quem teve esta ideia. Será que vale tudo? Quando vi a forma como as pessoas lidaram com a questão da "criança e do tenente", vi logo que as consequências irião ser algo semelhante. Só posso dizer que é absolutamente absurdo. Sem mais comentários.
Posted by Anónimo | 11:45 da manhã
Caro Provedor:
Porque considero o 'PUBLICO' o jornal diário português de referência,e porque ocasionalmente também leio jornais como o 'El Mundo', 'El Pais', 'Guardian', etc.gostaria de chamar a atenção para o seguinte: não é normal, nos jornais estrangeiros referidos que eles venham com as separações de cores mal alinhadas, cheios de pastas de tinta em cima dos textos,e como se usa muitas vezes tinta preta como fundo, esta repassa para a página seguinte denotando uma falta de qualidade atroz na sua impressão. A minha pergunta é: o que é que mudou no PUBLICO, uma vez que ainda há pouco tempo era muito raro isto acontecer ? Porque é que o mesmo não acontece nos jornais estrangeiros referidos? Porquê só vem acontecendo desde a modificação havida no jornal, em termos de imagem? É que sinceramente se se quer qualidade num jornal essa qualidade começa na impressão.
Cumprimentos,
gracaa
Posted by amgraca | 2:42 da tarde
Lendo a edição impressa do "Público" de hoje, deparei, na página do provedor com um texto onde se faz referência a uma alegada "utilização de expressões menos correctas como 'ter de fazer' em vez de 'ter que fazer'".
Ora, com todo o respeito pela pessoa que faz a "crítica", a verdade é que esta (ao contrário da que incide sobre a troca das preposições «sob» e «sobre» que é obviamente pertinente) não tem qualquer fundamento.
«Ter de» e «ter que» são expressões que não estão "certas" nem "erradas" em si memas, fora de uma circunstancialidade que determine, com rigor e precisão, o uso de qualquer uma delas, em particular.
De facto, ambas podem estar (ou não) 'certas', conforme os contextos em que surgem.
É bom, aliás, esclarecer isso completamente: a gramática não pode ser, em caso algum, vista como um código rígido e dogmático, quase "moral", de "erros" e "certezas" fora de uma flexibilidade fundamentada, "educada", que não prenda a construção e o desenvolvimento naturais do discurso a fórmulas estáticas e esterilizantes mas que, pelo contrário, induza o respectivo enriquecimento 'disciplinado' e (porque!) substanciado, fundamentado.
Neste caso concreto, uma pessoa TEM DE (deve) fazer algo mas já TEM QUE (tem coisas para) fazer quando tem, efectivamente, uma ocupação ou um encargo de qualquer natureza, cujo cumprimento lhe esteja, de um modo ou de outro, cometido.
Sou professor de Português e, repito, sempre defendi este príncipio teórico básico da língua como algo de dinâmico e (retro) dinamizador da produção de pensamento e não aprisionador do mesmo.
O caso vertente, tal como está apresentado, constitui, a meu ver, um óptimo-péssimo exemplo de "normativismo esterilizante", suponho que inconsciente e residual, de uma linguística autoritária que regeu a didáctica as línguas entre nós----e de um modo particular a da nossa própria.
Para que não restem dúvidas: eu hoje não posso descansar porque TENHO QUE fazer. E muito. O que significa que, quando tiver cumprido a tarefa, TENHO DE descansar um pouco para recuperar energias.
Carlos Machado Acabado
Posted by Anónimo | 3:48 da tarde
Os meus cumprimentos sinceros a toda a redação do PUBLICO
Hoje entretive-me nestas coisas das novas comunicações e lembrei-me de propor a Vª Exª que façam despertar nos homens da governação (?) a necessidade de criar na nossa sociedade um orgulho do que somos, do que fomos, do que temos, e da necessidade de consumir o que é de nossa produção porque é só dessa maneira que podemos sair do atoleiro em que a incompetencia nos meteu.
É preciso que urgentemente se crie uma comissão de boa vontade , sem remuneração, para que dentro deste espirito todos nós possamos acabar com os velhos do restelo das nossas capacidades porque elas são iguais ás de todos os outros. Quero dizer que nós entramos nas escolas e o que mais se ouve dizer aos professores que por lá vão ensinando (?) os nossos jovens é que andam a estudar para serem desempregados .
