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quinta-feira, janeiro 11, 2007 

NOTA DA DIRECÇÃO DO PÚBLICO

O caso relatado pelo provedor dos Leitores do PÚBLICO na coluna publicada na edição do passado domingo não deixou indiferente a Direcção Editorial.

Em causa está uma suspeita de plágio por parte de uma jornalista da redacção do PÚBLICO num artigo editado na revista Pública de 22 de Outubro de 2006.

O provedor dos Leitores já fez, na referida coluna, a análise e julgamentos que considerou pertinentes dentro do pleno exercício das funções que o seu estatuto lhe confere.

Essa exposição pública constitui já, e só por si, uma dura crítica aos métodos que são atribuídos à referida profissional para a realização do trabalho em causa.

Poderíamos, por isso, dar o caso por encerrado aqui mesmo, confortados pela consciência de ser o PÚBLICO o órgão da comunicação social portuguesa que vai mais longe na prática regular da auto-análise e autocrítica e de as partilhar com os leitores.

No entanto, a Direcção Editorial considera que a suspeita em causa exige que o assunto não seja encerrado e que os padrões de exigência, transparência e auto-regulação devem aumentar e não diminuir.

Nesse sentido, foi solicitada uma reunião urgente ao Conselho de Redacção (CR) do jornal, órgão que tem como principal função a avaliação das condutas éticas e deontológicas dos jornalistas. O mesmo fez, de resto, a profissional em causa. Essa reunião vai realizar-se esta manhã e o director do jornal, que preside ao CR por inerência, vai solicitar uma tomada de posição tão rápida quanto possível.

Entretanto a Direcção Editorial do PÚBLICO compromete-se a tornar públicos todos os documentos que já foram e venham a ser elaborados sobre este caso, criando para tal um espaço especial no nosso site na internet (www.publico.pt).

A Direcção Editorial


In Público - 10/01/2007 - página 6

O Público está a melhorar nas suas regras de funcionamento. Costumava ser ao contrário. Era hábito ser o Conselho de Redacção a ter de mendigar uma reunião ao director, que recebia o Conselho quando tinha uma brecha na sua ocupada agenda. Desta vez, o director pede e ainda para mais com urgência que o Conselho de Redacção tome uma posição.

O Provedor, na última crónica habitual de domingo, levantou o problema do plágio feito por uma colaboradora da Pública, com base num artigo integralmente retirado da internet, sem que fosse feita essa referência, logo sendo assumido como da autoria da colaboradora em questão, e uma vez que esta não assumiu o plágio, o Provedor considerou a situação como incorrecta, e contra o estipulado no Livro de Estilo do Público.
Esta situação, originou que a Direcção Editorial do Público, da qual faz parte integrante, como é mais que obvio, o seu Director - JMF - tomasse uma posição
relativamente a este grave facto, e fizesse publicar na edição de 10 de Janeiro de 2007, a respectiva nota , e na mesma aprazando para hoje uma reunião do Conselho de Redacção presidido pelo Director, que irá tomar uma posição relativamente ao sucedido, cujos resultados serão
dados a conhecer aos leitores do Público, num link especial na edição on line do Público.
Vários comentários, são permitidos fazer sobre este assunto:
1 - O excelente desempenho do Provedor do Público;
2- O Público ter criado este lugar e deixar que o mesmo tenha absoluta isenção, no seu trabalho, não só neste caso, como em muitos outros;
por fim um ponto de desagrado, que será o 3 - os resultados obtidos através da tramitação que vai ser feita pelo JMF, deveriam ser do conhecimento dos leitores do Público, na fase final, mas na edição em papel e não on-line,. Sendo que, como é evidente de modo algum se pretende que hajam penalizações gravosas para quem quer que seja, não é necessário, mas uma chamada de atenção, para nunca se repetir tal situação, e também como uma forma de valorizar, ainda mais, o já excelente lugar do Provedor, no caso do Rui Araújo, e o proprio Público por ter criado e mantido com isenção este lugar.

Melhores cumprimentos

Augusto Küttner de Magalhães

É notório o deslize por parte da colega sobre quem recai a acusação de plágio. Deveria ter sido mais profissional. Podería, por exemplo, ter partido do texto que lhe serviu de apoio e, a partir daí, elaborado a sua própria peça, recorrendo, inclusive, ao testemunho de especialistas portugueses na área em questão. No entanto, devo sublinhar que o Jornalista debate-se frequentemente com o deadline para entregar os seus trabalhos, o que, muitas vezes, não nos deixa aprofundar determinados trabalhos da forma como queríamos. Porque não há tempo. Não quero com este argumento, desculpar o comportamento da colega. Quero, tão só, dizer que não a devemos julgar na praça pública. Haja solidariedade!

Já por mais do que uma vez tinha dado comigo a pensar como são tão cultos os jornalistas do Público: tanto assinam uma peça biográfica sobre Wagner ou os Rolling Stones como uma caixa sobre as origens da Linha do Vouga ou os raios ultravioleta, sem nunca precisarem de citar seja o que for. Eles sabem tudo sobre tudo.
Parecia, não era?...
Pois que se fique o Conselho de Redacção com esta...

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Sobre o blog

  • O blogue do Provedor do Leitor do PÚBLICO foi criado para facilitar a expressão dos sentimentos e das opiniões dos leitores sobre o PÚBLICO e para alargar as formas de contacto com o Provedor.

    Este blogue não pretende substituir as cartas e os e-mails que constituem a base do trabalho do Provedor e que permitem um contacto mais pessoal, mas sim constituir um espaço de debate, aberto aos leitores. À Direcção do PÚBLICO e aos seus jornalistas em torno das questões levantadas pelo Provedor.

    Serão, aqui, publicados semanalmente os textos do Provedor do Leitor do PÚBLICO e espera-se que eles suscitem reacções. O Provedor não se pode comprometer a responder a todos os comentários nem a arbitrar todas as discussões que aqui tiverem lugar. Mas ele seguirá atentamente tudo o que for aqui publicado.

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