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quinta-feira, junho 28, 2007 

"7 HORRORES DE PORTUGAL" - COMENTÁRIO 36

Carissimo Provedor,
Quando olhei nem queria acreditar no que os meus olhos tinham pela frente.
Não concebo, como um jornal de renome como o vosso se preste a brincadeira de tão mal gosto.
OS 7 HORRORES. Com que direito, com que lógica abandalham o nome de MONUMENTOS NACIONAIS como o Bom Jesus de Braga?o qual tiveram o bom senso de retirarem da lista. O ESTÁDIO DE ALVALADE ?(ALVALADE XXI) entre outros, é indigno não só para o clube como para os adeptos e não adeptos, tal como o meu caso, embora seja simpatizante do SCP e apreciadora da forma imaginativa e fora do vulgar como foi concebido esse estádio.
Penso que estão a mexer numa mina muito poderosa e que estará prestes a rebentar,então o Santuário do Sameiro, Braga também é um horror? uma das maiores belezas de Portugal, leva-me a crer que quem fez este trabalhinho só conhece Portugal através de postais ilustrados e mesmo assim devem ser dos de pior qualidade. Peço-vos que retirem imediatamente essa invenção de tamanha falta de gosto, para publicitarem vosso jornal que como muitos outros, está condenado a desaparecer do mercado e assim estão a acelerar tal acontecimento.
Gostaria de saber quem foi a inteligência que teve tal rasgo para programar estes HORRORES?Por acaso não vos passou pela cabeça o que esta vossa brincadeira poderá provocar pois não?Vou tentar de tratar de que tudo isto acabe antes de começar e preparem-se que vosso jornal já há muito tem os dias contados, só agora ficaram bem mais curtos,podem crer.
Isto não passa de uma previsão minha, mas com esta machadada, foi o golpe de misericórdia. NUNCA SERIA LEITORA DESSE VOSSO JORNAL.
Almerinda Amaral - Lisboa

PS- Deveriam inserir vossas instalações, as quais eu desconheço, porque aí sim eu iria votar.Tristes ideias este nosso povo tem, em vez de tentarem elevar o que de menos bom temos no nosso país, não senhor, toca a menosprezar.
Não encontraram nada de melhor para fazer lembrar aos leitores, que o vosso jornal ainda existe?Reconheço que existem no nosso país muitos horrores, mamarrachos, melhor dizendo, mas vocês abusaram.
Mas o Bom Jesus de Braga, o Sameiro, Braga, Santa Luzia, Viana do Castelo, Faixa central do parque Eduardo VII, Lisboa, para cúmulo dos cúmulos o Estádio José de Alvalade(ALVALADE XXI).
Como podem chamá-los de horrores? Reconheço que a beleza dele está mesmo por ser fora do vulgar, para mim o mais belo estádio é o de Braga.
Acredito que quem programou esta brincadeira de mau gosto, nunca correu mundo, eu já conheço alguma coisa, embora nada comparado com tudo quanto gostaria de conhecer, há muito monumento aqui que nada tem de mamarracho quanto mais de horror.
Peço e agradeço que façam uma revisão e reconsiderem porque pelo que me foi dado ver já retiraram o Bom Jesus de Braga.
Ao manterem o Estádio José de Alvalade, cuidado entraram em sua casa sem pedir licença, isso é uma afronta a qualquer adepto/cidadão. Aqui fica mais um alerta.

calhou ser neste post, mas poderia ser noutro, de igual teor.
com tanto monumento e edifício, o que preocupa esta gente toda é o facto do estádio do sporting estar na lista. o que qualifica mais quem escreve os textos do que a lista. talvez porque, entre todos, seja o único que conhecem... enfim.

Caro Provedor,

Sou um leitor assíduo das suas intervenções neste espaço, e impaciento-me bastas vezes com os comentários trauliteiros que por vezes despertam (e sobre os quais, no caso presente, perorarei adiante) -- de tal modo, que simplesmente optei por deixar de ler a caixa de comentários.

Assim, venho por este meio solicitar-lhe um esclarecimento: que critério o levou a elevar os comentários à iniciativa dos "Sete horrores arquitectónicos" (SHA) à categoria de artigos exclusivos -- isto é, com projecção imediata na página e ligação ("link", passe o anglicismo desnecessário) específica? Note que qualifico os textos como artigos no sentido meramente internáutico, não no jornalístico: no meu lusófono entendimento, um blog é feito de artigos, que admitem comentários.

Não coloco objecção ao salutar convite à expressão pública, direito individual do cidadão e dever de um jornal (passe a indepêndencia da função que desempenha, e que lhe permitiriam outro critério). No entanto, julgo que tal provisão não seria ferida se as diversas opiniões dos leitores fossem, como costumeiramente, incluídas na caixa de comentários do seu artigo inicial -- em que considera, e bem, que não é sua atribuição tomar uma posição crítica sobre uma iniciativa do Público, quando apresentada como elemento humorístico (e mordaz qb), não como texto jornalístico.