Esta mentalidade tem de ser alterada em cento e oitenta graus com a maior rapidez possivel. Assim como desmontar a panaceia dos fundos perdidos. As iniciativas tem de ser tendo por objetivo a criação de riquesa e sómente isso.
Tenho que mencionar tambem que os governantes devem ser os primeiros a alterar o seu discurso e não andarem a toda a hora a ameaçar os sinais de riquesa, isso desmotiva toda a gente, digam, isso sim, é que querem ver todos mais ricos. Digam tambem aos compradores de votos que deixem de andar a esbanjar com os preguiçosos os impostos da riquesa que os verdadeiros homens geram.
ainda teria muito mais ppara dizer , mas não sei se vale a pena .
Sabe é que sou um apaixonado pela administração publica, mas não sou nem quero ser, embora saiba muito bem como se deve fazer.
Eduardo dos Santos.
Posted by Anónimo | 7:05 da tarde
O Mestre Lukashenko e a Bela Dulce... Na vossa edição de 19 de Maio, página 15, no artigo sobre a Bielorussia, Dulce Furtado escreve a seguinte frase... "Washington foi um dos países que mais se mexeram..." A avaliar pelos conhecimentos geográficos de Dulce, podemos concluir que muita da ignorância demonstrada no programa da TVI, que julgávamos ficcionada é no fundo bem real... Para bem dos colegas da Dulce, fazemos votos que a sua aparência fisica seja consistente com o perfil do programa.
Posted by Anónimo | 4:20 da tarde
Carta aberta ao Sr. Prof. Charrua
Começaria por dizer que estou sempre do lado de todos os que são injustamente perseguidos, isto porque sei o que isso significa. No entanto, ao ouvir e ver na TV a maneira agressiva, talvez despudorada, como esse senhor fala, parece-me antes que ele estará a ser "justamente" atingido. Por outras palavras, um professor não pode merecer esse título senão o merecer! E para qualquer pessoa, um professor é um modelo... Será de imitar aquela maneira de se apresentar em público? Não o creio e não é a elevadíssima protecção política de que goza, aquilo que o poderá dispensar de se comportar como professor. Isto porque, se ele se está a "proteger" sob a capa do PSD, o que já vimos através de frequentes declarações públicas de Marques Mendes, então o que deveriam exigir ao "Estado" aqueles que, por motivos abertamente ideológicos, foram, efectivamente" prejudicados no tempo em que o próprio PSD foi maioria, tanto absoluta, como relativa? É claro que posso dar disso exemplos.
Posted by pedro germano | 3:54 da tarde
Ainda o milho transgenico
A possibilidade de actualmente contactar com agentes patogénicos infecciosos é maior, e a capacidade de propagação também aumentou imenso devido à globalização. Isto porque a expansão humana e animal aumentou e a invasão de ecossistemas destruiu equilíbrios, abrindo novas oportunidades de doenças. A desflorestação, as alterações na cadeia alimentar, a emissão gases, são problemas graves, que podem a médio prazo tornar esta planeta insustentável.
Infelizmente pessoas com capacidade de fazer opinião, e por isso com responsabilidade, encontram em cada acção de alerta, algo de subversivo, e transmitem quando escrevem, uma ideia redutora da realidade, e só faltou dizer que a Al Qaeda, estaria por detrás deste esporádico episódio.
O que se passou na realidade foi a destruição de 1 Hectare de milho transgénico, num cultivo de 51 Hectares, condenável? Decerto que sim, e convenhamos que seja apenas um caso isolado, mas para quem só descobriu terrorismo nesta acção… ela teve mais que isso… teve o mérito de levar ao conhecimento dos portugueses um problema que estava adormecido e sem discussão pública. Podiam estar com roupa um pouco suja, até podem não ter lavado a cara, mas tem as ideias limpas, conscientes e preocupadas, ao contrário de muitos colunistas que tem a cabeça muito suja.
É inegável que hoje sabemos mais sobre OGM que ontem e foi na esperança de ter contribuído para alertar, que aqueles jovens numa manifestação espontânea e sem lideres entraram na herdade.
Em muitos comentários que tenho lido sobre o assunto, certas analistas só descobriram vandalismo praticado por um bando de irresponsáveis, é tão pouca descoberta e para alguém que tem responsabilidade de fazedor de opinião, é mesmo muito pouco, lamento.
Para terminar apenas digo que quando alguém se lembrou de dar farinha de origem animal aos bovinos, os resultados foram…não preciso de dizer o que aconteceu, o povo deve ter lido as notícias e por isso sabe. Isto é que é terrorismo.
Já agora também quero informar, que os estudos científicos sobre os efeitos secundários dos transgénico e de onde a CEE autorizou o cultivo de OGM tiveram por base os próprios estudos feitos pelas multinacionais, ou seja Juiz em causa própria.
Com os melhores cumprimentos
Manuel Sousa
Almada
Posted by Anónimo | 5:48 da tarde
Exmoº Senhores
Leio com frequência o Jornal Público e até já fui assinante.
Escrevo pela noticia do dia 5 de Setembro que fala das cartas inéditas da Madre Teresa de Calcutá. Sou um Católico moderado que discordo em algumas coisas da Igreja que pertenço como acho que os Padres casados deverim exercer o sacerdocio. Sou um "seguidor" de S.Francisco de Assis de S.Domingos e do Padre Americo. Escrevo para na proxima vez prestarem a devida homenagem a Madre Teresa. Uma freira que dedica a sua vida a adoptar os miseraveis, a abedicar do conforto que todos temos e a rezar dia e noite.Porque os Senhores não vão a calcutá e abedicam dos Hotéis restaurantes e carros? Tenho a certeza que choravam muito em calcuta. Madre Teresa deve ter chorado muitas vezes e até "zangado-se" com Deus mas na verdade abraçou Jesus Cristo até ao fim e o grande Papa João Paulo II tinha um grande carinho por ela. Essa Jornalista Barbara Wong perceba que Madre Teresa foi fiel até á Morte com muitas dificuldades mas entregou-se a Jesus até ao fim. Ela não precisava de ver Jesua cara a cara. Não há o minimo de comparação dos Pastorinhos de Fatima com Madre Teresa, ela viveu e deu abrigo a todos que são rejeitados. Aqueles que nós nem nos lembramos que existem. Que ignorância pela vossa parte.
José Miguel Roquette
Burnay Soares Cardoso
37 anos
Técnico de Recursos Humanos
Posted by José Roquette | 10:43 da tarde
Recorro ao blog porque não consigo contactar o Provedor através do e-mail.
Pela 2ª semana consecutiva o Público não faculta o suplemento Fugas aos seus assinantes on-line. Esta situação é recorrente e constitui uma fraude aos consumidores. Não pode acontecer num jornal considerado de referência.
Posted by Anónimo | 9:44 da manhã
ESCLARECIMENTO - FUGAS
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Caro Provedor
Em relação à reclamação de leitores sobre a ausência do FUGAS no PÚBLICO on-line, fui informado pelos informáticos de Lisboa que o problema se deveu a uma mudança de servidores na redacção do Porto do PÚBLICO levada a cabo há duas semanas. Os mesmos responsáveis garantiram-me que iriam resolver imediatamente o problema. O FUGAS, tal como os restantes suplementos, é feito num sistema informático diferente do usado no jornal, o qual obriga à inserção semanal de códigos para cada texto, o que aumenta a margem de erro. De qualquer forma, esta situação não pode, obviamente, servir de atenuante, pelo que só nos resta pedir desculpa aos leitores pelo sucedido e prometer tudo fazer para evitar a sua repetição.
Cumprimentos
Pedro Garcias
Editor do "Fugas"
Posted by Anónimo | 4:13 da tarde
MENSAGEM DE PEDRO GARCIAS, EDITOR DO "FUGAS"
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Caro Provedor,
O problema com o FUGAS on-line já está resolvido. O suplemento está de novo disponível para quem o quiser ler, incluindo as edições anteriores.
Cumprimentos
Pedro Garcias
Posted by Anónimo | 12:26 da manhã