Obviamente, pode-se argumentar que as dissertações apresentadas perderiam assim o destaque agora alcançado. Mas, e é este o busílis da (minha) questão, é este destaque que eu coloco em causa: não sou leitor assíduo de blogues, precisamente pela facilidade opinativa do meio -- este espaço é uma excepção precisamente pela função específica que o imbui. Em oposição, invoco a minha (e de muitos outros, suponho) desilusão quando constato que o novo artigo disponível não é da sua lavra, mas de um qualquer opinador desconhecido: cidadão tão respeitável como eu e o Provedor, mas cujo juízo não desejo ler.

Como tal, temo que, ao seguir a sua louvável intenção de transparência e participação ao facultar aos comentadores a capacidade de autores, tenha sacrificado a qualidade a que nos habituou: precisamente, por não ser o Provedor a escrever.

Naturalmente, muitos opinadores poderão divergir desta minha opinião, julgar as suas intervenções soezes -- e as próprias, excelentes. Mas não vai contra o espírito de abertura deste espaço colocar os intervenientes no seu devido e literal lugar: o blogue é seu e, nesta medida, o Provedor articula, o público comenta.

Em suma: não pretendo invocar privilégios nobres de tempos idos, qual direito de pernada do terceiro milénio, apenas transmitir a minha convicção que, ao abrir excessivamente um médium que se qualificou precisamente pela constância e propriedade dos textos, corra o risco de o degradar à condição de blogue inconsequente.

Ademais, e em paralelo (ou, quiçá, a um ângulo de vinte graus) com sua declaração inicial, não reconheço ao tema pertinência neste para tal destaque: se o Provedor não tem nem deve ter opinião sobre os SHA, porque deverão os comentadores ser elevados aos ciber-escaparates deste espaço? Embora não concorde, por princípio, com esta promoção, antevejo muitas polémicas passadas em que poderia ter sido melhor utilizada, pelo interesse das questões jornalísticas colocadas. Porque não realçar os muitos comentários sobre e.g., a possibilidade de plágio, as viagens pagas?

Como caução, declaro que não escrevo estas linhas temendo pela generalização da prática, ou enquanto crítica a uma pretensa (mudança de) direcção deste espaço; pelo contrário, é precisamente por ver esta alteração de rumo como algo eventual e de excepção que lhe pergunto qual o motivo de tal escolha.

No que toca à polémica em si, e não perdendo eu também a minha oportunidadezinha, questiono os comentadores, independente do cosenteúdo das suas avaliações e diatribes: o que merece no concurso tal aviltamento e indignação? É uma escolha do jornal, e não especialmente interessante (como, julgo, a maioria das votações sobre gostos e admirações).

Julgo que apenas o caciquismo, clubismo e outros ismos vários instigam as críticas ferozes. No entanto, seria útil e jornalisticamente válido conhecer os critérios de cada membro do jurí, para melhor enquadrar as escolhas facultadas. Desconhecendo todas as edições em papel e na-linha, questiono-o (ou, alternativamente, à redacção): tal já foi publicado? Se não, há planos para tal, ou qualquer outro trabalho sobre os atentados arquitectónicos nacionais?

Grato pela atenção,

Jorge Almeida

RESPOSTA DO PROVEDOR

Prezado Leitor Jorge Almeida,
Agradeço o comentário que teve a amabilidade de me enviar.
Pergunta-me que critério me levou a elevar os comentários sobre o concurso à categoria de artigos.
A dúvida é pertinente.
Permita-me esclarecer o seguinte:
O espaço do provedor tem servido para apresentar:
1- as crónicas do provedor e os comentários dos leitores sobre essas mesmas crónicas;
2- solicitações (exemplo: Biblioteca de Arões pede livros);
3- casos que motivaram um número elevado de reacções.
O concurso corresponde a esta última situação.
Adoptei, por exemplo, a mesma solução depois da alteração do grafismo do jornal.
O blogue do provedor apresentou 74 comentários - ou artigos exclusivos.
Um jornalista do Público questiona, por outro lado, a razão de o provedor promover no blogue o pedido da Biblioteca.
As dúvidas de ambos são pertinentes.
São as minhas opções, mas isso não significa de modo alqum que o Leitor e o Jornalista não possam ter razão.
Tento tornar a relação entre quem faz este jornal e quem o lê um pouco mais transparente. E penso que a Imprensa deve promover uma cultura de cidania. É, essencialmente, isso que me move enquanto provedor.
Os melhores cumprimentos,
Rui Araújo
Provedor do Leitor do Público

Perante atitude de tão mau gosto e mau profissionalismo pouco me oferece comentar.(...) Quando se fala de maus profissionais, é um elogio ao pé do que o jornal Público fez com esta votação. Contudo não posso deixar passar em claro que monumentos nacionais e grandes obras de arquitectura sejam gozados desta forma. Acabo apelando a alguém de bom senso que lance a votação para o pior aborto jornalístico conta desde já com o meu voto, caro provedor.

José Gandum

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Sobre o blog

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